Lobo não tem mais aquele destaque que tinha nos quadrinhos anos atrás, quando era ao mesmo tempo uma resposta e uma paródia da DC a Wolverine. Mas vale a pena lembrar a época - e, para quem não conheceu, as melhores histórias do Maioral.
Evangelho Segundo Lobo
A Panini está lançando durante a Fest Comix a edição especial, encadernada em capa dura, O Evangelho Segundo Lobo. É a coletânea das duas primeiras e mais lembradas minisséries de Lobo: O Último Czarniano e Lobo Está Morto.
O personagem surgiu numa edição de Omega Men em 1983, mas só foi ganhar destaque com suas participações na Liga da Justiça Internacional e em L.E.G.I.Ã.O., em fins da década de 80. Por mais que seu co-criador, Keith Giffen, não gostasse do personagem - dizendo que ele representava tudo que havia de errado com os quadrinhos -, foi convencido pela DC a produzir as minis e uma série de especiais. A reação de Giffen foi escrever as histórias mais insanas que conseguiu.
Em O Último Czarniano, Lobo tem que capturar - e o mais difícil: manter viva - a senhorita Tribb, a velhinha que foi sua professora de quarta série e escreveu A Biografia Não-Autorizada de Lobo. Em Lobo Está Morto, o Maioral morre e, depois de brigar no Céu e no Inferno, acaba sendo ressuscitado - mas não exatamente como queria.
As minis são co-escritas por Alan Grant e desenhadas pelo também inglês (e insano) Simon Bisley. E são HQ de humor de altíssimo nível. Agora só falta a Panini recuperar o "Especial de Natal" de Lobo, onde ele é contratado pelo Coelhinho da Páscoa para assassinar Papai Noel.