Fundação: Primeiro episódio do 2º ano esbanja riqueza na produção
Exibição antecipada ocorreu durante o BIG Festival
Apesar da programação focada em jogos das principais empresas da indústria de games, o Best International Games Festival (ou BIG Festival) 2023, que aconteceu no início de julho em São Paulo, foi palco também para a primeira exibição antecipada do episódio inaugural da segunda temporada de Fundação (Foundation), cuja estreia no Apple TV+ acontece nesta sexta-feira (14). O Omelete, claro, esteve por lá para conferir de perto.
Da esquerda para a direita: Demerzel (Laura Birn), Hari Seldon (Jared Harris) e o Imperador (Lee Pace).
Assim como a primeira temporada já havia indicado, Fundação chega ao segundo ano com notável apuro estético. Seja em termos de fotografia ou mesmo efeitos especiais, é nítido que a adaptação dos livros escritos por Isaac Asimov conta com mais orçamento (ou, simplesmente, mais talento) do que outros seriados televisivos de fantasia, como The Witcher, da Netflix.
Honestamente, ao assistir o primeiro episódio do segundo ano, era difícil não sentir certo pesar quando a câmera abandonava os planos abertos para se aproximar dos personagens e dar destaque às atuações. Isso se deve tanto ao fato de que alguns cenários são inacreditavelmente prazerosos aos olhos quanto à evidente limitação do texto, que não poderia ser atenuada nem pelas melhores atuações.
Fundação gira em torno do colapso iminente de um império galáctico, algo desejado por parte dos personagens e assustador para outros integrantes do império. Naturalmente, portanto, há conspirações políticas em curso ao longo das duas temporadas. No entanto, não espere pelo nível de cuidado que houve em Game of Thrones, para citar um exemplo óbvio.
Da esquerda para a direita: Gaal Dornick (Lou Llobell) e Hari Seldon (Jared Harris).
Talvez por causa do próprio material que inspirou o seriado, ou por uma simples questão de escolha da equipe do seriado, Fundação não escapa das frases de efeito constrangedoras que vemos em tantas outras produções ou situações exageradamente dramáticas que seriam mais convincentes se existisse mais sutileza tanto no roteiro quanto na direção das cenas.
Boa parte da crítica já havia apontado o contraste inegável que há entre o primor visual e a simplicidade do roteiro na primeira temporada, e o primeiro episódio do segundo ano, surpreendentemente ou não, seguiu na mesma direção de um formato mais "novelão", digamos.
Com base somente no primeiro episódio da segunda temporada de Fundação, parece que o público almejado é exatamente o mesmo que curtiu o primeiro ano. Se você consegue relevar a trama política não tão sofisticada em prol de quadros deslumbrantes, conseguirá aproveitar a experiência. Caso contrário, talvez seja melhor buscar outra alternativa de entretenimento.
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