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Django Livre | Omelete Entrevista Elenco

Atores falam sobre como entraram para o projeto

17.01.2013, às 16H21.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H18

Diretamente de Hollywood, nosso correspondente conversou com Christoph Waltz, Kerry Washington, Jamie Foxx e Walton Goggins, sobre o filme Django Livre (Django Unchained). No bate-papo, eles falaram sobre o que mudou no set, cenas deletadas e a trilha sonora.

Então, primeiramente, o que quero saber como você descobriu que estaria nesse filme.

Christoph Waltz: Eu li umas páginas do roteiro, e, depois, Quentin Tarantino insinuou sem nenhuma dúvida... e eu descobri de pouco em pouco com o passar do tempo. E Quentin deixou eu ler o roteiro enquanto ele estava escrevendo. Então, é uma ótima forma de entrar em um mundo.

Kerry Washington: Eu tive muitas reuniões com Quentin. E ele estava... Eu acho que fui a primeira atriz para o papel que ele se encontrou e depois ele se encontrou com todo mundo. E, depois, finalmente... eu encontrei ele de novo e fiz um teste, e, depois, ele me ligou para falar que queria que eu interpretasse Broomhilda e eu chorei no telefone, porque eu fiquei muito honrada por ele me dar a responsabilidade de interpretar este personagem e por ter a oportunidade de trabalhar com Quentin. E eu também fiquei morrendo de medo do que teríamos que enfrentar.

Como você descobriu?

Jamie Foxx: Nós, na verdade... Eu fui na casa dele... e nós simplesmente conversamos... Nós conversamos sobre o roteiro... mas nós realmente conversamos sobre a parte humana. A minha parte humana de vir do sul, de entender sobre o que era o filme, e depois eu falei ideias que eu sentia, não para estar no roteiro, mas para o ritmo das coisas. E eu disse que qualquer pessoa que ele escolhesse seria fantástico. Tanto Will Smith, Idris Elba, todos esses caras conseguiriam fazer. Mas eu também queria que ele entendesse que… eu também entendia a repercussão do filme, depois que acabasse. E também eu tenho o meu cavalo, eu sou do Texas, eu sou um cowboy. E eu também acho que isso tirou a pressão dele de não se preocupar se eu sabia pegar uma arma, ou andar a cavalo. E isso fez ser muito legal.

Walton Goggins: Eu recebi uma ligação. Não de Quentin, mas de um cara colaborador de confiança dele. E eu não conseguia acreditar. Eu fiquei meio que em negação por um tempo, pensando: "Não, isso não vai realmente acontecer." E... E, depois, uma vez que eu aceitei a ideia, eu simplesmente me toquei que eu faria parte de um filme que seria muito importante para a história do cinema. Eu acho que é um dos melhores filmes de Quentin Tarantino e eu sou fã de todos os filmes dele.

Você começou com um ótimo roteiro. Quanto dele mudou no set?

CW: Um pouco dele mudou, mas não mudou no set, mudou na mesa de Quentin. O final ficou diferente do que era no roteiro inicial. E ele ainda tirou sequencias inteiras, antes de começarmos a filmar, e o trabalho continuou. Mas, também, não é nada incomum.

Você também é, obviamente, um compositor de música e uma música que você escreveu está na trilha sonora.

JF: Sim.

"100 Black Coffins" com Rick Ross. Como foi ter uma música na trilha sonora?

JF: Foi incrível, não só pelo meu lado, mas também por Rick Ross, ele não acreditava. Eu disse: "Eu acho que você é a pessoa perfeita para estar na trilha sonora de 'Django Livre', e não os outros rappers que todos conhecemos, os rappers icônicos." E quando ele se encontrou com Quentin Tarantino eu disse: "Eu acho que você deve fazer uma música chama  '100 Black Coffins'." E eu escrevi o gancho e o resto e, depois, juntamos tudo. E foi ótimo ver o processo. E pegava música, ia na casa de Quentin Tarantino, ele escutava, ele aprovava, aí eu ia até a casa de Rick Ross, ele escutava, aí ele fazia o que sabe. Então, foi um triângulo, de dirigir de um lugar a outro e saber as opiniões de todo mundo. Porque não queríamos que vazasse ou algo assim. E ver que pode concorrer a um Oscar, para mim, isso significa mais do que tudo, ter uma música dessas.

Eu ouvi que Tarantino gosta de passar filmes para o elenco no set.

WG: Ele gosta. Ama fazer isso.

Quais foram os que você viu e mais gostou?

WG: Eu... "Três Homens em Conflito". E, também, "Django". O "Django" original. Ele tem uma coleção de filmes que bate com o Netflix. Ele poderia simplesmente passar os filmes que ele faz, não só os que ele fez, mas também os que ele é dono, e começar o seu próprio clube de Netflix. Mas, sim, é ótimo.

Muitos de nós estávamos ansiosos para ver você com Caco e Miss Piggy no filme "Os Muppets". Mas por causa de sua agenda, você não vai participar desse projeto.

CW: Bom, falaram comigo de novo sobre isso hoje. Mas talvez não seja um papel de verdade, só uma participação.

Falaram que a versão original tinha mais de três horas. Há cenas deletadas que vocês sentem falta? Que vocês filmaram? E quais foram elas?

JF: Há uma cena que eu vou, para sempre... Provavelmente estará no DVD. Mas há duas cenas. Número um: a cena completa do jantar com Leonardo DiCaprio. Quando ele está explicando, para conhecimento, o que tinha em outra cena. era absolutamente fantástica. Uma cena de Kerry com Samuel L. Jackson... em que Samuel L. Jackson... Em que ela está fora da caixa do castigo e ela está cantarolando... uma música alemã, cantando em alemão. E ele sai da escuridão: "Por que você está tão feliz?" Ela responde: "O que foi?" "Você acabou de sair da caixa, não sei porque está tão feliz." Simplesmente, para mim, mostrou Samuel L. Jackson como um arrebatador, esperto... Para mim, eu odeio falar isso, mas... se esta cena estivesse no filme, eu acho que, literalmente, iriam lhe dar um prêmio a Samuel L. Jackson. Porque a química entre os dois... Mas você ainda vê um pouco no filme, você conhece ele. Mas esta cena... Loucura...

E mais uma pergunta: qual o seu próximo projeto?

WG: G.I. Joe 2: Retaliação sai em março. E meu programa volta a passar dia oito de janeiro. E há umas conversas sobre alguns filmes, então... Dedos cruzados.

Algum teaser para fãs de "Justifeid"?

WG: Raylan... Pode haver uma separação entre Boyd e Raylan, que ele talvez nunca se recuperem.

 


 

Django Livre estreia 18 de janeiro nos cinemas.

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