10 momentos inesquecíveis de Lana Parrilla em Once Upon a Time

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10 momentos inesquecíveis de Lana Parrilla em Once Upon a Time

A Rainha Má mais amada da televisão estará na CCXP Worlds e vale a pena relembrar alguns de seus grandes momentos na série

Omelete
8 min de leitura
09.11.2020, às 14H48.
Atualizada em 09.11.2020, ÀS 16H02

Criada por Edward Kitsis Adam HorowitzOnce upon a Time nunca foi o tipo de série que recebeu muito reconhecimento da crítica. Em sua primeira temporada, ela chamou a atenção quando todos notaram que as engrenagens criativas que os roteiristas moviam para fazerem contos de fadas se cruzarem eram bastante inteligentes.

Essa atenção diminuiu com o tempo, mas a produção nunca perdeu seu valor intelectual completamente, ficando conhecida também - entre os fãs – como uma série muito atenta a questões de diversidade. Presa em temporadas muito longas, Once Upon a Time virou vítima dos próprios excessos, enquanto o carisma de alguns personagens acabava conseguindo segurar o interesse do público.

Entre eles, nenhum foi tão bem-sucedido como Regina, a Rainha Má da história da Branca de Neve. Kitsis e Horowitz haviam sido do time principal de roteiristas de Lost e foi lá que apuraram esse gosto por tramas fragmentadas. Também foi lá que a humanização de antagonistas se tornou um exercício natural da organização criativa. E por mais incrível que pareça, também foi lá, num episódio escrito por eles, que conheceram o trabalho de Lana Parrilla.

A atriz, até então desconhecida, ficou com a missão de viver a grande vilã da série, mas ao contrário de ser odiada, acabou se tornando a mola-mestra da história, ao ponto de ser o membro mais importante do elenco, sustentando a vida da produção mesmo quando a protagonista Jennifer Morrisson decidiu sair. Capaz de ser terrível e adorável na mesma medida, Lana pode nunca ter vencido grandes prêmios, mas é, sem dúvida, a dona de Once Upon a Time.

Para celebrar a participação dela na CCXP Worlds, preparamos uma lista com dez grandes momentos na pele de Regina. Vamos lá:

Rainha Má (nem sempre)

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A série começa quando Regina, a bruxa que tentou matar Branca de Neve, lança uma maldição que leva todos os personagens de contos de fadas para o nosso mundo. Presos em Storybrooke, os personagens não sabem que são quem são. Regina é a prefeita da cidade e tem um filho adotado, o jovem Henry, por quem sente um sentimento materno real. Henry é, na verdade, filho de Emma, a filha do príncipe com Branca, que foi salva por eles ao ser enviada também para a nossa realidade. Apesar de todas as maldades enquanto Rainha Má, Regina sempre teve em Henry a ponte para sentimentos verdadeiros e uma razão para temer confrontos constantes. A escolha dos roteiristas por isso foi também a escolha de Lana para aprofundar a rainha, o que foi essencial para que o carisma da personagem começasse a crescer. Quando, na terceira temporada, ela se vê obrigada a se afastar de Henry, é quase impossível não se emocionar.

Regina e Mary Margaret

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O primeiro passo para que o público compreendesse a personagem como mais que uma simples vilã foi dar a ela uma motivação. Nos filmes da Disney a questão da Rainha é apenas com relação a vaidade e poder, algo recorrente em contos maniqueístas. Adam e Edward criaram um background para Regina que revelava que por conta de algumas circunstãncias incontroláveis Regina perdera o grande amor de sua vida por interferência da então menina Branca de Neve. Durante toda a série – dividida em muitos flashbacks e flashfowards – vimos a relação de Regina com Branca oscilar constantemente, até um ponto em que as adversidades as colocaram no mesmo lado. No início da sexta temporada as duas tem uma conversa franca e emocionada sobre essa rivalidade, uma outra oportunidade para que o trabalho de Lana exploda na tela.

Mãe

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A relação entre Regina e a mãe Cora (Barbara Hershey) sempre foi um dos pontos altos da série. Cora aparece pela primeira vez para ajudar o público a compreender mais profundamente qual a natureza do comportamento da Rainha Má e também para que ela compreenda que muito do seu ódio vem de fontes equivocadas. As relações familiares dela foram terríveis, já que para se tornar definitivamente a Rainha, Regina precisou matar o pai e esse ato escureceu – literalmente – seu coração. Na quinta temporada ela descobre que foi a mãe quem assassinou seu grande amor do passado e esse é um grande passo para que ela comece seu caminho de redenção (pedindo perdão ao pai numa cena linda, aliás). Lana teve bastante trabalho nessa temporada, já que foi na descida ao inferno que os roteiros aproveitaram para resolver vários dos seus assuntos inacabados. Ao lado de uma atriz como Barbara, Lana levou Regina para um momento de ruptura: ela ainda era a Rainha Má, mas ela já sabia que fora manipulada para estar ali.

Wicked

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Além de Lana (e também de Emilie de Ravin), Rebecca Mader também foi transferida de Lost para Storybrooke e encarnou a Bruxa Má do Oeste. Esse foi, sem dúvida, um dos melhores cruzamentos de tramas da série. Cora abandonara a filha Zelena ainda bebê e ela foi levada por um tornado para Oz, onde nutriu sempre uma terrível inveja de Regina, sua irmã. Essa relação se constroi muito intensamente quando a personagem chega e mais para frente tudo se torna ainda pior, já que Zelena acaba engravidando de Robin, por quem Regina era apaixonada. As duas só se reconciliam no quinto ano, como último ato de arrependimento de Cora. Lana e Rebecca tiveram uma química incrível em cena logo de cara, o que acabou estendendo a participação de Mader até o final. Se um episódio era um pouco chato, mas elas estavam nele, as interações se tornavam absolutamente irresistíveis.

Rainha amorosa

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Durante as duas primeiras temporadas a série investe bastante em fazer com que Regina seja odiada. A partir daí, conforme o passado dela vem à tona e a proximidade com Robin Hood (Sean Maguire) acontece, a personalidade dela vai se remoldando. A química com Robin sempre foi muito boa, mas a história dos dois é cercada de eventos trágicos. Esses eventos culminam com a morte dele ao salvá-la, na quinta temporada. A reação dos fãs foi de extrema indignação, mas os criadores sempre quiseram mostrar que a redenção de Regina precisava acontecer mesmo que ela estivesse cercada de perdas, ou não seria verdadeira. Quando, lá pelo final da série, nos deparamos com um Robin de um universo alternativo, o reencontro dos dois é tomado de uma imensa catarse.

SwanQueen

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Desde que Once Upon a Time foi concebida as duas grandes rivalidades de Regina foram com Branca de Neve e com a filha dela, Emma. Aos poucos – e por serem mães de Henry – a dinâmica entre elas vai se tornando um dos pontos principais da série. Talvez o momento-chave tenha sido na terceira temporada, quando as duas precisaram usar mágica juntas. Os diálogos foram crescendo com o tempo, ficando entre o humor e a provocação, tanto que acabou tomando proporções além da produção. Fan-fics sobre um amor entre elas ficaram populares e até um ship name: SwanQueen. É bem verdade que Jennifer foi perdendo espaço para Lana, mas até onde elas estiveram juntas em cena, o resultado era bastante positivo. Aliás, essa é uma das maiores qualidades de Lana: em cena com ela, qualquer personagem crescia.

Dancing Queen

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Quase toda longa série de TV aberta tem o seu infame episódio musical. Once Upon a Time não fugiu à regra. A trama para justificar todo mundo cantando era fácil (bastava apelar para um feitiço), mas o que surpreendeu foi que mesmo soando como um recurso desesperado, no caso de Once Upon a Time foi feito com muita competência. Lana, além de um grande talento como atriz também demonstrou que segura umas notas muito bem. As expectativas eram as piores, mas todos saíram ilesos. Ela, principalmente.

Corações

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Em todos os momentos em que Lana Parrila precisou viver ou reviver a versão má de Regina, a personagem tinha uma assinatura: ela arrancava corações. Há alguns momentos bastante emblemáticos no decorrer da série que dizem respeito ao ato de arrancar ou destruir um coração. É muito forte quando ela recusa o coração que Branca de Neve oferece a ela; ou quando ela arranca um coração pela primeira vez e ele não é o coração de uma pessoa. É claro que apesar da representação visual do coração, essa sempre foi uma grande metáfora. Metáfora essa que encontrou seu apogeu em um específico ponto da produção e que faz parte do penúltimo item dessa lista.

Duas Reginas

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Lana Parrilla cresceu muito, cada vez mais; e sua importãncia foi sendo sublinhada na forma como os roteiros levavam a personagem para o centro dos acontecimentos. No sexto ano a rainha já estava redimida e o público sentia falta das maldades que ela fazia. Naquele ponto, a série já dividia suas temporadas em dois eixos dramáticos por ano e estávamos vivendo exatamente o momento em que a mitologia do Médico e o Monstro era abordada. Os roteiristas então criaram uma espécie de soro que foi usado para separar as personalidades do personagem e que, espertamente, foi parar com Regina. Ao tomá-lo, sua versão má se separa, fisicamente, fazendo com que por vários episódios, Lana vivesse a Regina e a Rainha, muitas vezes tendo cenas inteiras dialogando consigo mesma. Foi a prova cabal do quanto a atriz tinha se tornado a dona da série, não só sustentando perfeitamente as duas personagens como fazendo com que a experiência para os fãs fosse extremamente divertida. É nos derradeiros momentos dessa storyline que os roteiristas usam o coração escuro de uma e o coração claro de outra como metáfora para a complexidade de Regina, quando a fazem – num momento inesquecível – fundir os corações e transformá-los num só.

Rainha bondosa

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Em sua última temporada, Once Upon a Time sofreu uma grande transformação e Regina foi uma das poucas personagens que permaneceram, tornando-se mais essencial que nunca. O último episódio deu a ela toda a importância que merecia, preparando uma coroação que contou até mesmo com a volta de Jennifer Morrisson. Em retrospectiva, toda a psiqué de Regina era composta pela ideia de ser sempre rejeitada. Então, ser eleita a salvadora de todos os povos e coroada A Rainha Boa foi um final extremamente coeso para a personagem. Mesmo ali, cercada de cenários de chroma key, Lana conseguiu expressar todo o contentamento e alegria nos olhos de Regina, que finalmente era amada por quem realmente importava: o filho e os amigos. Foi bastante comovente e terminou de marcar a personagem na memória de todos que acompanharam tudo até ali. Numa série sobre feitiços e mágicas, a maior delas, quem fez foi Parrilla.

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