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Star Trek: Strange New Worlds retorna afiada e ecoando episódios clássicos

Temporada do meio - série terminará no quinto ano - adiciona drama e traumas na tripulação da Enterprise

4 min de leitura
17.07.2025, às 17H08.

É fácil dizer que Strange New Worlds está - até o momento - na prateleira lá do alto de Star Trek, junto com a Série Original e A Nova Geração. Lançada em 2022, surgiu como um spin-off da segunda temporada de Discovery e, ao mesmo tempo, um prequel da série clássica, estrelada por William Shatner e Leonard Nimoy. Não demorou muito para cair no gosto da maioria dos fãs. O formato episódico, mais próximo das produções antigas, foi um grande acerto. O respeito com o cânon, personagens já conhecidos e amados e as referências inspiradas completaram a fórmula de sucesso. O maior mérito do seriado está na mistura perfeita de ação, ciência e carisma, agradando tanto os fãs antigos, que ansiavam por algo mais “cabeça”, quanto os novos, que buscam uma aventura empolgante.

A série chega ao terceiro ano ainda mais ciente do seu papel na cultura trekker. Sem nunca esquecer que no final dessa estrada está a Entreprise de Kirk, Spock, Uhura, Scotty e McCoy - este último, o único que, ainda, não deu as caras na nova roupagem. O suspense sobre qual dos ótimos personagens vai deixar a série para os clássicos chegarem até poderia tirar o foco da história, mas Strange New Worlds nunca deixa que seu futuro afete o presente. Na verdade, a série está ainda mais interessada em expandir esse universo e adicionar novas camadas para tripulantes como M’Benga (Babs Olusanmokun), Ortegas (Melissa Navia), a enfermeira Chapel (Jess Bush) e, claro, o Capitão Pike (Anson Mount).

A terceira temporada começa exatamente onde o gancho da segunda nos deixou, com parte da tripulação da Enterprise capturada pela Hegemonia Gorn e a nave sendo atacada pelas forças da raça alienígena. Strange New Worlds já vinha desenhando os Gorn como a grande ameaça da série desde o primeiro ano, mas aqui ela ecoa diretamente “O Melhor dos Dois Mundos”, icônica história em duas partes de A Nova Geração, que colocou os Borgs como os maiores vilões da série liderada por Patrick Stewart. As semelhanças seguem com o resultado da missão e os traumas e consequências que ela traz para alguns personagens. É um trabalho fantástico de estabelecimento de ameaça, drama e ação, como nenhuma das séries recentes de Star Trek conseguiu fazer.

Seguindo a fórmula que deu certo nos anos anteriores, Strange New Worlds brinca com situações e gêneros sem medo. Depois de um emocionante e tenso primeiro episódio, a série não vê barreiras em brincar com a relação amorosa de Spock (Ethan Peck) e Chapel e adicionar um episódio de casamento - ainda que problemático - no caminho. A história segue com um ótimo capítulo envolvendo zumbis e Klingons, brinca de Agatha Christie e com a própria série clássica da década de 1960 - sob a direção de Jonathan Frakes - e chega na metade da temporada apresentando uma trama de paradoxos, tempo e espaço, com um novo vilão que promete mexer ainda mais com os nervos da tripulação.

Nesses cinco primeiros episódios da terceira temporada que tivemos acesso, Strange New Worlds continua sendo a melhor coisa de Star Trek desde A Nova Geração. Uma excelente porta de entrada para aqueles que querem começar a conhecer o mundo criado por Gene Roddenberry e uma companhia fiel para aqueles que já são fãs. É o final da primeira metade dessa jornada - que terminará na 5ª temporada - e um ótimo sinal de que James T. Kirk (Paul Wesley) pode receber sua tripulação da melhor forma possível das mãos do Capitão Pike. Pensar que um universo ainda pode cativar assim depois de quase 60 anos de sua criação é, como diria Spock: fascinante. 

A terceira temporada de Star Trek: Strange New Worlds estreia com dois episódios em 17 de julho no Paramount+. O restante será liberado semanalmente no streaming.

Todas as temporadas da série e do universo de Star Trek estão disponíveis no Paramount+

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[Texto originalmente publicado em 12 de julho de 2025]

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