Toda a indústria de quadrinhos mundial é assombrada pelo fantasma da crise... Toda&qt;& Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste e prospera. E a vida parece estar sendo fácil para os felizes editores de quadrinhos da França...
É isso mesmo, embora, em todo o mundo, só se fale em crise nas HQs (mesmo na poderosa indústria de quadrinhos japonesa), os editores franceses divulgaram seus resultados no ano passado e revelaram uma indústria bastante próspera.
Os dados se referem apenas a álbuns (ou seja, trabalhos publicados em livrarias, como Asterix), não incluindo o razoável mercado de quadrinhos de banca francês. Também não foi esclarecido se os dados englobam apenas trabalhos originais em língua francesa ou se também incluem reimpressões de mangás ou comics americanos. É provável que sim, uma vez que a editora com maior número de lançamentos Glénat é a principal editora de mangá da França.
O total de unidades vendidas excedeu os 30 milhões! O título mais vendido foi o novo álbum de Asterix Asterix e Latraviata, lançado no Brasil pela Editora Record , com nada menos que 3 milhões de exemplares!
Outros títulos de grande vendagem foram séries européias tradicionais como Blake & Mortimer cujo novo álbum, Létrange Rendez-Vous vendeu 500 mil exemplares, devendo ser publicado em Portugal pela Meribérica e vendido também por aqui o Pequeno Spirou (600 mil exemplares), o penúltimo Lucky Luke (320 mil), Thorgal (300 mil), Túnicas Azuis (190 mil), a Juventude de Blueberry (100 mil) e Valerian (90 mil). Só para ficar nas que são conhecidas do público brasileiro.
Vale notar que algumas das séries de maior sucesso dos últimos anos, como Metabarões, XIII e Largo Winch, não tiveram novas edições lançadas em 2001. Largo Winch, porém, ganhou uma série de TV, exibida no Brasil no canal AXN.
Ironicamente, todo esse sucesso não parece sensibilizar as editoras brasileiras, que ainda buscam suas novidades nas indústrias de quadrinhos dos EUA e, em menor escala, da Itália e do Japão. O álibi tradicional das editoras é que o custo de produção desses trabalhos é alto e o retorno das vendas em livrarias (quando ocorre!) é muito lento. Para infelicidade dos leitores brasileiros.