Aproveite as ofertas da Chippu Black!

Veja as ofertas
Termos e Condições Política de Privacidade
Séries e TV
Crítica

Daryl Dixon volta com temporada forte, mas não escapa de algumas repetições

Série leva Daryl e Carol para a Espanha em mais uma jornada de destruição, emoção e sobrevivência

3 min de leitura
10.09.2025, às 08H00.

Créditos da imagem: Cena de The Walking Dead: Daryl Dixon (Reprodução)

Durante as duas primeiras temporadas de The Walking Dead: Daryl Dixon, o personagem vivido por Norman Reedus manteve o equilíbrio que conquistou fãs ao longo dos anos: a postura de durão com um coração mole, deixando destruição e momentos de humanidade por onde passa. A terceira temporada, situada agora na Espanha, mantém essa fórmula, resultando em acertos visuais notáveis, mas algumas repetições narrativas.

Antes de chegar em terras espanholas, no seu primeiro episódio, a série mostra uma Inglaterra devastada - talvez o cenário mais desolador já visto no universo The Walking Dead. É nesse contexto que vemos Carol (Melissa McBride) e Daryl tentando sobreviver em uma cidade praticamente sem vida humana. O episódio explica como a dupla acaba chegando à Espanha, onde a trama realmente se desenrola, apresentando novas comunidades que vivem com seus próprios costumes e regras.

A estrutura narrativa segue o padrão já conhecido: Daryl se envolve com desconhecidos, tenta encontrar um caminho de volta aos EUA e, inevitavelmente, tudo deságua em mais violência. Ainda que previsível, essa fórmula continua funcionando, especialmente porque a série não perde de vista seu maior trunfo, que é explorar novas comunidades e mostrar como diferentes partes do mundo se adaptaram ao apocalipse.

E o protagonismo de Daryl é equilibrado com a presença de Carol, que é um ótimo contraponto à sua personalidade. Essa dualidade sempre deu certo, e continua funcionando aqui: Daryl é a força bruta da parceria, e Carol é a inteligência estratégica, usando as palavras para manter as coisas sob controle.

Nesta temporada, conhecemos pelo menos seis grupos inéditos, cada um com suas peculiaridades, o que reforça a criatividade que segue alimentando esse universo. Mais do que os zumbis, são os vivos que representam o maior perigo - seja pelo uso estratégico, e muitas vezes cruel, das criatura, seja pela forma como a violência molda relações de poder e sobrevivência.

A ambientação na Espanha é outro grande acerto. A série ganha frescor ao explorar cenários inéditos para a franquia, introduzido locações de todos os tamanhos: grandes cidades destruídas, mas também acampamentos, praias e desertos, um contraste visual que amplia a escala da narrativa. E os novos personagens que vêm com esses cenários são desenvolvidos de maneira consistente, trazendo motivações claras que fazem o público se importar com eles (seja para torcer a favor, ou contra). 

Mas é claro que a temporada tropeça em momentos de previsibilidade. O clímax, em especial, sofre por seguir rumos óbvios, já antecipados pela revelação de que o quarto ano será o último da série. The Walking Dead: Daryl Dixon segue relevante por apostar em uma combinação de emoção e tensão que é sempre envolvente, mas também por operar a expansão de um universo de forma que reafirma sua criatividade.

*A terceira temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon já está em exibição nos EUA. No Brasil, a produção chega a partir de novembro ao canal AMC.

Nota do Crítico

The Walking Dead: Daryl Dixon

Criado por: David Zabel