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Angel-A

Como fotografias, as tomadas de Luc Besson são belas. Em movimento, nem tanto

MH
22.11.2007, às 18H00.
Atualizada em 01.11.2016, ÀS 16H39

Prolífico produtor de filmes de ação nos EUA e na França, como Carga Explosiva e Cão de Briga, Luc Besson não dirigia nenhum filme desde Joana D'Arc (1999). Se Angel-A (2005) serve de termômetro - na carreira já tão cheia de altos e baixos do Besson cineasta - então ele bem que poderia se ater à função de produtor. Ou poderia virar fotógrafo.

O filme acompanha um malandro incompetente e mitômano, André (Jamel Debbouze, o Lucien de Amélie Poulain), que deve dinheiro a bandidos em toda Paris. Os cobradores estão no seu encalço, André se desespera, nem a polícia aceita prendê-lo para garantir sua segurança. O devedor então decide se matar. Mas quando vai se jogar da Ponte Alexandre III um anjo entra em sua vida, Angela (Rie Rasmussen).

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Besson sempre foi conhecido por sua inventividade visual, e com a fotografia em preto-e-branco de Angel-A não é diferente. Ângulos inusitados de cima e de baixo de Paris, panorâmicas formidáveis dos cartões-postais da Cidade Luz, o fetiche fashionista com formas femininas esguias... Congeladas como fotografias, as tomadas de Besson são belíssimas. Colocadas em movimento, nem tanto.

Angel-A almeja ser um Asas do Desejo pop, e Besson, que não é nenhum Wim Wenders, tenta nos vender sua plasticidade vazia como um drama existencial. Até existe uma idéia ali - o desamor de André, descendente de argelinos com cidadania estadunidense, se confunde com a crise de identidade de Paris - mas Besson soca a redenção de André com tanta força na nossa garganta que fica difícil simpatizar com o filme. Muitos monólogos e diálogos pseudo-filosóficos depois, o que resta é o pedantismo de um mau narrador que se imagina esteta.

Bons eram os tempos em que Besson não colocava o discurso à frente do filme, tempos de entretenimentos plenos como O Quinto Elemento. 1997. Nisso já se vão dez anos... O diretor declarou ano passado que estava pensando em se aposentar. É como os suicidas: o sujeito ameaça chegar ao extremo só para ver se alguém lhe estende a mão, diz que ainda se importa... Alguém aí se importa com Luc Besson?

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