Séries e TV

Entrevista

A Toca | Omelete entrevista Felipe Neto

Falamos sobre as influências, haters, a possibilidade de mais episódios, a correria na produção e divulgação e mais

14.08.2013, às 19H17.
Atualizada em 17.11.2016, ÀS 17H06

Tudo foi muito rápido: em uma semana a série foi anunciada, na semana seguinte era sua estreia. Felipe Neto conta que foram apenas três meses de produção para A Toca, série da Parafernalha para a Netflix. São inúmeros esquetes de humor em três episódios com meia hora de duração que, segundo o criador, foram o primeiro teste, como um termômetro de audiência.

A Toca

"Ela foi criada com a intenção de ser um início", explicou Neto. "Não fazíamos a menor ideia da repercussão que ela teria, era mesmo um começo para depois, possivelmente, sermos renovados e podermos fazer mais episódios, transformando [A Toca] numa coisa mais longa."

São três os roteiristas responsáveis pela série: César Maracujá, Rafael Castro e Neto. Apesar da utilização do formato de documentário falso que foi imortalizado na TV em The Office, A Toca tenta aplicar "um formato diferente daquele que as pessoas estão acostumadas a ver no Brasil", que não remetesse à televisão convencional.

Para que isso funcionasse, a liberdade cedida pela Netflix foi de extrema importância. Neto contou que o canal de streaming se desvinculou de "qualquer interferência no conteúdo", dando liberdade criativa ilimitada à equipe. "Trabalhar na Netflix foi muito semelhante, em termos de regras e conceitos, [a trabalhar] com a Internet. A maior diferença pra todos nós, exceto os atores, é que essa foi a primeira vez que tivemos contato com uma produção de meia hora [de duração]."

Sobre críticas negativas e positivas, Neto alega que é fácil saber quem quer ajudar e quem quer apenas ofender: "a gente trata crítica negativa da mesma forma que fazemos no canal da Parafernalha; quando é uma pessoa que está tentando ofender ou xingar, sabemos que ele é só um hater, é um cara que quer destruir e acaba não agregando em nada. Já estamos acostumados a ignorar esse tipo de gente. Quando é uma pessoa que escreve uma crítica fundamentada, ressaltando pontos que podem ser melhorados, é pra isso que damos valor. Até nós temos uma autocrítica muito forte, sabemos avaliar os episódios e perceber o que podia ser melhor, quais esquetes poderiam ter sido substituídas..."

Neto não deixa de apontar que erros foram cometidos, mas acentua que, se houver uma continuação, melhorias serão feitas: "algumas coisas ainda podem ser aprimoradas e temos certeza que devemos consertá-los numa possível segunda temporada."

A possibilidade de aperfeiçoamento, no entanto, pode vir logo. Segundo Neto, "o feedback positivo foi gritantemente maior do que o negativo [...], superando todas as nossas expectativas de longe." Para ele, o mais importante é "poder fazer uma série que nos orgulhamos de dizer que é um produto diferente. Ele pode ser bom ou ruim, mas é completamente diferente do que temos de escopo de seriado no Brasil."

A Toca já está disponível na Netflix Brasil.