William Shakespeare é um dos maiores autores de todos os tempos. Seus textos transcendem gerações e, recentemente, ele ganhou um box especial da Editora Fronteira com seus principais trabalhos. Constantemente, Hollywood tenta adaptar alguma de suas obras clássicas para as telonas, criando filmes históricos e importantes para a sétima arte.
Romeu + Julieta
Em meados dos anos 90, Baz Luhrmann decidiu criar uma adaptação incomum. Ao mesmo tempo que apresentou uma estética, trilha sonora e vestimentas contemporâneas, ele manteve o texto original escrito por Shakespeare – transformando as famílias em gangues rivais. Para não precisar alterar nada, ele chegou inclusive a chamar as armas de “espadas” para, assim, ficar com o texto original. O elenco apresentou diversas futuras estrelas, lideradas por Leonardo DiCaprio como Romeu e Claire Danes como Julieta, além de nomes como John Leguizamo e Paul Rudd.
Macbeth
Lançado em 2015, Justin Kurzel ousou ao mostrar um reino diferente do que o público está acostumado a ver no cinema. Sem glamour, sujo e bruto, o reino reflete a história e conta com atuações marcantes de Michael Fassbender e Marion Cotillard como o protagonista e Lady Macbeth, respectivamente. Por conta da produção, o diretor e os atores foram convidados para criar Assassin’s Creed – mas o sucesso não foi repetido.
Hamlet
Laurence Olivier escreveu, dirigiu e estrelou essa adaptação de 1948 e tomou algumas liberdades que não são bem vistas por fãs da obra – como a exclusão de personagens pequenos, mas clássicos, como Rosencrantz e Guildenstern. Extremamente influenciado por Cidadão Kane, o visual em preto e branco ainda impressiona e Olivier, que é um ator clássico de teatro, entrega uma de suas melhores atuações no cinema. Contudo, a obra não deve agradar quem não conhece a obra.
Romeu e Julieta, por exemplo, conta com duas versões histórias: uma filmada na década de 60 e outra na década de 80. Apesar de contarem com estilos diferentes, ambas mantém o texto original e dão um ar ainda mais especial para suas produções.
Henrique V
No final dos anos 80, Kenneth Branagh repetiu o que Olivier fez com Hamlet e dirigiu, roteirizou e estrelou a adaptação de Henrique V. O que mais impressiona é que essa foi sua estreia na direção e ele buscou criar um mundo realista, com guerras repletas de sangue e caos. O filme chegou a ser indicado a um Oscar de Melhor Figurino.
Romeu e Julieta
A trilha sonora criada por Nino Rota é histórica e, até os dias de hoje, a música é sinônimo do casal. Ao contrário da adaptação de Luhrmann que se passa nos dias atuais, a obra se passa na época em que a obra foi escrita. Considerado por muitos a melhor adaptação de Shakespeare na história, os atores principais Leonard Whiting e Olivia Hussey não tiveram uma grande carreira, mas entraram na história como os personagens.
Ricardo III
O filme leva a obra de Shakespeare para Inglaterra na década de 30 e conta com uma das melhores interpretações de Ian McKellen. Um dos grandes momentos acontece logo na abertura, onde o personagem principal fala seu solilóquio como se fosse um discurso público que acaba no banheiro.
Titus
A adaptação da tragédia de vingança Titus Andonicus, uma obra obscura do escritor que fala sobre um vitorioso general romano que se recusa a se tornar Imperador em seu retorno a Roma. A obra segue de perto o texto original e Anthony Hopkins protagoniza com habilidade a produção. O grande destaque é a trilha sonora, que anos depois se envolveu em uma polêmica com 300 – longa de Zack Snyder que foi acusado de plágio das músicas.
Confira uma lista de oito grandes adaptações para os cinemas da obra de Shakespeare que buscam usar o texto original. Adaptações "disfarçadas" como Rei Leão, 10 Coisas que Odeio e Você e mais você pode encontrar nessa lista - leia mais:
O Mercador de Veneza
Em 2004, Al Pacino teve a oportunidade de estrelar um dos textos mais importantes de Shakespeare. A obra é uma comédia trágica e recebeu elogios da crítica por conta do realismo das ruas de Veneza e a atuação marcante de Pacino como Shylock. Na época de seu lançamento em 2005, o filme acabou decepcionando na bilheteria e arrecadou apenas US$ 21 milhões com um orçamento de US$ 30 milhões.