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Vertigo | Dan DiDio comenta linha da DC após saída de Karen Berger

Fundadora do selo diz que vai levar seu talento adiante

31.05.2013, às 14H01.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H47

O New York Times conversou com Karen Berger, a fundadora do selo Vertigo da DC Comics, sobre sua saída da editora após 30 anos - 20 deles a serviço da Vertigo. Embora Berger não tenha falado dos motivos para sua saída, outros entrevistados da matéria reforçam que a decisão teve a ver com uma mudança de direcionamento na DC.

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Karen Berger

Declarações de Neil Gaiman e Grant Morrison reforçam que a editora inteira mudou em 2009, ao virar DC Entertainment. Outra entrevistada, a roteirista G. Willow Wilson é quem resume a comparação: "Entendia-se que nem todos os títulos tinham que dar grana. Era um espaço para experimentação. [Agora], vai haver pressão para cortar os títulos mais interessantes, mais inovadores [em favor dos] mais populares e talvez menos inovadores?"

O jornal levou a dúvida a Dan DiDio, um dos publishers da editora. A resposta é enrolada, mas deixa clara a mudança de orientação. "O desafio não é que [os títulos da Vertigo] tenham que dar lucro já de saída. O desafio é ter maior recepção logo de saída (...) Servir apenas a uma fatia minúscula do público não é o rumo a tomar. Não é para isso que estamos no mercado. Temos que almejar as estrelas em tudo que fazemos. Pois o que queremos é chegar ao maior público possível e ter o maior sucesso possível."

Além de mudanças na hierarquia da DC e na relação com o conglomerado-mãe, a Warner Bros., a Vertigo também foi prejudicada pela "devolução" de personagens à linha tradicional da DC, como Homem-Animal, Monstro do Pântano, John Constantine e outros.

Na matéria, Berger - que encerrou seu contrato de trabalho em março, mas continua prestando consultoria em alguns projetos da Vertigo - diz que "chegou a hora de aplicar minhas habilidades narrativas em outros lugares."