Grant Gustin em The Flash/CW

Créditos da imagem: CW/Divulgação

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Sétimo ano de The Flash começa emotivo e amarrando pontas soltas

Influenciado pelo coronavírus, primeiro episódio da temporada traz ritmo ágil e aponta futuro otimista para a série

04.03.2021, às 20H02.

Por motivos óbvios, The Flash não pôde encerrar seu sexto ano, exibido em 2020, da forma planejada. Exageradamente lenta, a história foi encerrada de forma abrupta justamente quando entrava em seu melhor momento (o que é compreensível). Embora essa interrupção tenha prejudicado a reta final da temporada, ela permitiu que o sétimo ano começasse com um ritmo mais acelerado e coerente com produções de super-heróis. Concebido como o vigésimo episódio do ano anterior, “All’s Wells That Ends Wells” inicia esta sétima temporada amarrando pontas soltas e encerrando alguns arcos de maneira emotiva, mas coerente.

Começando de onde o finale parou, o novo episódio mostra Eva (Effrat Dor) usando seus poderes para dominar o submundo do crime de Central City, enquanto Barry (Grant Gustin) tenta, sem sucesso, impedi-la de fazer mais vítimas. Com os poderes cada vez mais limitados por causa da morte da Força da Aceleração, o Flash mal consegue alcançar a nova Mestre dos Espelhos, que revela ter a capacidade de se mover na velocidade da luz.

Embora Eva continue sendo uma vilã bem tediosa – impressão reforçada pelo trabalho medíocre de Dor no papel -, seu desenvolvimento ganha uma camada mais intrigante quando sua verdadeira origem é revelada. Mesmo que não conserte os problemas que a personagem tinha na sexta temporada, essa nova trama cria a expectativa por uma conclusão interessante para seu arco.

Quem também teve uma melhora considerável em sua apresentação foi Barry. O melancólico personagem dos últimos dois ou três anos deu lugar a uma versão mais otimista, animado com a perspectiva de salvar o mundo e Iris (Candice Patton) quando terminar a construção da Força da Aceleração artificial. Grant Gustin, aliás, parece muito mais confortável no papel sem essa barreira de lágrimas e tristeza que se tornou sinônimo de sua versão do Corredor Escarlate.

Por incrível que pareça, a atuação mais divertida de Gustin está diretamente ligada à parte mais emotiva deste episódio de The Flash, protagonizada por Nash Wells (Tom Cavanagh), que descobre que sua morte é a única maneira de energizar a nova Força da Aceleração. Ver o explorador/cientista/figura paterna buscar alternativas para se manter vivo mistura a tristeza de ver um personagem querido em perigo com a diversão de ver todos os Wells do multiverso retornando de um jeito criativo e que explicita os talentos de Gustin e Cavanagh e a química inegável entre eles.

Os carismáticos Chester (Brandon McKnight) e Allegra (Kayla Compton) também cumprem bem seus respectivos papéis dentro da Equipe Flash. Apesar de ficarem presos no laboratório na maior parte do episódio, os coadjuvantes deram um ótimo direcionamento emocional para “All’s Wells That Ends Wells”, que pôde se apegar menos ao dramalhão característico da CW em seus momentos mais sérios.

Infelizmente, o capítulo tem duas grandes falhas difíceis de serem ignoradas. A primeira é a trama de Iris e seu isolamento no Mundo Espelhado. Por mais que tenha sido um dos grandes destaques da sexta temporada, Patton não consegue salvar as cenas requentadas, que apenas repetem o que já havia sido feito no ano anterior. Já a segunda é a história de Cecille (Danielle Nicolet), que foi colocada frente a frente com a Pião (Ashley Rickards). A vilã cai de paraquedas na série quatro anos depois de sua última aparição para estrelar um momento de exposição confusa e apressada, e que pouco serve para o arco do capítulo atual.

Ainda que o ritmo mais agradável e a disposição para solucionar alguns arcos sejam somente reflexos da interrupção nas filmagens, o sétimo ano começa com um fôlego já atípico para as principais séries do Arrowverse. Embora seja difícil imaginar que essa atmosfera de “clímax” vá se manter por muitos episódios, The Flash entra em 2021 de maneira animadora, apontando para uma temporada otimista, algo que a produção não vê há um bom tempo.

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