O desenhista estava sofrendo de câncer e faleceu no Hospital Comunitário da cidade de Boca Raton na Flórida.
Lampert começou a desenhar profissionalmente aos dezesseis anos, em 1934, como arte-finalista de animações do Fleischer Studios em Nova York. Passaram por suas mãos personagens como Popeye, Betty Boop e KoKo, o palhaço. No entanto, entre os fãs de quadrinhos, ele é mais lembrado por ter criado, juntamente com o escritor Gardner Fox, o herói-título da revista Flash comics 1.
O Flash de Lampert é conhecido, desde a década de 40, no Brasil como Joel Ciclone. Diferente das versões mais modernas, lembra o deus grego da velocidade Mercúrio, tendo sido o primeiro de uma dinastia de supervelocistas. Entre seus sucessores, estão Barry Allen e o atual Flash, Wally West.
Joel Ciclone, hoje coadjuvante nas revistas do novo Flash, era Jay Garrick, um aluno da Universidade Midwestern que, ao realizar pesquisas com água pesada, teve seu metabolismo alterado pelos vapores que se desprenderam da substância. Com isso, ganhou supervelocidade, a sua marca registrada. Dezesseis anos depois, Gardner Fox e Carmine Infantino fariam algumas alterações na trama básica, dando origem ao Flash Barry Allen.
Lampert também ilustrou outros títulos da DC como Red, white, and blue, The king e Wonder Woman, revista na qual desenhava páginas de humor, gênero que sempre preferiu. Depois de deixar a DC, ilustrou piadas para publicações como Saturday review e The Saturday evening post. No final dos anos quarenta, foi para a publicidade e formou sua própria agência. Desenhar, porém, era apenas uma de suas paixões. Outra era o bridge, jogo ao qual dedicou inúmeros livros depois de se aposentar.