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Wandinha | 2ª temporada acerta ao se aproximar da aura de A Família Addams

Volume 1 da nova temporada da série com Jenna Ortega estreia na Netflix nesta quarta-feira (6)

3 min de leitura
06.08.2025, às 14H10.
Atualizada em 06.08.2025, ÀS 15H48

É inegável que Wandinha (Wednesday) se tornou um dos maiores títulos da história da Netflix. Além de se tornar a série de língua inglesa mais vista da história do serviço, desbancando fenômenos absolutos como Stranger Things e Bridgerton, a primeira temporada transformou Jenna Ortega em estrela de Hollywood. Contudo, apesar do sucesso internacional, a produção sofreu com críticas ao se dobrar a alguns clichês de produções adolescentes e se distanciar dos elementos sombrios que fizeram de A Família Addams um ícone da cultura. Nesta segunda temporada, este erro foi claramente corrigido.

Na segunda temporada, Wandinha precisa lidar com as consequências - positivas e negativas - de ter se tornado a salvadora da Academia Nunca Mais no ano anterior. Ela descobriu ter o poder de visões, nas quais enxerga possíveis futuros ao tocar uma pessoa ou objeto, mas com isso veio a fama entre os colegas, que deixaram de vê-la com um olhar desconfiado e passaram a admirá-la.

Ao retornar para Nunca Mais, Wandinha logo se envolve em um novo mistério envolvendo assassinatos suspeitos. Todos, mais uma vez, colocam os alunos da Academia em risco, principalmente Enid (Emma Myers), cuja morte é uma das previsões da protagonista e coloca Wandinha em alerta absoluto.

Um dos pontos fortes do novo ano é a maior presença dos outros membros de A Família Addams em cena. Feioso (Isaac Ordonez) também se torna um aluno da escola, enquanto Gomez (Luís Guzman) e Morticia (Catherine Zeta-Jones) são convocados para liderar o comitê de doações de ex-alunos, o que obriga Wandinha a conviver novamente com os pais e não apenas com Mãozinha. Com os Addams em peso, o toque de Tim Burton, que retorna para produzir e dirigir alguns episódios, fica ainda mais em evidência; há muito mais da energia sobrenatural que evoca de suas obras do que no primeiro ano, dando um toque maior de terror para algumas das sequências mais sombrias do Volume 1.

O enigma envolvendo os assassinatos também é mais interessante do que o anterior. Há mais elementos e suspeitos envolvidos, e o retorno inesperado de alguns personagens apenas apimentam ainda mais a jornada de Wandinha para desvendar esse mistério. Sem a obrigação de desenvolver possíveis pares românticos para a protagonista, a série tem mais tempo para desenvolver melhor outros núcleos e aproveitar outros coadjuvantes, principalmente Bianca (Joy Sunday), cujo arco está diretamente ligado a Mortícia e ao novo diretor de Nunca Mais, o misterioso Barry Dort (Steve Buscemi).

Ao final do Volume 1, a sensação é de que os criadores Alfred Gough e Miles Millar entenderam o que deu certo e o que deu errado no primeiro ano para aprimorar ainda mais a história de Wandinha. Muitas destas mudanças, inclusive, parecem ter vindo das notórias críticas feitas pela própria Jenna Ortega, que foi muito vocal sobre não ter gostado de algumas escolhas narrativas da temporada anterior. Sua Wandinha retorna com um humor ainda mais ácido e fúnebre - como sempre deveria ser -, e torna a série um retrato mais fidedigno e próximo que fez o mundo todo amar a franquia A Família Addams.

O Volume 2 do segundo ano de Wandinha estreia em 3 de setembro na Netflix.

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