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Eisner Awards indica pela primeira vez latino-americanos ao seu Hall da Fama

Alberto Breccia e Antonio Prohías concorrem com outros nove nomes

ÉA
20.02.2009, às 00H00.
Atualizada em 05.12.2016, ÀS 05H00

O Eisner Award 2009 só acontece em julho, mas os preparativos já começaram. Esta semana foram anunciados os indicados ao Hall da Fama - uma espécie de "galeria de notáveis" que passam a fazer parte da lista em reconhecimento à sua contribuição para as HQs.

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Este ano, está na lista de possíveis "notáveis" um nome sul-americano que se destaca entre tantos norte-americanos e europeus: o do uruguaio Alberto Breccia.

Breccia é um dos autores de Che, a graphic novel sobre o revolucionário argentino lançada no Brasil no final do ano passado. Nascido em 1919 em Montevideo, Breccia morou desde os três anos de idade até o fim da vida em Buenos Aires, Argentina. Começou a desenhar quadrinhos lá no final da década de 30. Nos anos 50, se juntou a Hugo Pratt e outros nomes importantes do quadrinho italiano - todos exilados na Argentina - para criar uma grande era do quadrinho argentino.

Junto ao escritor Héctor Germán Oesterheld, também autor de Che, Breccia criou pesonagens famosos como Ernie Pike e Mort Cinder, além de ser responsável por uma versão do clássico do quadrinho argentino O Eternauta.

A partir do final dos anos 60, Breccia adotou um estilo de desenho experimental, usando colagens e pintura junto aos seus desenhos clássicos em nanquim. Ele é considerado precursor de artistas como Bill Sienkiewicz e Dave McKean, que depois vieram a usar essas técnicas nos quadrinhos.

Breccia concorre ao Hall da Fama do Eisner com outros dez nomes: Matt Baker, Bill Blackbeard, Reed Crandall, Rudolph Dirks, Russ Heath, Jerry Iger, Jack Jackson, Paul S. Newman, Bob Oksner e outro latino-americano, o cubano Antonio Prohías (criador de Spy vs. Spy, a famosa tira da revista MAD). Quatro deles serão eleitos por votação entre autores de quadrinhos, e dois virão de escolhas dos juízes convidados para o prêmio.

O Eisner tradicionalmente só concedia o Hall da Fama a autores norte-americanos. A partir de 2002, porém, começaram a ganhar espaço autores como o japonês Osamu Tezuka, o belga Hergé e os franceses Albert Uderzo e René Goscinny. Vale lembrar que em 2008 os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá foram os primeiros brasileiros a trazerem Eisners para o país - saiba mais.