Música

Entrevista

Tomorrowland Brasil 2016 | "Meu videogame era fazer música", diz Alok em entrevista exclusiva ao Omelete

Após apresentação no main stage, o DJ se apresentou um palco com assinatura própria

23.04.2016, às 09H32.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H47

Após um show memorável na primeira noite da edição brasileira do Tomorrowland Brasil, o brasiliense Alok, cujo nome de batismo é este mesmo, retorna a um dos palcos do festival na noite de sexta, desta vez com uma arena que leva seu nome: Alok Presents Brazilian Bass. Poucos DJs podem ter o privilégio de dizer que tocaram duas vezes na mesma edição do Tomorrowland, e Alok está entre eles.

Em entrevista exclusiva ao Omelete, ele conta que criou esse estilo peculiar chamado Brazilian Bass, que permeia suas composições há alguns anos, cuja batida característica ainda não existia como um gênero no cenário eletrônico. "O nosso som aqui no Brasil é diferente. Precisava de um nome só para ele. Muitos DJs de fora me diziam o que era, mas não sabiam determinar o estilo, daí surgiu o Brazilian Bass, que já me rendeu elogios de grandes nomes da música eletrônica", comemora.

Alok, ao contrário da maioria, vem de uma escola familiar de e-music. Filho dos renomados DJs Swarup e Ekanta, pioneiros do psy-trance nacional, tanto ele quanto seu irmão gêmeo despertaram desde a infância o gosto pelo eletrônico. "Viver de arte não é uma coisa simples de se fazer. Por sorte, venho de uma família inteira de artistas e isso com certeza foi uma grande inspiração para a minha carreira", declarou Alok.

O DJ de 24 anos que hoje é considerado o melhor DJ brasileiro pela revista House Mag falou sobre o Tomorrowland e a importância de festivais como este. "Tocar em clubes e em festivais é completamente diferente. Nos clubes você precisa fazer um set mais introspecto. Aqui a energia é o que conta. Meu trabalho no palco do Tomorrowland é fazer as pessoas terem uma noite inesquecível", destaca.

Quando perguntado sobre o palco Super You & Me, que tinha como tema heróis e quadrinhos, Alok diz que sabe qual personagem seria ideal para ele. "Se eu fosse escolher um personagem para encarnar nesse palco, eu seria o Darth Vader. Não é um super-herói, mas acho que me identificaria mais com o vilão. Na verdade, comecei minha carreira muito cedo, então nunca adquiri um gosto particular por quadrinhos ou jogos. Meu videogame era a música!", encerrou.