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O Homem de Aço | Da Frigideira

Nossas primeiras impressões sobre o filme mais aguardado do ano estão aqui!

10.06.2013, às 10H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H46

Na série de artigos Da Frigideira o Omelete publica as primeiras impressões de seus críticos de aguardados filmes da temporada, no calor da saída do cinema.

Homem de Aço poster

Há alguns meses, prometi no OmeleTV que comeria minha cueca se Zack Snyder não fizesse um ótimo filme do Superman. Pois minha roupa íntima pode respirar aliviada, já que O Homem de Aço é não apenas um entretenimento de primeira, mas um acerto que pode mudar até o rumo do herói nos quadrinhos.

Enquanto a DC Comics segue tropeçando nas novas HQs do personagem, é o cinema que consegue, novamente, explicar o que o Superman deveria representar. O mais velho super-herói, que muitos consideram datado e chato, chega reformulado como um defensor relutante do planeta, alguém tão confuso quanto seus habitantes, mas personificando a esperança de um futuro melhor - mesmo que, para isso, tenha que sujar as mãos. Foi-se o tempo do herói "escoteiro", ainda que este Superman continue em essência tão bom quanto os valores de seus pais (os estadunidenses e os kryptonianos).

O texto de Christopher Nolan e David S. Goyer acerta na medida, equilibrando todos os tons que as aventuras de Superman deveriam conter: sua bondade inerente, a ação desenfreada e o desenvolvimento dos dois lados da mesma moeda (Clark Kent e Kal-El se confundem como nunca, o que funciona perfeitamente - ponto para Henry Cavill, que na primeira cena já cria sua própria versão do papel, sem comparações). Melhor: a tal bondade não é inocente. Este Superman parte para o pau, sem medir seus limites físicos, que estão bem definidos aqui.

A direção de Zack Snyder também funciona, com o cineasta deixando de lado seu estilo em direção a algo que parece uma fusão do universo criado por Nolan para o Batman com cinema de arte e a ação na "moda" J.J.Abrams, com pitadas a la Terrence Malick (A Árvore da Vida).

O filme também se interessa por religião, implicações filosóficas de seus acontecimentos (ainda que, à maneira de Nolan, deixe tudo bem explicadinho) e abre portas para a expansão desse universo. Pena que sejam mais frestas do que portas, afinal, isso acontece de forma muito mais sutilmente que os filmes da Marvel (a Warner segue dando passinhos de bebê no sentido da criação de um universo cinematográfico no cinema). Tudo isso com uma roupagem épica, de dar inveja em Michael Bay.

Sem entrar muito em detalhes, Homem de Aço tem implicações interessantes para a mitologia do herói, é empolgante, emocionante e, especialmente, novo. Um Superman para a nova geração, sem o desespero de parecer "cool". Um herói tradicional, mas elegantemente reposicionado.

Os comentários sobre o 3D e mais informações, em vídeo, serão publicadas no próximo OmeleTV. Não deixe de assinar nosso canal no YouTube para receber em primeira mão o aviso de publicação. Clique aqui. A crítica completa será publicada em 1o. de julho no Omelete.

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O Homem de Aço estreia em 14 de junho nos EUA e 12 de julho no Brasil.