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Artigo

O dia em que conhecemos Stan Lee

Uma carta de amor ao mestre dos quadrinhos

MF
12.11.2018, às 20H45.
Atualizada em 12.11.2019, ÀS 14H51

Créditos da imagem: Robyn Beck/AFP

Toda vez que estamos conversando no Omelete e precisamos exemplificar uma notícia bombástica, nós usávamos a seguinte manchete: "Stan Lee morreu".

Este dia, infelizmente, chegou.

Claro que não usávamos este exemplo porque queríamos que isso acontecesse, mas sim porque sabíamos que a perda seria enorme.

Stanley Martin Lieber, nascido em 28 de dezembro de 1922, em Nova York, tem em uma lista enorme de personagens criados, entre eles Homem-Aranha, Quarteto-Fantástico, Hulk, Homem de Ferro, os X-Men, Demolidor, Pantera Negra, os Vingadores e mais alguns quilômetros de super-heróis do universo Marvel, do qual é impossível falar sem citar seu nome, ao lado de diversos outros quadrinistas igualmente icônicos, como Jack Kirby e Steve Ditko.

Acervo pessoal

Em 2000, no ano que colocamos o Omelete no ar, tive a sorte de conhecer pessoalmente Stan Lee. Era a minha primeira viagem para o exterior. Estava na Califórnia junto com o meu amigo Fabio Yabu. Com a maior cara de pau do mundo, ele mandou um email para o Stan Lee falando que ele tinha criado um universo de quadrinhos chamado Combo Rangers e queria mostrar ao mestre. E recebeu uma resposta positiva, dizendo que poderíamos ir!

Super atencioso, Stan Lee nos recebeu, conversou um tempão, viu os gibis e, no final, nos deixou tietar, com fotos e alguns mimos.

Este carinho com os fãs eu vi se repetir inúmeras vezes depois, nas comic cons de San Diego e Nova York em que o vi passando pelos centro de convenções, em sessões de autógrafos e fotos.

Super midiático, Stan Lee foi um prolífico editor da Marvel durante os anos 60 e 70 e a partir dos anos 80 começou a olhar para uma nova mídia: as telas da TV e cinema. Foi assim que ele conseguiu se eternizar recentemente ao fazer participações especiais nos filmes da Marvel nos cinemas. Ele esteve lá ao lado do Homem-Aranha, do Hulk, chegou até a ir para Asgard e para o espaço, ao lado dos filmes solo ou nos blockbusters como Os Vingadores (2012).

Suas pontas eram sempre celebradas pelos fãs. Era aquele momento em que olhávamos um para o outro, dávamos uma pequena cotovelada no vizinho e sorríamos, pois sabíamos que só estávamos ali no cinema por causa dele.

Bom, como diz a manchete na capa do Omelete, "Stan Lee morreu". Mas, ei, estamos falando do universo Marvel. Aqui os heróis não morrem de verdade. Já estamos esperando pela sua volta, Stan!