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Artigo

Os quadrinhos infantis brasileiros no início do século 21 - PARTE II

Os quadrinhos infantis brasileiros no início do século 21 - PARTE II

WV
06.02.2001, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H11

AS INÚMERAS TENTATIVAS

Parte 1

Houve várias tentativas de disponibilizar outras opções de leitura para o público infantil de quadrinhos no Brasil. Durante os anos 70 e 80, vários artistas produziram histórias em quadrinhos para crianças; no entanto, apesar de alguns deles terem traços bem distintivos, nenhum conseguiu duplicar a jornada de
Maurício
para o sucesso.
Sacarrolha
, de
Primaggio Mantovi
;
O Sítio do Pica-Pau Amarelo
, criação original de
Monteiro Lobato
;
A Turma do Lambe-Lambe
, de
Daniel Azulay
, entre outras, são apenas alguns exemplos de revistas de efêmero sucesso. No entanto, essas foram décadas de alta demanda por histórias em quadrinhos, com espaço para risco e experimentação. Essas circunstâncias não são replicadas no momento atual.

No final dos anos 80 e início dos 90, os quadrinhos produzidas pelos estúdios Ely Barbosa tentaram reproduzir o fenômeno Turma da Mônica, mas não puderam manter o interesse das crianças, sendo abandonados pela editora que os publicava. Depois disso, outras personagens surgiram, geralmente baseadas em fórmulas vencedoras em outros meios, cujo sucesso se visava duplicar nos quadrinhos. Mencionando-se apenas as mais felizes e deixando de lado os vários pastiches de mau gosto e pessimamente elaborados, colocados no mercado brasileiro, pode-se lembrar revistas como O Menino Maluquinho, de Ziraldo Alves Pinto; Os Trapalhões, versão infantil de famoso grupo de comediantes da televisão brasileira; e Senninha, baseada na infância do piloto Ayrton Senna.

A partir da segunda metade dos anos 90, a publicação de novos títulos infantis, devido à retração do mercado, tornou-se menos atrativa para as grandes editoras. O novo século surge em um mercado encolhido mas ainda assim polarizado, no qual continua imperturbado o predomínio das revistas produzidas pela Maurício de Sousa roduções Artísticas e publicadas pela Editora Globo. No entanto, se essa configuração representa uma dificuldade para o gênero, pode, também, apresentar uma oportunidade antes inexistente, pois a desistência das grandes editoras em apostar no mercado infantil abre as portas para que editoras menores o façam. Isto pode representar promissoras sementes para a renovação do gênero no país, com o estabelecimento de maior leque de alternativas de leitura.

No próximo artigo desta série, as mais recentes publicações infantis do Brasil