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Autores revelam que Ex Machina quase foi censurado pela DC/Wildstorm

Série chega ao fim esta semana depois de 50 edições

21.08.2010, às 00H00.
Atualizada em 25.11.2016, ÀS 23H05

Em entrevistas sobre o fim da série Ex Machina para o site Newsarama, os autores Brian K. Vaughan (escritor) e Tony Harris (desenhista) falaram pela primeira vez que a série quase não chegou a ver a luz do dia, devido ao conteúdo.

Ex Machina

Ex Machina estrela um super-herói com o poder de comandar qualquer tipo de máquina. Ele se elege prefeito de Nova York após impedir que o segundo avião colida no World Trade Center em 11 de setembro de 2001.

A ligação com o atentado causou preocupação na DC Comics - mesmo que Ex Machina #1 tenha saído três anos depois do ataque terrorista. "Teve uma época em que parecia que nossas duas primeiras edições teriam a tiragem destruída devido a questionamentos sobre o conteúdo, e que a série seria cancelada mesmo antes da primeira edição ser lançada", diz Vaughan na entrevista.

"Em certo ponto durante a produção da edição 2, a edição 1 estava circulando pela Wildstorm e pela DC. Naquele momento estivemos em grande perigo de sermos cancelados antes mesmo do lançamento", diz Harris. O Newsarama diz que os autores declinaram comentar mais sobre este assunto.

A possibilidade de que Ex Machina pudesse não ter saído nunca tinha sido revelada. A DC da época, porém, estava ganhando fama com os casos de HQs que, mesmo já com a tiragem impressa, eram destruídas por desagradar gente como o ex-publisher Paul Levitz.

A edição 50, que saiu esta semana nos EUA, traz o fim do mandato do prefeito-herói Mitchell Hundred e o que acontece com sua carreira política e super-heroística. Ao longo do seis anos de publicação, Ex Machina ganhou um prêmio Eisner, foi cotada para o cinema (Vaughan diz que o projeto afundou e que os direitos do roteiro que escreveu foram revertidos para ele), acompanhou a ascensão de Vaughan como roteirista de quadrinhos (Y: O Último Homem) e TV (Lost), além de ser sucesso de público e crítica.

No Brasil, a série é lançada em coletâneas pela Panini - o volume mais recente foi o quarto, de um total de dez.

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