Elizabeth Henstridge adoraria voltar para o mundo dos super-heróis após sete anos como Simmons em Agents of SHIELD. Em entrevista ao Omelete para promover sua nova série, o thriller Suspicion (que estreia hoje no Apple TV+), ela conta que não procurou se afastar do gênero após o fim de SHIELD.
“Eu não fiquei pensando 'ah, quero fazer algo diferente'. Faria algo muito parecido com Agents of SHIELD sem pensar duas vezes”, garante. “O importante para mim, mesmo dentro de um mesmo projeto de longa data, é poder interpretar uma personagem que me ensine coisas, ou que eu considere um retrato interessante da natureza humana”.
A atriz diz que conseguiu, com Simmons, explorar “tons e sabores diferentes” conforme as temporadas foram passando. “Gosto de mostrar as virtudes e defeitos das pessoas que interpreto, e Agents of SHIELD realmente me permitiu fazer isso. [...] Ficar com uma personagem por tanto tempo foi incrível, porque eu pude vê-la em várias circunstâncias extremas diferentes”, completa.
Encontrando uma voz
Em Suspicion, Henstridge vive Tara, professora universitária que se torna suspeita do sequestro do filho de Kathryn Newman (Uma Thurman), CEO de uma empresa que fez uma doação generosa à sua universidade. Ao lado de outros quatro cidadãos britânicos que estavam no mesmo hotel de Nova York no dia do sequestro, ela é detida e interrogada sobre sua conexão com o crime.
“Essa é uma história sobre personagens que estão tentando encontrar a sua voz em um mundo afogado em informação. Eles são rotulados como uma coisa ou outra, e precisam encontrar uma forma de contrapor isso”, reflete a atriz. “Espero que as pessoas consigam assistir a Suspicion e se enxergar um pouco aqui”.
A série é especialmente atual, diz Henstridge, porque traz à tona a mesma “discussão sobre o que é a verdade, o que é real e o que não é” que vemos na mídia. “Por outro lado, Suspicion também é contemporânea porque mostra o quão diferente é a produção de TV que acontece hoje em dia”, adiciona ela, apontando que se trata de uma coprodução EUA/Reino Unido, inspirada em uma série israelense (False Flag, de 2015).
“Começando pelo equipamento de filmagem que tínhamos no set, tudo era impressionante. Conseguimos registrar cenas que seriam impensáveis [em um esquema de produção de TV normal], por causa do tamanho da produção e do tempo que eles nos deram para fazer cada coisa. Alguns takes demoraram horas para arrumar, mas aparecem em 5 segundos da série”, conta.
Suspicion estreia os seus dois primeiros episódios hoje (4) no Apple TV+, e depois seguirá lançando capítulos semanais às sextas-feiras.