Há tempos uma série do mainstream não reunia mistério e ficção científica de forma tão interessante quanto Ruptura.
Lançada em 2022 pela plataforma de streaming Apple TV+, a trama criada por Dan Erickson conquistou um fandom robusto e devotado, que dia a dia anseia não só por novas aventuras de Mark Scout (Adam Scott) e cia., mas também pelas resoluções – ou pistas – dos mistérios que rondam as enigmáticas Indústrias Lumon.
Quase tão intrigantes, porém, quanto o enredo da série, são os seus bastidores, que incluem não só esforços descomunais para manter o alto patamar de qualidade da obra, mas também as relações – talvez nem sempre tão tranquilas – entre os profissionais envolvidos no projeto.
Acompanhe, a seguir, cinco fatos sobre Ruptura que você não vê diante das câmeras:
Produtor famoso
Divulgação
Nem todos os fãs sabem, mas uma das mentes por trás da série é uma figura muito conhecida do grande público: o ator e comediante Ben Stiller!
Além de atuar como produtor executivo desde o início do projeto, ele também dirigiu vários dos episódios, tanto na primeira como na segunda temporada – embora, recentemente, tenha anunciado que não exercerá essa função na terceira leva de episódios.
O trabalho nos bastidores de Ruptura, inclusive, tem para Stiller vantagens que muitos invejariam. No início deste ano, ele revelou ao jornal The New York Times que já sabe exatamente a resposta para todos os enigmas que permeiam o enredo.
Gente como a gente
Divulgação
O privilégio de Stiller, entretanto, parece não se estender ao elenco da série.
Há alguns meses, o ator Zach Cherry – intérprete de Dylan G. – contou ao Omelete que ele e seus colegas seguem tão intrigados quanto a audiência com alguns dos mistérios que envolvem a Lumon e seus arredores.
“Eu não diria que somos mantidos no escuro [pela produção], mas definitivamente não sabemos tudo”, contou ele, acrescentando, porém, que não veria graça em conhecer as novidades da história antecipadamente.
“Meio que gosto de descobrir organicamente. Mesmo em termos de episódios, gosto de assistir-lhes quando vão ao ar, e não de uma vez”, assegurou.
Treta nos bastidores?
Divulgação
Após o sucesso estrondoso da primeira temporada, os fãs tiveram que esperar quase três anos pelos novos episódios – demora que, segundo parte da imprensa americana, não aconteceu por acaso.
Alguns veículos internacionais apontaram para um suposto conflito criativo entre Dan Erickson e Mark Friedman, dupla de showrunners da série, que estaria atrasando as gravações do programa e teria levado, inclusive, ao estouro do orçamento previsto para a segunda parte do projeto.
Até hoje não se sabe se tais rumores tinham alguma veracidade – até porque tanto Friedman quanto Erickson negaram veementemente a existência desse conflito.
Seja como for, a situação parece ter se apaziguado com o tempo, principalmente após a inclusão de Beau Willimon – criador de House of Cards – na equipe criativa do segundo ano.
As verdadeiras Indústrias Lumon
Bell Works/Divulgação
Ambientada em futuro distópico, Ruptura é naturalmente e assumidamente uma obra de ficção. Mas nem tudo o que a série mostra é fantasia: as instalações da Lumon, por exemplo, são completamente reais!
As cenas da companhia fictícia costumam ser rodadas na sede da Bell Laboratories, empresa voltada à pesquisa e ao desenvolvimento industrial que se localiza em Holmdel, Nova Jersey.
Projetado em 1958 pelo arquiteto Eero Saarinen, o complexo funciona hoje como um espaço multiuso, para moradia, trabalho e até mesmo visitas guiadas de fãs da série.
Cinco meses em cinco minutos
Os momentos iniciais da segunda temporada trazem uma sequência marcante, onde vemos Mark correr sem rumo pelos corredores da Lumon, desnorteado por uma descoberta que lhe tirou o chão.
Menos não ultrapassando os cinco minutos de tela, o entrecho levou um tempo realmente bem maior para ficar pronto.
“Há cerca de dez partes diferentes nessa cena, e nós as filmamos ao longo de um período de cinco meses”, revelou Ben Stiller, em participação no The Severance Podcast.
“Cada uma dessas partes tinha uma necessidade diferente em termos do que precisávamos fazer com o set. Em uma delas, tivemos que fazer tudo com tela verde e colocar o ator em uma esteira, com uma câmera de controle de movimento na frente”, detalhou o diretor.