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Alone in Berlin | Emma Thompson e Brendan Gleeson mostram em Berlim um filme com cara de Oscar

Drama de Segunda Guerra se baseia em fatos

RF
15.02.2016, às 23H14.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Alvo de um racha de opiniões, aplaudido de um lado, vaiado do outro, Alone in Berlin, um drama de Segunda Guerra Mundial com Emma Thompson e Brendan Gleeson, fez os ânimos do 66º Festival de Berlim ferverem em sua reconstituição de um feito heroico de um casal alemão em luto pela perda de seu filho em meio ao jugo nazista.

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Dirigida pelo ator suíço Vincent Perez, celebrado nos anos 1990 como galã em cults como A Rainha Margot (1994), a produção, na disputa pelo Urso de Ouro, causou celeuma numa ala mais conservadora da crítica por ter uma narrativa clássica, com cara de "filme de estúdio" e pinta de projeto talhado para concorrer a Oscars, nutrido, sobretudo, pela presença de dois atores aclamados. Na tela, Glesson e Thompson recriam a história real do casal Quangel, que, entre 1940 e 1942, espalhou secretamente por toda Berlim cartas difamando Hitler e seu governo pelo descuido com seus soldados.

"Esta é uma história sobre bravura", classificou a atriz, que esbanjava simpatia numa das coletivas de imprensa mais lotadas de toda a Berlinale até aqui. "É muito raro vermos no cinema filmes sobre casais maduros, que vivem há muito tempo juntos e encontram novas formas de reafirmar seu amor. É o que nossos personagens fazem."

Para Gleeson, o Alastor Moody da franquia Harry Potter, o heroísmo dos protagonistas vem da percepção que ambos - mesmo muito pobres e de pouca instrução escolar formal - tinham sobre o absurdo da guerra. "Eles eram pessoas sem qualquer distinção em relação às demais, fora o fato de terem percebido o quão turbulento o mundo à frente deles ficaria", disse o ator, desde já cotado para prêmios na Berlinale. "A história deles ficou enterrada por muito tempo, mas acabou sendo descoberta, como um alimento para a esperança."

Com um pé fincado no romantismo, ao retratar a paixão inabalável entre os Quangel, Alone in Berlin despertou antipatias também pelo fato de Perez ter optado por filmar em inglês. "Eu queria que essa história tivesse um alcance internacional", justifica o cineasta, que usou como referência um romance publicado pelo escritor Hans Fallada em 1947, com base em arquivos confidenciais sobre os Quangel retirados dos acervos da Gestapo, a polícia secreta nazista. "Minha maior preocupação enquanto filmava era não deixar que o clima de tensão na prosa de Fallada e suas reflexões pudessem se perder."

Na trama, conforme os Quangel vão distribuindo secretamente suas cartas por Berlim, as autoridades nazistas começam a temer uma conspiração e colocam o inspetor Escherich, vivido por Daniel Brühl (de Bastardos Inglórios), no encalço dos traidores da pátria. Os oficiais de Hitler só não percebem que ele também tem queixas ao regime. "De alguma forma possível, cada um deles tentou como pôde mudar a realidade", disse Brühl.

Em paralelo ao calor gerado por Alone in Berlin, o longa bósnio Death in Saravejo, de Danis Tanovic (diretor do oscarizado Terra de Ninguém), pôs em pauta outro grande conflito do século 20: a Primeira Guerra. Com base em uma peça, o cineasta construiu uma espécie de suspense político todo ambientado em um hotel, em 2014, quando seu país relembrava o assassinato responsável por deflagrar o combate entre várias nações em 1914. O roteiro de Tanovic vem sendo elogiado pelos críticos. A Berlinale chega ao fim neste sábado, quando serão conhecidos os vencedores da competição oficial.

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