Lembra desse? O Elo Perdido

É supergostoso relembrar a nossa infância, as séries que víamos na TV, os gibis que líamos, coisas que comíamos, música de ouvíamos. Aguçar os cinco sentidos e voltar às fantasias da nossa inocência.

Por isso criamos a seção "Lembra Desse&qt;&", uma das mais divertidas de se fazer e ler.

Não sou tão velha assim, mas me lembro da maioria das séries e quadrinhos já citados aqui. Vasculhando o empoeirado arquivo chamado memória, me lembrei de uma série que eu adorava: "O Elo Perdido" (Land of the Lost/1974-76).

Era uma coisa curiosa essa série. Sabe aquelas coisas que são ruins, mas você gosta assim mesmo&qt;& Tipo "Dip n´Lick," aquele pirulito muito do mal-feito que vinha dentro de um saquinho com um pózinho que era puro veneno, só tinha corante. A gente "chuchava" o troço lá dentro e tacava na boca. Era ruim pra danar. Mas o legal é que a tua boca ficava colorida... Pois é. "O Elo". Era assim, tinha elementos legais, mas em geral era tosco.

O que me trouxe à mente essa série, foi também um episódio curioso. Estava eu em casa mexendo em algumas fotos e me deparei com uma em que meu cabelo estava estrondosamente horrível. Marrom-avermelhado e repicado, simplesmente tenebroso.

Uma amiga, ao ver tal quadro horrendo foi logo exclamando: "Nossa, parece o Cha-ka!".

Pronto. Fui o pretexto para que começássemos uma looonga conversa sobre O Elo Perdido.

A série contava a história insólita de Rick, Will e Holly Marshal. Eles eram respectivamente pai e filhos que, depois de um terremoto, misteriosamente voltaram ao tempo em que os dinossauros habitavam a Terra.

Tentando encontrar uma maneira de voltar antes de serem devorados pelos dinossauros e outros animais pré-históricos, a família vive em uma caverna. Nas suas andanças, eles fazem amizade com Cha-Ka, um ser do povo Pakuni.

Em uma cidade perdida, onde vivem os Sleestaks, povo que tem medo da luz, o pai encontra o que acredita ser um portal do tempo. Enik, representante do povo Sleestak, vindo do futuro, por acidente, explica a Rick que para conseguir passar pelo portal do tempo é necessário que outra pessoa passe pela tal fenda dimensional. Esse foi o pretexto que os roteiristas Syd e Matry Kroft encontraram para a substituição do ator que interpretava Rick. Sendo assim, um outro ator entra na trama. Ele seria o "Tio Jack".

Tio Jack estava procurando pelos familiares desaparecidos e quando passou pelo mesmo local em que eles havia sumido, também foi tragado para a era dos Dinos. (Nooossa... é Dip n´Lick ou não é&qt;&&qt;&&qt;&). Agora, Will, Holly e Tio Jack tentam encontrar uma maneira de também deixarem aquela época.

O mais engraçado era que a produção não tinha que gastar com figurino, nem guarda-roupa, nem nada! Os dinossauros eram tão falsos quanto os dos seriados Spectroman ou Ultraman. Os cenários eram sempre os mesmos e as roupas também. Mesmo depois de tantos apuros que a família passava, as roupas não se rasgavam, não sujavam e nem os penteados se desfaziam. Uau!

Mesmo depois de tanta lembrança esquisita, viva o Elo Perdido, o Dip n´Lick e as fantasias de nossa infância!

(abaixo, é claro, aos penteados repicados e marrom-avermelhados... ugh!)