Foto de Supergirl

Créditos da imagem: Supergirl/CW/Divulgação

Séries e TV

Artigo

Supergirl tenta retomar o ritmo em quinto episódio, mas continua irregular

Série de Kara Danvers não consegue reencontrar o brilho do ano anterior

07.11.2019, às 22H04.

Quando uma série tem uma temporada muito boa, o grande receio é se ela conseguirá manter o bom nível no ano seguinte. Infelizmente Supergirl entrou para as estatísticas das produções que pioram muito após um ano incrível. Enquanto a quarta temporada entregou tramas importantes pela ótica da Garota de Aço, a quinta temporada sofre com narrativas arrastadas e confusas. “Dangerous Liaisons” tenta melhorar o que foi apresentado até agora, mas continua irregular.

[Cuidado com spoilers do episódio “Dangerous Liaisons”] abaixo.

Desde o começo do quinto ano, a série apostou em uma trama tecnológica. Se nas temporadas anterior o grande desafio da Supergirl era contra ideias supremacistas, aqui ela tenta confrontar aqueles que tentam usar o desenvolvimento tecnológico para o mal. Não é necessariamente uma história ruim, mas é fato que a produção ainda não encontrou o tom para apresentar isso ao seu público. 

“Dangerous Liaisons” começa com Kara trabalhando cada vez mais próxima de William (Staz Nair), seu colega de trabalho na CatCo, que tenta descobrir uma grande conspiração envolvendo a CEO Andrea Rojas (Julie Gonzalo). A parceria entre os dois permanece insossa. Antes apresentado como vilão, William é agora um “bom moço”, que luta pela verdade e quer proteger Kara. Até o momento em que a heroína descobre as verdadeiras intenções do personagem, suas ações eram mostradas pelo olhar desconfiado da Supergirl e, por isso, a mudança brusca incomoda. Aliás, a própria personagem se questiona como pode ter errado tanto ao tentar entender as motivações de uma pessoa. 

Como já aconteceu em outras temporadas, Kara percebe cada vez mais que o mundo não é preto e branco. Como diria Sirius Black, de Harry Potter, há luz e trevas dentro de cada pessoa e o que mostra quem somos é como resolvemos agir. No caso de Kara, ela tende a ver mocinhos perfeitos e vilões completamente malvados - embora tenha uma tendência a dar o benefício da dúvida para o segundo grupo. Na verdade, ela erra realmente quando confia cegamente no primeiro. Supergirl não é mais ingênua, ela sabe que a moral das pessoas é complicada e pode ser corrompida, mas fica claro como ela sofre quando se depara com tal situação. No entanto, ainda que seja ruim ver a personagem se decepcionar tanto, ela não poderia ter uma característica mais parecida com seu primo.

Apesar de ter tais pontos interessantes, o episódio ainda não engrena. A motivação dos vilões é confusa, o que torna a luta contra eles ainda mais incompreensível. Até mesmo a narrativa de Lena Luthor (Katie McGrath), que poderia ter uma importância interessante, está correndo por fora, com a promessa de que se tornará algo real perto do fim da temporada. Não usar todo o potencial de Lena é, de fato, um erro. A expectativa é que a Supergirl teria um embate grandioso com sua melhor amiga no quinto ano, algo que colocaria emoção em um confronto há muito esperado, mas o que Supergirl entregou até agora foi um combate sem emoção e sem coração, com a heroína lutando contra inimigos invisíveis (a tecnologia) e outros com motivações ainda não reveladas (Rojas). A quinta temporada de Supergirl terá 22 episódios, por isso ainda é cedo (quinto capítulo) para dizer que a temporada será totalmente ruim. No entanto, é hora da equipe acender a luz amarela e entregar o que a Garota de Aço sabe fazer de melhor: grandes embates, mas com significado.

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.