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O Final dos anos 70 e a queda
Com exceção de Vampirella, a maioria dos títulos em que o vampiro era a personagem principal foram canceladas. O que mais resistiu foi The Tomb of Drácula, que teve sua última edição regular publicada em 1979. A própria Vampirella viria a sucumbir em 1981. De destaque nessa época, podem ser citados apenas o Morcego Humano na DC e o Barão Sangue, na Marvel.
Morcego, porém humano
Aproveitando a onda do vampirismo, a DC resolveu apostar no Morcego Humano como personagem solo e a revista Man-Bat chegou às bancas em dezembro de 1975. Não vendeu o esperado e foi descontinuada logo na segunda edição. A personagem voltou ao papel de coadjuvante. Sua última aparição significativa naquela década fora em Batman Family 18, de 1978.
Sangue azul
Durante a Primeira Guerra Mundial, assumiu a identidade de Barão Sangue e atuou como agente alemão. Sumiu com o término do conflito, ressurgindo na Segunda Guerra, como aliado de Hitler. Foi quando retornou à Inglaterra, fixando residência no Solar Falsworth. Para tanto, fez-se passar por seu neto. Ao atacar a própria família, foi derrotado pelos Invasores. Morto com uma estalactite costurada com prata, teve uma estaca enfiada em seu coração e o corpo enterrado numa capela com seu caixão rodeado de alhos.
Anos mais tarde, em 1981, o Barão Sangue voltou à cena.
Quando foi chamado à Inglaterra devido a uma série de assassinatos, o Capitão América descobriu que o vampiro havia sido ressuscitado pelo Dr. Charles Cromwell, um lacaio de Drácula. O Barão matara o médico e, assumira sua identidade. Durante anos, sorveu sangue de seus pacientes, até ser descoberto pelo vingador. Na luta que se seguiu, o Capitão usou seu escudo para decapitá-lo e tratou de queimar o corpo.
Vampiros em baixa
Vampirella foi descontinuada em 1981 e, em 1983, a Marvel decidiu banir todos as suas personagens vampíricas. Para tanto, usou a chamada Fórmula Montesi, em Dr. Strange 62, um encanto conjurado pelo Dr. Estranho, destinado a banir todos os vampiros do mundo. No processo, até Drácula acabou sendo desintegrado.
Andrew fora um herói da Guerra Espanhola na Inglaterra Elizabetana - século XVI, vampirizado por um dearg-dul em 1591. (Nota: Dearg-Dul é um vampiro característico do folclore irlandês. Infelizmente, devido ao fato da Irlanda não possuir grande tradição vampírica, quase nada se sabe sobre tal criatura). Bennet era apaixonado por Mary Seward, criada particular da rainha. Ao saber da maldição de seu amado, a jovem exigiu que este também a vampirizasse, para que ambos pudessem passar a eternidade juntos. Porém, após ser transformada, Mary começou a se achar superior aos humanos e concluiu que seu destino era a dominação mundial. Bennet não concordou e ambos tornaram-se inimigos ao longo dos séculos.
Na década de 80, já no século XX, a luta entre ambos havia se acirrado, especialmente porque, nessa época, Mary comandava uma poderosa organização de vampiros chamada Blood Red Moon. O confronto entre eles seguiu até a descoberta da Fórmula Russa, um composto que, supostamente, eliminaria a sede de sangue dos vampiros, e algumas de suas limitações, como andar sob a luz do dia, conservando seus poderes.
Bennet que, desde sua transformação, recusava-se a beber sangue, tomou a fórmula e tornou-se um novo tipo de vampiro. Ataca Mary, mas descobre que a fórmula só funciona em pessoas normais, não em mortos-vivos já formados. Ele se vê à mercê da antiga amada que, por vingança, morde Deborah Dancer, sua namorada. Deborah era humana e havia tomado a Fórmula Russa. Assim sendo, confronta Mary e mata-a depois de expor seu corpo à luz do dia. Bennet sucumbe aos efeitos da Fórmula e Deborah segue como um novo tipo de vampira.
Poucos, mas de qualidade
Pouco depois, foi a vez do Super-Homem entrar em confronto com Luar, uma vampira com características transmorfas que poderia matar o herói. Os poderes de Luar eram de origem sobrenatural - mágicos - uma das poucas coisas que afetam o Homem de Aço. Graças à providencial intervenção de Batman, no entanto, a vampira foi morta.
Talvez sentindo que o interesse pelos vampiros pudesse, então, voltar, a Marvel lançou, ainda em 1986, a bela graphic novel Drácula: uma sinfonia de pesadelos ao luar, de John J. Muth. Entre 1987 e 1988, foi a vez da mini-série Blood, da mesma Marvel, chegar às comic shops.
No ano seguinte, porém, deu-se a gloriosa ressurreição dos mortos-vivos. Em 1989, os vampiros voltaram a fazer parte do Universo Marvel como veremos no próximo capítulo desta série.