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Quadrinista Claudio Seto é homenageado com documentário

E Mythos cogita lançar álbum com histórias produzidas por ele na década de 70

MH
28.02.2007, às 00H00.
Atualizada em 31.10.2017, ÀS 21H01

Claudio Seto, veterano quadrinista paulista, que publicou diversas histórias entre as décadas de 60 e 80, vai ganhar algumas homenagens neste ano. No dia 15 de março ele receberá o título de Cidadão Honorário de Curitiba, que será entregue na Câmara Municipal. Entre os motivos do título, as pesquisas sobre a imigração japonesa no Paraná, a organização de eventos de cultura japonesa na cidade e a consultoria na área cultural que presta a diversas entidades nipo-brasileiras em Curitiba.

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O Samurai, de Claudio Seto

Outra homenagem é na forma de um documentário enfocando a sua produção em quadrinhos. O Samurai de Curitiba será um curta-metragem dirigido por Rober Machado, colaborador aqui do Omelete. Outro Cozinheiro também vai ajudar nessa empreitada: José Aguiar, autor do recém-lançado Folheteen, será o responsável por algumas seqüências de animação com os trabalhos de Seto, nos moldes do documentário Will Eisner: Profissão Cartunista.

Outra boa notícia vem da editora Mythos, que estuda a possibilidade de lançar um álbum com histórias produzidas por Seto na década de 70.

Os mais jovens não devem saber, mas Claudio Seto foi o primeiro artista brasileiro a utilizar o traço característico do mangá em publicações nacionais. Isso ocorreu na década de 60. Natural de Guaiçara (SP), aos nove anos ele foi estudar num mosteiro zen no Japão e nos finais de semana visitava o estúdio de Osamu Tezuka, o "pai" do mangá. Após voltar ao Brasil, Seto foi contratado no final dos anos 60 pela editora Edrel, de São Paulo, onde publicou histórias de samurais e ninjas, numa época em que ninguém sabia direito o que significavam esses termos.

Na década de 70 ele mudou-se para Curitiba e foi trabalhar na Grafipar, uma editora que, apesar de sua curta duração, marcou época. Ali, além de escrever e desenhar, foi editor e reuniu o melhor time de roteiristas e desenhistas brasileiros já presentes numa editora: Flavio Colin, Julio Shimamoto, Mozart Couto, Watson Portela, Rodval Matias e Franco de Rosa. Entre vários prêmios, Seto ganhou um HQ Mix e um Angelo Agostini, como Mestre do Quadrinho Brasileiro. Atualmente está afastado dos quadrinhos, mas não parou de desenhar, publicando charges nos jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná.