Criatividade e talento andam juntos quando estamos falando do quadrinista Rafael Grampá. Seu estilo único e a atenção aos detalhes fazem com que seus trabalhos ganhem manchetes quando ele faz uma capa alternativa ou é anunciado em grandes projetos. E devemos somar a esta equação um trabalho de marketing que algumas pessoas podem chamar de autopromoção, mas que, na verdade, parece buscar algo diferente na forma de se divulgar um... “gibizinho”.
Para o lançamento de Batman: Gárgula de Gotham (Batman Gargoyle of Gotham), foram criados teasers animados, trilha sonora e até um minidoc.
E tem que promover mesmo! Esta é a primeira vez que um brasileiro escreve e desenha uma HQ do Cavaleiro das Trevas de forma solo em uma minissérie. E como o título estampado na capa já deixa bem claro, a Gotham City desenhada por Grampá e colorida por Matheus Lopes tem muito de São Paulo, suas sujeiras e discrepâncias.
Os quadros recordatórios remontam a clássica Cavaleiro das Trevas, de Miller, e contextualizam quem é este jovem Batman em início de carreira. Suas incertezas, as correções que está fazendo no seu jeito de lutar e agir, as conversas com Alfred enquanto ainda testa seu batmóvel, batizado de Máquina Cega (que não tem janelas para melhor proteger seu ocupante).
Uma coisa, porém, ele tem certeza: para cumprir sua promessa de limpar as ruas de Gotham e vingar a morte de seus pais, Bruce Wayne vai ter que morrer. Só assim o Batman vai conseguir trabalhar de forma integral e 100% focada na sua vingança.
A Gotham de Grampá tem muito de São Paulo
Achou estranha a ideia de Batman matar Bruce Wayne? Bom, saiba que esta história faz parte do selo Black Label, que mostra aventuras não-canônicas à vida do personagem. E isso dá mais liberdade para criar e "bagunçar" tudo o que sabemos sobre o Morcegão e também apresentar novos personagens.
Um deles aparece já neste primeiro volume, é o vilão Crytoon, que chora quando está fazendo mal a uma de suas vítimas, e usa até bigornas, como nos desenhos animados dos anos 50 e 60. Grampá já prometeu mais dois vilões, Moth-Er e a Virgem, que ainda não deram as caras neste primeiro volume.
A HQ, toda roteirizada por Grampá em inglês e só depois traduzida, teve lançamento simultâneo nos EUA, Brasil, Espanha, Alemanha e Itália e tanto este primeiro volume como a pré-venda do segundo (previsto para novembro) aparecem em listas de Mais Vendidos de sites e lojas especializadas.
As comicshops dos Estados Unidos receberam ainda versões com capas alternativas assinadas por Jim Lee, Paul Pope e Frank Miller, entre outros.
Rafael Grampá está confirmado na CCXP23 e promete falar mais sobre o projeto em um painel especial e recheado de surpresas.
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