A série brasileira Vermelho Sangue está chegando em breve ao Globoplay e promete trazer inovações tecnológicas em efeitos especiais, como já vimos em uma cena de transformação da protagonista Luna (Letícia Vieira) em uma "lobismulher" - ou, mais especificamente, uma loba-guará.
Durante um encontro sobre Tecnologia e Inovação, que aconteceu nos Estúdios Globo, nesta quinta-feira (02), como parte de uma série de eventos, que ainda contou com a inauguração da Calçada da Fama da TV Globo e uma festa de Vermelho Sangue e Reencarne, séries que estreiam em outubro no streaming da Globo, o Diretor de Tecnologia de Produção de Conteúdos da emissora, Marcelo Bossoni, falou, claro, do assunto do momento: inteligência artificial.
“O ser humano, ele é sempre fundamental, ele é sempre o tomador da decisão para qualquer frente que a gente vá com a inteligência artificial. E a gente está muito pouco preocupado com quanto a inteligência artificial vai substituir ou não os papéis. A gente está muito preocupado com a inteligência artificial viabilizar coisas que não são viáveis hoje sem inteligência artificial”, afirmou Bossoni.
“Seria impossível a gente pensar em efeitos visuais de novela e preparar fundos e preparar planos sem o uso de inteligência artificial para a gente conseguir fazer isso de uma forma rápida. Seria impossível hoje a gente estar com todas as nossas novelas em Dolby Atmos no ar, que é o áudio imersivo, disponível para o público, sem o uso de inteligência artificial, porque o processo de novela não viabilizaria o tempo para fazer isso.”
A diretora e uma das criadoras de Vermelho Sangue, Rosane Svartman, complementou a fala de Bossoni e destacou o trabalho criativo e humano nas produções. “Acho que é isso que a inteligência artificial ajudou bastante, vocês vão ver na maquiagem e na extensão da estética, mas o que a gente faz aqui, sabe, esse criar histórias, é sobre conexão humana”, afirmou. “E pra mim é isso que realmente importa, essa conexão que acontece quando eu vejo, tem vários filmes e séries que eu amo, mas quando eu vejo e viajo nessas séries, sabe, tem uma coisa ali muito especial que acontece e isso só, né, humanos, para humanos”.
Vermelho Sangue se passa na fictícia Guarambá, no cerrado mineiro, cidade que tem como símbolo o solitário lobo-guará, mas que também abriga outras criaturas sobrenaturais. É ali que se cruzam os caminhos de Luna e Flora (Alanis Guillen). Movidas por desejos aparentemente opostos, elas descobrem que seus mundos, embora distintos, estão profundamente conectados.
Criada e escrita por Claudia Sardinha e Rosane Svartman (Dona de Mim), Vermelho Sangue ainda conta com Laura Dutra, Heloísa Jorge, Rodrigo Lombardi e Ana Clara no elenco.
A estreia ficou marcada para 2 de outubro no Globoplay.