A estratégia de distribuição alternativa anunciada pela Abril para suas novas HQs é simples. As revistas seriam, em um primeiro momento, distribuídas apenas na região Sudeste. As revistas que não fossem vendidas neste primeiro momento (o tradicional “encalhe”) seriam redistribuídas em outras regiões do país. Dessa forma, o prejuízo da editora com edições não vendidas seria minimizado, assim como o custo da distribuição.
A estratégia é simples (e muito utilizada por editoras menores), mas cruel com quem não mora na região Sudeste. Além de serem forçados a esperar mais tempo por suas HQs (coisa de dois meses), eles receberão revistas que já passaram um mês expostas em bancas de jornal - e, acreditem em mim, os jornaleiros não as guardam com cuidado para que não amassem, dobrem ou molhem - e podem, portanto, não estar em seu melhor estado (não esperem desconto por isso...). Injusto, para dizer o mínimo.