Instalado a poucos metros do ringue de patinação decorado com os Peanuts, que Schulz deu de presente à sua cidade adotiva, e um dos últimos lugares onde o cartunista esteve antes de morrer, o museu abriu as portas não com uma noite de gala, mas com um período de inauguração que vai até 2 de setembro, para acomodar a multidão esperada. Seguindo o que se espera de um museu que vai viver lotado de crianças, grandes ou não, a abertura foi comemorada com um café da manhã regado a panquecas.
Entre as atrações, logo no saguão de entrada, o visitante pode conferir a evolução do design de Snoopy numa gigantesca escultura de madeira de 3.200 quilos, mostrando como Spike, o cachorrinho de estimação de Schulz, foi se transformando no beagle superfamoso.
Outra atração de peso é o mural, formado por 3.588 tiras dos Peanuts, reproduzidas cada uma sobre um pequeno azulejo. O resultado mostra um gigantesco desenho de Charlie Brown tentando chutar uma bola.
Os visitantes podem também conferir uma réplica do estúdio do artista, e a evolução das tiras de Schulz, desde sua estréia, nos anos cinqüenta, até a última, uma carta de agradecimento pelo apoio durante sua doença.
Publicadas em mais de 2.600 jornais em todo o mundo, as tiras de hoje são todas reprises, já que Schulz determinou que ninguém deveria desenhá-las após sua morte. Com estas atrações, mais eventos como lançamentos de livros e exibição dos desenhos de Snoopy, o museu espera que cerca de duzentas mil pessoas visitem Santa Rosa todo ano só por sua causa. Nada mal para quem dizia que cartunista era alguém que não escrevia bem o suficiente para ser escritor, nem desenhava bem o suficiente para ser artista.
Charles M. Schulz Museum: 2301 Hardies Lane, Santa Rosa, Califórnia. Site oficial.
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