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<i>Superman</i> é o gibi mais vendido de abril

<i>Superman</i> é o gibi mais vendido de abril

JM
18.05.2004, às 00H00.
Atualizada em 02.09.2017, ÀS 08H08

A DC Comics conseguiu de novo.

Habituado a comer poeira quando se trata da lista de mais vendidos, o braço editorial de HQs do grupo Time/Warner tem se valido de um trunfo muito eficiente para chegar ao topo dos gibis mais vendidos nos Estados Unidos. O nome da arma nada secreta é Jim Lee.

Assim como aconteceu com Batman: Silêncio - seqüência de histórias atualmente publicada aqui no Brasil pela Panini Comics -, a estréia do traço desse ilustrador na edição 204 de Superman fez com que a revista superasse todas as outras, sendo a mais vendida no mês de abril de 2004 pela distribuidora Diamond Comics.

A publicação vendeu, segundo a Diamond, 294 mil exemplares, disparado na frente dos segundo e terceiro colocados, Superman/Batman 9 (184 mil) e Marvel Knights Spider-Man 1 (174 mil), ambas fortes concorrentes. Um traz a estréia da nova Supermoça de Jeph Loeb enquanto o outro, a do Homem-Aranha no selo Marvel Knights, em versão do iconoclasta escritor Mark Millar. Com certeza, nossos rapazes - os brasileiros Ivan Reis e Marcelo Campos, a equipe de ilustração de Action comics - vão se beneficiar da maior exposição do Ultimo Sobrevivente de Krypton nas lojas especializadas.

O gibi de quarenta páginas, escrito por Brian Azzarello - famoso por 100 balas - e arte-finalizado por Scott Williams, velho parceiro de Lee, traz a primeira parte de For tomorrow, a saga em doze capítulos que sinaliza um novo começo para a franquia do herói.

Na trama, um milhão de pessoas desaparece da face da terra, inclusive Lois Lane. Um ano depois, o Super-Homem procura um padre para confessar os pecados que cometeu ao tentar salvar o mundo. Com isto, Azzarello lança um mistério que só será desvendado em meados do ano que vem. O que teria sido esse desaparecimento? As pessoas puderam ser trazidas de volta? O que o Homem de Aço fez para se arrepender tanto?

For Tomorrow pretende, numa narrativa introspectiva, enfocar as emoções do herói, suas crenças, escolhas etc. A meu ver, esta é uma tarefa árdua, da qual só um punhado de roteiristas se safa bem. O gênero super-herói, por suas características inerentes, é muito raso, permitindo poucos arroubos e aprofundamentos. Torço para que Azzarello seja um dos raros autores capazes de extrair leite dessa pedra.