A edição é escrita por Joe Casey e ilustrada por Derec Aucoin, com capa de Kevin Nowlan. Ainda não dispomos de maiores informações sobre a trama; um confronto entre a versão contemporânea do Filho de Krypton e sua contra-parte dos anos 30, que combatia o mal seguindo suas próprias leis - prova histórica cabal da propaganda fraudulenta de títulos revolucionários como The Authority e The Ultimates - é, contudo, como embate ideológico mais do que físico, muito promissor.
A proposta deve ser entendida no mesmo contexto de sagas recentes como o Retorno a Krypton, que contrapôs a versão clássica da origem do Super-Homem à reinterpretação feita por John Byrne em 1986 e do reaparecimento de Kara Zor-El, a Supermoça da Era de Prata, em Supergirl 75. Essa tendência de grande parte dos escritores da DC Comics, a idéia de conciliar versões distintas de personagens que sofreram transformações radicais ao longo de suas existências, é oposta à política de certos criadores após as reformulações de Crise nas infinitas terras, que impunham suas visões renegando décadas de evolução conceitual e alegorias heróicas.
Vale lembrar que o Super-Homem da Era de Ouro - tecnicamente no limbo desde o final da Crise - também foi, de certa forma, revisitado em 1998, por Louise Simonson e Jon Bogdanove nas edições 80 a 82 de Man of Steel; e teve uma pequena participação no evento Kingdom, de Mark Waid, cuja imagem final deixou os leitores querendo mais. A história a ser iniciada em Adventures of Superman 612, de fato, pode significar a recompensa pela longa e paciente espera.
Imagem © DC Comics