Arcane | 2º ato canaliza o caos em caminhos mais claros para o fim

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Arcane | 2º ato canaliza o caos em caminhos mais claros para o fim

Terceiro ato terá tempo suficiente para encerrar a trama de maneira satisfatória

Omelete
3 min de leitura
16.11.2024, às 08H00.

[CUIDADO com possíveis spoilers do 2º ato de Arcane abaixo]

O segundo ato da segunda temporada de Arcane já está disponível na Netflix, e mostra uma maturidade enorme na produção. Em seu ato mais importante desde que estreou, a série mostrou jogo de cintura para lidar com tantas histórias paralelas que estavam sendo criadas desde a primeira temporada, unindo-as de maneira satisfatória e chocante.

A introdução de Warwick, a versão bestial de Vander, pai de Vi e Jinx, finalmente aconteceu. A teoria era praticamente certa desde o Ato 1 da primeira temporada, e na visão de alguns pode até ter ficado tempo demais no forno — os "teasers” com Singed no início da segunda temporada levantavam suspense para algo que já sabíamos que ia acontecer.

Como resultado, tudo indica que a passagem do personagem foi rápida, mas ainda não deixa de ser marcante. Sem enrolar muito no clichê da fera que lentamente reganha consciência, o novo Vander é usado para finalmente unir a dupla de irmãs protagonistas, tanto de maneira emocional quanto em questões de enredo: com uma Jinx menos agressiva, o terceiro e último ato pode finalmente focar nas tramas que restam.

A maior delas, claro, é a que dá nome à série — o Arcano. Jayce e Viktor encerraram sua amizade de maneira extremamente dolorosa e, de certa forma, misteriosa. É compreensível que o ex-conselheiro estivesse magoado com seu antigo amigo; afinal, ele o trocou por um literal culto de fanáticos, sem muita explicação. Ainda assim, isso não parece suficiente para acabar com a vida de alguém, ainda mais de forma tão violenta.

As motivações de Jayce, e o que foi visto pelo personagem enquanto estava em contato com o Arcano, devem ser o fio condutor para o restante desse arco. Ekko e Heimerdinger, que foram totalmente ausentes nesses três episódios, também devem colaborar, e não é loucura imaginar que finalmente veremos versões deles mais próximas das que conhecemos no League of Legends.

Do outro lado da moeda, temos a Rosa Negra tentando cravar seus espinhos em Mel. A organização, que é uma das entidades mais antigas na história do LoL (saiba mais aqui), tem motivos bem nítidos para tentar se aproveitar dos poderes mágicos da filha de Ambessa, que finalmente ganharam uma revelação mais enfática.

A questão é justamente onde Ambessa e a tensão política entre Piltover e Zaun vai encaixar nisso tudo. A provável morte de Isha pode ser estopim para um conflito ainda mais intenso entre as duas nações, e é difícil de enxergar um caminho onde Vi e Jinx não se antagonizem nesse confronto.

O incidente entre a pequena companheira de Jinx e Vander pode ser suficiente para causar outro surto na personagem, que talvez assuma de vez seu manto como rosto de uma revolução. Do outro lado, Vi e Caitlyn devem se unir novamente, mas o posicionamento de Noxus nesse conflito é algo para ficar atento no ato final.

Com apenas três episódios restantes para amarrar todas suas pontas soltas, Arcane provou que tinha artifícios suficientes para afunilar tudo em rotas menos difusas. O terceiro e último ato parece bem encaminhado para encerrar, com chave de ouro, uma série que estará sempre presente na discussão de melhores adaptações de games para o audiovisual.

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