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Ainda Estou Aqui | Filme é elogiado em Veneza e projetado para Oscar

Público do festival diz que atuação de Fernanda Torres pode chegar ao prêmio da Academia

Omelete
2 min de leitura
01.09.2024, às 17H45.

Ainda Estou Aqui, o novo filme de Walter Salles, foi exibido pela primeira vez neste domingo (1°), durante o Festival de Veneza. O longa, que adapta o livro de Marcelo Rubens Paiva sobre a sua família, despertou reações positivas na imprensa internacional, que aponta o projeto como possível competidor do Oscar.

O destaque ficou para Fernanda Torres, que na história vive a mãe do escritor, Eunice Paiva —um papel dividido com a sua mãe, Fernanda Montenegro, que faz a versão mais velha da personagem. "É uma atuação que deve catapultar ela para a temporada de premiações, 25 anos depois de sua mãe ser indicada ao Oscar por Central do Brasil", escreveu Stephanie Bunbury no Deadline.

O ScreenDaily também celebra o trabalho de Torres no filme, dizendo que ela é a espinha dorsal da produção. "Salles nunca se excede nas batidas emocionais do filme, confiando na atuação magnífica e excepionalmente detalhada de Torres para dirigir a história", afirma Wendy Ide.

Já o IndieWire declara que a atriz está à altura de sua reputação. "Sua performance é tão espetacular quanto a sua filmografia sugere", escreve Leila Latif, citando a Palma de Ouro que ela recebeu por Eu Sei que Vou te Amar. "A sua Eunice possui uma força e um estoicismo fenomenais, que tornam cada momento de dor vistos através de sua armadura muito mais comoventes."

O DMovies faz elogio parecido ao filme, mas o coloca como favorito para a disputa do Leão de Ouro no evento. "Eu espero que ele vença o prêmio principal. Isso seria muito merecido e uma nova recompensa para o cinema brasileiro", diz o brasileiro Victor Fraga no site.

Na Variety, Jessica Kiang elogiou a forma como o filme conta a sua história, alternando entre dois momentos no tempo. "Clássico na forma mas radical na empatia, ele não precisa das seções seguintes que de alguma forma mudam o ritmo emocional. Por outro lado, estes personagens são tão vívidos que não queremos deixá-los", escreve a jornalista.

Ainda Estou Aqui é ambientado no Brasil de 1971, e mostra um país em crise e sob o controle cada vez maior da ditadura militar. Baseado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, a história verídica acompanha uma mãe de cinco filhos que é obrigada a se reinventar como ativista quando seu marido é sequestrado pela Polícia Militar e desaparece sob sua custódia. 

Primeiro longa de Salles em 12 anos, Ainda Estou Aqui ainda não tem previsão de estreia. O filme será exibido pela primeira vez neste domingo (1°), no Festival de Veneza.

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