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Entrevista

65 | Diretores comentam “clichê” do “adulto solitário leva criança à segurança”

Scott Beck e Bryan Woods conversaram com o Omelete

Omelete
3 min de leitura
NG
08.03.2023, às 20H00.
65 – Ameaça Pré-Histórica

Créditos da imagem: Sony Pictures/Divulgação

Do primeiro jogo de The Last of Us a The Mandalorian, não faltam exemplos recentes na cultura pop do modelo “adulto solitário e desesperançoso leva criança órfã de volta à segurança”. Com lançamento marcado nos cinemas brasileiros para 9 de março, 65 – Ameaça Pré-Histórica é o mais novo título do gênero e seus diretores, Scott Beck e Bryan Woods, comentaram a popularidade recente do tropo em entrevista ao Omelete.

“[A popularidade] vem um pouco de você poder vê-los através dessas duas lentes [do adulto desesperançoso e da criança]”, afirmou Beck. “Você pode se ver como guardião ou pai e [pensa] no que você faria diante do perigo, seja pelo seu próprio filho ou pelo de outra pessoa?

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O “tropo”, aliás, não exatamente novo para a dupla, que já escreveu uma dinâmica parecida, embora com mais pessoas, para a franquia Um Lugar Silencioso. Segundo Woods, a introdução de uma barreira linguística entre os protagonistas vividos por Adam Driver e Ariana Greenblatt busca transformar 65 em “uma experiência cinematográfica não-verbal e experimental.” “[Driver], você sabe, é incrível com diálogos. Mas perguntamos a ele como seria se ele não conseguisse dizer as coisas que está sentindo e tivesse toda essa emoção interna construída nesse tipo de personagem estóico? E como contamos essa história sem a transformar o diálogo em muleta?”, seguiu o cineasta. “Acho que é um novo elemento que estamos tentando introduzir a um tropo já muito familiar.

Apesar de contar com um elenco relativamente pequeno – apenas cinco nomes sem incluir dublês são creditados –, 65 ainda apresentou alguns desafios para os cineastas, incluindo o que Woods definiu como a “natureza contida do filme.” “Foi um desafio legal. E sei que Adam também tentou exercitar as habilidades de narrativa minimalista com esse grande filme de tela verde por trás dos atores e realmente tratá-lo como um um tipo de poema de tom apocalíptico. (...) Foi quase como um estranho híbrido de um filme de Roland Emmerich [diretor de Independence Day] e um filme de Terrence Malick [A Árvore da Vida]. E esse foi um desafio divertido para nós.

Como diretores, filmar qualquer coisa com dinossauros [foi difícil], porque você tem que usar sua imaginação para vê-los. Você não pode simplesmente ter um tiranossauro no elenco (...). Então trouxe um grau em que isso é difícil para nós”, seguiu complementou Beck. “Também foi um desafio para os atores, porque eles precisam ser autênticos e fiéis à forma como eles reagiriam nessas circunstâncias. Mas eu acho que qualquer um dos momentos menores entre personagens também [foram difíceis], como se precisássemos encontrar o tom certo para eles. Este filme é tanto sobre Adam lutando contra dinossauros, quanto sobre uma luta interna. E é isso que o torna um ator tão bom.

65 - Ameaça Pré-Histórica é a história de um piloto de outra galáxia (Adam Driver) que cai em um planeta distante e apenas o capitão e uma jovem sobrevivem. À medida que os dois viajantes espaciais se orientam pelo terreno estrangeiro, é revelado que o planeta é na verdade a Terra há 65 milhões de anos - e cheio de dinossauros pré-históricos que ameaçam sua sobrevivência.

Com produção de Sam Raimi (Uma Noite Alucinante), o título também tem Ariana Greenblatt (Amor e Monstros) no elenco. O roteiro e a direção são assinados por Scott Beck e Bryan Woods, de Um Lugar Silencioso.

O filme chega aos cinemas em 9 de março.

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