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Blade Runner 2049 | Luta entre Harrison Ford e Ryan Gosling quase foi cortada

Editor conta que primeiro corte do filme tinha quatro horas

MC
30.10.2017, às 17H03.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H34

Joe Walker, editor que acompanhou Denis Villeneuve em A Chegada e Sicario: Terra de Ninguém, contou ao Provideo Coalition como foi o processo de montagem de Blade Runner 2049. Segundo ele, o primeiro corte do filme tinha quatro horas e, durante a edição, quase que a luta entre Harrison Ford e Ryan Gosling em meio ao show de hologramas não foi para a versão final.

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"Essa sequência foi uma questão na sala de edição e provavelmente a maior e mais difícil para se trabalhar. Essa é a cena em que Deckard encurrala K na boate e aperta um interruptor que começa um show de holograma. Para dar noção da escala da operação, só naquela cena foram 21 cortes só na pré-visualização. Isso nos deu uma ideia sólida da música que teria ao fundo e um modelo para Roger projetar sua iluminação. Denis e a unidade principal, então, filmaram a cena de verdade com Deckard e K, com Ben Thompson no fundo como Elvis. Eles filmaram sem uma plataforma de controle de movimento. Tivemos o final de semana para freneticamente cortar esse material e então dividir tudo em partes para que pudéssemos voltar ao set com a segunda unidade e filmar todos os hologramas: Folies Bergere, a banda de Elvis, Liberace, Marilyn Monroe. Precisávamos acertar porque quando você corta de um ângulo para o outro, os dançarinos precisavam fazer seus saltos exatamente no mesmo ritmo enquanto se mantinham em sincronia com os efeitos de luz já filmados por Roger. É realmente difícil de atingir isso, tecnicamente. Acabei com dúzias de faixas de vídeo para cada ângulo e minha equipe temporária criou versões mais polidas."

A versão original do longa teve quase quatro horas e, para efeitos práticos, foi dividido em duas partes. "Essa divisão revelou algo sobre a história: são duas metades. Há K descobrindo seu passado que ele pensa ser verdade e a segunda metade, em que ele perde sua virgindade [risos]. Na manhã seguinte, é uma história diferente, sobre conhecer seu fabricante e, por fim, se sacrificar - "morrer é a coisa mais humana que fazemos". Curiosamente, as duas metades começam com olhos abrindo. Há um olho gigante abrindo na abertura do filme e o segundo, quando Mariette acorda e se esgueira pelo apartamento de K, no começo da parte 2 do primeiro corte. Brincamos com títulos para cada metade, mas rapidamente desistimos. Mas o que se mantém é que há algo como acordar do sonho nesse filme. Essa é uma escolha muito deliberada em termos de visuais, mas também o tipo de ritmo pelo qual eles estavam lutando no set e a sensação alucinante no corte - é o tipo de sonho onde você anda inexoravelmente mais perto da verdade".

Blade Runner 2049 está em cartaz nos cinemas.

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