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The Good Doctor | Tudo o que você precisa saber sobre a série médica

Série se tornou um sucesso absoluto em seu primeiro ano; entenda os motivos

28.08.2018, às 18H59.
Atualizada em 29.08.2018, ÀS 11H58

The Good Doctor estreou no canal norte-americano ABC em setembro de 2017 e, já com sua primeira temporada, conseguiu reunir uma verdadeira legião de fãs. No Brasil, os 18 episódios do primeiro ano chegaram recentemente ao serviço de streaming Globoplay e cada vez mais pessoas são atraídas pelo drama médico sobre um jovem rapaz com autismo. Confira uma lista de dados e curiosidade sobre a produção antes de começar a maratonar a produção, já com a segunda temporada garantida.

Sucesso estrondoso

Imagem de The Good Doctor/ Divulgação/ Jack Rowand/ABC

A estreia da atração médico da ABC superou as expectativas nos Estados Unidos: foram 11,2 milhões de espectadores no episódio de estreia. O número foi um marco estrondoso para a emissora: desde setembro de 1996, com Dangerous Minds, a ABC não batia esse número com um drama de segunda-feira. A série estreante chegou a deixar para trás gigantes como The Big Bang Theory em algumas semanas, por exemplo. No Brasil, a recepção também não foi diferente: a Globo exibiu uma edição especial da série The Good Doctor feita com os dois primeiros episódios durante o semanal Tela Quente e o resultado foi o recorde de audiência em 2018.

Em São Paulo, o Tela Quente registrou 30 pontos de audiência com 51% de participação, marca que não era atingida desde 2011. No Rio, o impacto foi ainda maior: a audiência foi de 32 pontos com 53% de participação - o número não era alcançado desde 2009. Por conta da estreia na TV aberta brasileira, a hashtag #thegoodoctor ficou sete horas entre os assuntos mais comentados ao redor do mundo no Twitter. Nas buscas, o termo "O Bom Doutor" teve crescimento de mais de 1.000% por conta da exibição do especial. Além disso, as pesquisas pela síndrome do savantismo, da qual o protagonista da série é portador, subiram 1.200% durante a transmissão.

Mais um drama médico

Imagem de The Good Doctor/ Divulgação/ ABC

Não é novidade o investimento da TV americana em dramas médicos. Misturar emoção e bisturis é uma fórmula quase certa para conquistar uma grande fatia do público, visto E.R, que durou 15 temporadas e foi indicada 123 vezes ao Emmy, ou Grey’s Anatomy, prestes a estrear seu 15º ano e já renovada para o 16º. Há vários outros exemplos de sucesso no formato, como a idolatrada pelos fãs House, a comédia Scrubs, Private Practice - spin-off de Grey’s Anatomy -, Nip/Tuck. No Brasil, a Globo exibiu entre 1998 e 1999 a série Mulheres, ambientada em uma clínica especializada no atendimento feminino e, recentemente, a emissora lançou Sob Pressão, sobre médicos que atuam com poucos recursos em um hospital público, já renovada para o segundo ano graças à boa recepção.

Formato consagrado

Imagem de The Good Doctor/ Divulgação/ Jack Rowand/ABC

The Good Doctor não é uma iniciativa inédita da ABC. Na verdade, a atração é um remake americano do drama médico sul-coreano chamado Good Doctor, estrelado em sua versão original pelo ator Joo Won. A atração original estreou em 2013 e foi um sucesso local: além de uma estreia forte e da audiência constante, a série foi bastante premiada, chegando a receber uma homenagem da Associação Coreana dos Institutos de Assistência Social para Deficientes, que deu à série uma placa de reconhecimento por conscientizar sobre o autismo. Além disso, David Shore atua como showrunner - o produtor de TV é conhecido por nada menos que a criação de House.

Médico e paciente

Imagem de The Good Doctor/ Divulgação/ Eike Schroter/ABC

Parte do carisma da série se dá pelo protagonista não ser um médico comum. Shaun Murphy, além de ser autista, distúrbio neurológico caracterizado pela dificuldade em se comunicar, usar linguagem e conceitos abstratos, tem em contrapartida síndrome de savantismo, que lhe confere genialidade em diversas áreas, memória perfeita e capacidade analítica muito acima da média. A síndrome é encontrada em aproximadamente uma em cada 10 pessoas com autismo e dá ao personagem uma perspectiva única no exercício da medicina. É claro que a jornada de Shaun não é fácil: o jovem cirurgião precisa lidar com a desconfiança de membros da equipe, que acreditam que sua condição especial possa ser perigosa para os pacientes.

Drama, muito drama

Imagem de The Good Doctor/ Divulgação/ Jack Rowand/ABC

A TV aberta norte-americana relembrou sobre como investir em altas doses de drama é bom para a audiência. Prova disso é This Is Us, atual fenômeno de público e crítica - aliás, Freddie Highmore perdeu o Globo de Ouro para Sterling K. Brown, ator do drama familiar da NBC. Apesar de The Good Doctor ser um prato cheio para explorar a dramaticidade de pessoas entre a vida e a morte, a série vai além: a própria história de Shaun é marcada por eventos trágicos, que ocasionalmente são apresentados ao público através de flashbacks. Shaun, por exemplo, tinha um núcleo familiar bastante turbulento graças à presença de um pai violento, além de ter passado pelo trauma de perder o irmão ainda muito jovem. Tudo isso cria uma atmosfera de empatia pelo personagem

Elenco talentoso

Imagem de The Good Doctor/ Divulgação/ Eike Schroter/ABC

Quem interpreta o jovem Shaun é o ator Freddie Highmore, que recentemente estrelou como Norman Bates na série de terror psicológico Bates Motel, um espécie de prequel de Psicose, filme clássico de 1960 de Alfred Hitchcock. Pela performance na primeira temporada de The Good Doctor, Highmore chegou a ser indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator. Apesar do rapaz ser o rosto mais proeminente do elenco, a série conta ainda com Nicholas Gonzalez como o Dr. Neil Melendez, Antonia Thomas como Dra. Claire Browne, Richard Schiff como Dr. Aaron Glassman, Beau Garrett como Jessica Preston, Hill Harper como Dr. Marcus Andrews e Tamlyn Tomita como Allegra Aoki.