Brec Bessinger em Stargirl/DC Universe

Créditos da imagem: DC Universe/Divulgação

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Stargirl começa divertida com a cor e a leveza da Era de Ouro dos quadrinhos

Nova série do DC Universe embarca no clima adolescente que encantou nas primeiras temporadas de Smallville

Omelete
3 min de leitura
20.05.2020, às 18H56.
Atualizada em 28.07.2022, ÀS 10H00

Ícone da Era de Ouro dos Quadrinhos (1938-1956), a Sociedade da Justiça da América é símbolo de uma das épocas mais coloridas, divertidas e diversas da história da indústria. Com heróis como Flash, Lanterna Verde, Gavião Negro, Pantera e o Sandman, suas influências podem ser sentidas em equipes que vão da Liga da Justiça, da própria DC Comics, aos Vingadores, da rival Marvel. Após breve aparição em um especial de Smallville transmitido em 2010, o grupo toma os holofotes para si em Stargirl, nova série do DC Universe focada na jovem heroína-título, interpretada por Brec Bassinger.

Seguindo o exemplo de outras produções originais da plataforma, como Titãs e Arlequina, Stargirl começa acelerada, com uma cena de ação bonita e bem dirigida que impressiona pela qualidade dos efeitos visuais, muito acima do que é visto em outras séries do gênero. A abertura traz a batalha entre a SJA e Liga da Injustiça, formada por vilões como Onda Mental (Christopher James Baker), Geada (Neil Jackson) e Solomon Grundy. Como já mostrado nos trailers da produção, os antagonistas eliminam os heróis, deixando apenas Pat/F.A.I.X.A. (Luke Wilson) escapar com um moribundo Starman (Joel McHale), que diz que o legado da Sociedade da Justiça deve seguir vivo.

Dez anos depois, o destino junta Pat a Courtney Whitmore (Bessinger), sua nova enteada que tem uma conexão inexplicável com o Bastão Cósmico, arma que apenas Starman podia usar. O restante do episódio é dedicado à relação da garota com o objeto e sua vida em uma nova cidade, para onde se mudou com o padrasto e a mãe (Amy Smart).

Embora a leveza de Stargirl seja um refresco para o público acostumado com o drama do Arrowverse ou a tensão de Titãs, o primeiro episódio traz uma atmosfera familiar. A ambientação colegial de cidade pequena lembra muito as primeiras temporadas de Smallville, que teve seus quatro primeiros anos elogiados por críticos e fãs da DC. Já o humor autorreferente, que ironiza desde os nomes bizarros dos heróis, ao papel quase serviçal dos ajudantes, se assemelha ao de Legends of Tomorrow, série mais estável de heróis da CW até aqui.

Enquanto o roteiro faz um bom trabalho em misturar os gêneros de super-herói e conto de amadurecimento, outra característica compartilhada com Smallville, o elenco têm atuações competentes e divertidas. Luke Wilson, em especial, parece extremamente contente em estrear no mundo dos super-heróis. O único grande problema no setor é, talvez, McHale. Após anos vendo o comediante em Community ou comentarista de vídeos virais no The Soup, é difícil acreditar em sua atuação como o nobre Starman.

Os efeitos visuais também têm seus altos e baixos. Embora a sequência de abertura e a primeira luta de Courtney com o Bastão sejam comparáveis a algumas produções cinematográficas, é impossível assistir os momentos finais do episódio sem lembrar da tragédia que foi Sharknado. O problema, felizmente, é facilmente esquecido graças à hora divertida que o antecedeu e perdoável se comparado ao que é visto até mesmo em outras séries do DC Universe.

Diferentemente do clichê adolescente apresentado nos trailers e sinopses lançados até agora, Stargirl traz para as telas uma versão divertida de uma das propriedades mais importantes da história das HQs. Mantendo-se fiel ao charme colorido da Era de Ouro, a série tem tudo para conquistar não só o público adolescente, mas também fãs de longa data da Sociedade da Justiça.

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