10 filmes diferentes para ver no Dia dos Namorados

Créditos da imagem: Columbia Pictures/Divulgação

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10 filmes diferentes para ver no Dia dos Namorados

Comédias românticas e dramas açucarados em uma lista eclética

12.06.2017, às 13H05.
Atualizada em 12.06.2019, ÀS 15H14

O galã implora, a mocinha resiste, mas o amor prevalece. Ou a mocinha implora, o galã resiste, e o amor também vence no final. Fórmulas românticas são vastamente conhecidas. Por isso, neste Dia dos Namorados criamos uma relação de comédias românticas ou dramas açucarados que contém um sabor a mais - seja ele a crítica social, a análise comportamental de uma época ou um vigoroso exercício de virtuose técnica. Confira nossas indicações, listadas em ordem cronológica:

Jejum de amor (His girl friday), de Howard Hawks, 1940

O filme apresenta um dos melhores roteiros já escritos, ligeiro, mordaz e cheio de reviravoltas. Acontece que este não é um romance tradicional, mas a química entre Cary Grant e Rosalind Russell gera uma tensão sexual tão cativante que seria um deslize esquecê-lo. Méritos do mestre Hawks, que reelabora a peça da Broadway The Front Page, de Ben Hecht e Charles MacArthur, transformando os dois protagonistas homens em um casal de jornalistas divorciados. Além de ex-marido, o convencido Walter Burns (Grant) é também o editor da enérgica repórter Hildy Johnson (Rosalind).

Tarde demais para esquecer (An affair to remember), de Leo McCarey, 1957

Assim como o filme de Hawks, este também é estrelado pelo charmoso Cary Grant. Mas o que o primeiro tinha de instigante, este tem de emocionante. Um clássico do lenço de papel, o bem construído enredo serviu de inspiração para inúmeros filmes, como Sintonia de amor (Sleepless in Seattle, de Nora Ephron, 1993), Segredos do coração (Love affair, de Glenn Gordon Caron, 1994) e Escrito nas estrelas (Serendipity, de Peter Chelsom, 2001). Detalhe: o próprio filme já é um remake de Duas Vidas (Love affair, 1939), do próprio diretor McCarey.

A Primeira noite de um homem (The Graduate), de Mike Nichols, 1967

Dustin Hoffman afirmou ter escolhido a vida de ator por ser feio demais para ganhar a mulherada naturalmente. Modéstia, Sr. Hoffmann. Ao som de Simon & Garfunkel já entrava para a lista dos bom-moços imortais, lascava bons beijos nas divas Anne Bancroft e Katherine Ross, e ainda recebia a primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator. O diretor Nichols não apenas inaugura o gênero dos filmes conduzidos por canções especialmente criadas para uma película, mas também faz o retrato de uma jovem geração alienada, em busca desesperada por uma direção contrária ao falido sonho americano.

O Homem que amava as mulheres (L'Homme qui aimait les femmes), de François Truffaut, 1977

Depois das tradicionalistas indicações anteriores, vale assinalar também uma opção cult, profunda e poética, mas não menos simpática e bem humorada. Truffaut sempre foi um grande apaixonado, pelo cinema e pelo sexo oposto. E distribuía, em cada novo filme, algum traço autobiográfico. Em determinada cena, uma mulher tenta explicar a fama de Bertrand Morane (Charles Denner), um garanhão incorrigível: É difícil recusar coisas a você. Porque você pede como se a sua vida dependesse disso. Bertrand, Truffaut... fica difícil dissociar a imagem do homem da do personagem.

Grandes esperanças (Great expectations), de Alfonso Cuarón, 1998

Livro de 1861, Great expectations, de Charles Dickens, já foi adaptado inúmeras vezes para o cinema desde 1917. Em 1946, o genial David Lean deu a sua versão. Mas o mexicano Cuarón faz valer as suas escolhas. Não apenas atualiza a trama com sensatez, mas também esbanja domínio técnico ao fazer prevalecer nos figurinos, na cenografia e na película uma cor esverdeada (a sua preferida) e assim impor uma atmosfera onírica e estilizada aos encontros do jovem sonhador (Ethan Hawke) com a menina insensível (Gwyneth Paltrow).

Fim de caso (The end of the affair), de Neil Jordan, 1999

Atenção: nem só de finais felizes se faz um bom romance. O escritor Graham Greene sabe disso e costura relacionamentos com complexos panos-de-fundo políticos, no caso a II Guerra Mundial. Depois de Edward Dmytryk em 1955, Jordan é o segundo diretor a arriscar uma adaptação. Exibe a competência habitual e monta o seu drama de forma inventiva: passa e repassa os acontecimentos, do ponto de vista dos três personagens principais: o escritor Maurice Bendrix (Ralph Fiennes) mantém uma relação amorosa com a radiante Sarah (Julianne Moore), esposa do seu melhor amigo, Henry (Stephen Rea).

As Mulheres de Adam (About Adam), de Gerard Stembridge, 2000

Essa comédia irlandesa se diferencia da produção industrial norte-americana pelo humor afiado, pelo carisma dos personagens e pela montagem inteligente. A técnica se assemelha à de Neil Jordan. O espectador vê e revê cenas por enfoques e interpretações distintas. O resultado? Aquilo que antes parecia uma honesta declaração de amor, logo mostra-se a enrolação mais vigarista. Tudo culpa de Adam (o divertidamente canastrão Stuart Townsend), namorador bom de lábia com uma fachada do tipo cachorrinho abandonado.

O Fabuloso destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain), de Jean-Pierre Jeunet, 2001

Existe algo de impositivo na conduta da fofa Amélie (Audrey Tautou), a garçonete parisiense que decide ajeitar, à força, a vida de todos aqueles que a cercam. Mas fica difícil resistir ao colorido formato com que Jeunet apresenta a mensagem benevolente da sua fábula moderna. Sucesso em sua terra natal, a França, o filme cativou o mundo. O diretor utiliza uma película ultra-sensível, propícia às imagens estouradas, de detalhes granulados, como numa tela do Impressionismo. Faz de sons cotidianos uma melodia hipnotizante. E cria personagens caricaturais irresistíveis.

O Filho da noiva (El Hijo de la novia), de Juan José Campanella, 2001

O filme de Campanella trata com respeito e delicadeza as relações humanas. Rafael Belvedere (Ricardo Darín), um quarentão estressadíssimo, pai divorciado, administra o restaurante de seu pai, Nino (Hector Altério), mas não tem realizações próprias das quais se orgulhar. Para piorar, sua mãe, Norma (Norma Aleandro), sofre os primeiros sintomas de Mal de Alzeheimer, a perda da memória. Mas quando Nino propõe a Norma um novo casamento na igreja, para reforçar votos feitos há quarenta anos, Rafael, o filho da noiva, percebe o momento de mudar também sua própria vida. 

Embriagado de amor (Punch-Drunk love), de Paul Thomas Anderson, 2002

Aqui, Anderson alivia a carga dramática, sem deixar de lado os seus temas preferidos, como a redenção dos tipos menosprezados e a crítica à individualista sociedade do consumo. Resultado: um dos melhores papéis de Adam Sandler e a melhor comédia romântica hollywoodiana realizada em anos, tecnicamente original e narrativamente vigorosa.

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