Logo do Festival de Toronto 2024 (Reprodução)

Créditos da imagem: Logo do Festival de Toronto 2024 (Reprodução)

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Festival de Toronto 2024: Todas as nossas críticas do evento

Omelete viu Ainda Estou Aqui, Conclave, Todo Tempo que Temos e mais

Omelete
5 min de leitura
24.09.2024, às 09H15.

Festival de Toronto 2024 rolou durante as últimas semanas, e o Omelete foi até o evento para assistir em primeira mão alguns dos títulos mais aguardados pelos cinéfilos nos próximos meses.

Abaixo, você confere nossas críticas dos principais títulos da seleção de Toronto:

Ainda Estou Aqui

Com um técnica impecável, favorecida pela excelente fotografia de Adrian Tejido, que pula da câmera na mão para planos estáticos perfeitos com luz e sombra dividindo o ambiente, e pela belíssima trilha sonora de Warren Ellis, Ainda Estou Aqui tem como sua joia mais preciosa a atuação de Fernanda Torres. Passando de dona de casa de classe média alta, para vítima do regime militar e tendo que se redescobrir nesse novo mundo, a atriz brilha em todos esses momentos dos arcos de Eunice. O olhar marcante nos momentos em que Rubens está “tramando” nos mostram que ela não é uma mulher alheia ao que acontece em sua casa.

Leia a crítica completa.

Todo Tempo que Temos

O filme precisa de pouco, além do casal, para dar certo. A química entre os dois preenche a tela já no primeiro momento da história, seja ao sabermos que Almut (Florence Pugh) tem câncer e precisará fazer tratamento para tentar curá-lo, seja quando ela atropela Tobias (Andrew Garfield) quando ele está distraído pela rua. Garfield utiliza todo o seu reconhecido charme desajeitado para construir um personagem em busca uma família completa ao lado da pessoa que ama. Já Florence Pugh desponta como a melhor coisa do filme e faz de Almut uma mulher forte, engajada em sua carreira como chef e que luta entre abrir mão de tudo que conquistou e dar mais tempo para Tobias - e a filha - com o avanço da doença. 

Confira a crítica completa.

Conclave

Ralph Fiennes deverá estar no Oscar e nas premiações de 2025 por sua atuação como o Cardeal Lawrence. É fantástica a criação do personagem que a todo momento afirma não querer ser papa, mas sempre acaba nas conversas dos companheiros ou recebendo votos durante as rodadas do conclave. A ansiedade de Lawrence e suas dúvidas sobre o próprio papel diante do futuro da Igreja dão margem para o ator brilhar tanto em momentos mais intimistas - mas não menos “perigosos” -, quanto nos momentos em que precisa explodir para renegar o fardo que parece se aproximar cada vez mais dele. 

Confira a crítica completa.

Robô Selvagem

Robô Selvagem, enfim, se dá ao luxo de entregar uma das suas maiores e melhores cenas quando ainda está na metade da metragem - o trainemento de Bill -, não precisando guardar toda a emoção para o final. Ainda assim, o filme vai lá e entrega outros grandes momentos (e alguns pequenos) tão importantes e tocantes quanto o da montagem. Roz entra para a galeria de grandes criaturas dos filmes de animação, e Sanders mostra que tem munição criativa para entregar o melhor filme animado de 2024... pelo menos até agora.

Confira a crítica completa.

Saturday Night

O grande interesse de Reitman, e também o maior acerto do filme, é focar no resultado final desse caos. É mostrar a jornada para fazer esse produto funcionar. Dessa forma, o diretor passeia com a câmera pelos corredores, estúdio e salas de bastidores com um domínio impressionante, misturando cortes e movimentos rápidos de câmera, com planos-sequências e uma ótima coreografia dos atores. Aliado a isso, Jon Batiste, que também está no filme como Billy Preston, criou uma trilha sonora que mistura jazz com samba e funciona como combustível importantíssimo para a ação da história. Em alguns momentos, com essa criação de tensão, caos e a “tragédia” se aproximando, é impossível não lembrar de Whiplash​: Em Busca da Perfeição.

Confira a crítica completa.

A Vida de Chuck

Flanagan conta uma história fragmentada, que vai se costurando e reencontrando elementos apresentados em diferentes partes, como num grande conto que parece ter saído diretamente do cinema de Steven Spielberg Richard Donner dos anos 1980. A melancolia e a estranheza da primeira parte do filme, que tem tons mais sci-fi, é fundamental para abraçarmos o restante da história. Quem é esse Chuck que todos agradecem, você vai se perguntar junto com o personagem de Chiwetel Ejiofor. Aos poucos, esse quebra-cabeça vai sendo montado numa emocionante jornada que nunca perde o real propósito da história: refletirmos sobre tudo o que passamos e as vidas que tocamos ao longo do nosso caminho.

Confira a crítica completa.

Herege

O suspense é muito bem construído em toda a primeira metade do filme, utilizando apenas três cenários da casa quase o tempo todo, e a excelente dinâmica entre Grant, East e Tatcher. Já na segunda parte, os diretores mergulham mais no terror e focam mais na busca das missionárias por respostas. O filme então perde um pouco da sua força, tentando se equilibrar em algumas reviravoltas que não são tão inventivas assim e abusando de elementos que exigem demais da suspensão de descrença do público sobre o mistério. 

Confira a crítica completa.

Queer

A partir do momento em que Lee e Allerton saem em busca da yagé, em uma viagem do México até a floresta amazônica, Guadagnino perde o foco para abraçar a loucura do vício e a abstinência de heroína. As situações entre os dois se tornam cansativas - culpa também da duração do filme, com mais de duas horas. O ótimo personagem de Craig se torna irritante e repetitivo, sem ter mais o que acrescentar em sua jornada, além de uma versão pior do que já havia sido mostrada anteriormente.

Confira a crítica completa.

Peça Por Peça

 Peça por Peça sofre do mesmo problema que afeta a maioria das biografias musicais: o envolvimento do próprio artista ou de familiares na produção. Parece quase impossível que se tenha uma cinebiografia, contada com a proximidade dos envolvidos, que não passe pano para diversos problemas ou que use os erros como uma simples escada para a glorificação do material do biografado. Existem, claro, casos mais isolados como o próprio Rocketman, em que Elton John não privou o filme de seus exageros com drogas. Straight Outta Compton é outro bom exemplo recentes, alinhando o sucesso, talento e as tragédias pessoais do grupo N.W.A sem passar pano para os erros, brigas e excessos.

Confira a crítica completa.

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