Ang Lee inova em O Tigre e o Dragão

A idade de uma história e a cultura onde nasceu não são barreiras para o diretor Ang Lee (Razão e Sensibilidade). Seu último trabalho, O Tigre e o Dragão (Crouching Tiger, Hidden Dragon), baseado em um clássico da literatura chinesa, estreou dia 8/12 nos Estados Unidos e arrancou elogios de toda a crítica e audiência.

Apesar do épico se passar gerações atrás, a história é universal, tratando de temas como lealdade, amor e honra. Até aí, nada de novo... longa-metragens desse tipo são a especialidade de Ang Lee. Acontece que O Tigre e o Dragão, além do conteúdo dramático e fotografia primorosa, tem cenas de ação dignas dos melhores do gênero, coreografadas por Woo-ping Yuen (The Matrix), e o melhor... seu desenvolvimento faz parte da trama e não é apenas um recurso estético.

No século 19, na China, uma espada ancestral foi roubada do respeitado guerreiro Li Mu Bai (Chow Yun-Fat, de Anna e o Rei), que a havia deixado sob os cuidados de Yu Shu Lien (Michelle Yeoh, de 007 o amanhã nunca morre), sua amiga e expert em artes marciais. Apesar de Li Mu haver escolhido o caminho da meditação e não o da guerra, ele agora deve se unir à Yu Shu Lien, seu antigo amor (não correspondido), em uma cruzada para localizar e recuperar a espada chamada O destino verde. Muitos obstáculos os aguardam na jornada, entre eles o criminoso e assassino do mentor de Li Mu, a princesa Jen (Zhang Zi Yi, elogiadíssima pela sua atuação) e um ninja com o poder de desafiar a gravidade.

O trailer pode ser visto no site da Apple (link direto aqui) e nos dá uma idéia do que Ang Lee foi capaz... belíssimas coreografias, paisagens que parecem pinturas, uma trilha sonora mágica e minha cena favorita... Jen correndo sobre bambus. Distribuido pela Sony Pictures, O Tigre e o Dragão tem estréia prevista no Brasil para o dia 23 de fevereiro.

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