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Música
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Poison on the rocks

Metallica: não foi só o cabelo que mudou

LT
14.11.2003, às 00H00.
Atualizada em 21.12.2016, ÀS 20H03

"Minha voz continua a mesma, mas os meus cabelos..." Se você já comemorou trinta primaveras ou está perto disso, deve lembrar-se bem dessa frase, dita em um anúncio de xampu ou colorante para os cabelos, não me lembro bem... é, eu estou prestes a comemorar meu aniversário de número 30 e a memória não tá lá essas coisas...

De qualquer maneira, se esse é o seu caso e se está lendo a Poison é porque gosta de música e deve lembrar-se do que foi o Metallica.

Fui ao show deles no Ibirapuera, em 1989. Show que muitos fãs da "nova geração" sequer sabem que existiu. Era a turnê de divulgação do ...And Justice for All, quarto álbum da banda. Se, pra começo de conversa, você já se surpreendeu com essa novíssima informação porque acreditava que o álbum preto era o primeiro, nem precisa levar a leitura adiante, você não vai entender o choque de alguém que viu os primórdios desta banda.

Voltando à vaca fria... naquele tempo, a tal da globalização não era nem uma semente na cabeça do mais otimista dos lunáticos. Tudo chegava ao Brasil com anos de atraso e isso incluiu o Metallica. Hoje eles são gigantescos, mas em 1989, aqui no Brasil, eles chamavam a atenção apenas dos fãs do heavy metal. O Metallica trouxe na bagagem um novo rótulo, que talvez seja o predecessor de uma vasta segmentação que se deu em seguida. Com eles, a alcunha thrash metal ficou definitivamente estabelecida.

O show foi hipnótico. A voz de James Hetfield era outra. Basta ouvir Ride the Lightning para confirmar. Aqueles garotos cheios de espinhas na cara, no auge de seu frescor, começavam ali uma história que tinha tudo para ter um final feliz. Se não fossem os sucessivos equívocos que foram colocando gradativamente tudo a perder. Tudo não, você vai me dizer. O álbum preto foi o mais bem sucedido da banda e marcou o Metallica como um dos artistas mais rentáveis da música. Mas, como sempre foi colocado na Poison, nem sempre um acréscimo quantitativo significa um acréscimo qualitativo.

Pessoalmente falando, o álbum que leva o nome da banda, o preto, é ok. Nada mais do que isso. Veja, estou falando de pessoas que conheciam o Metallica antes disso. Uma geração que ficava deleitada cada vez que eles diziam que jamais fariam videoclipes. Naquela época, ter execuções na MTV não era a obrigação que é hoje. O Metallica não precisava daquilo. A verdade é que aparentemente eles nunca precisariam ter feito clipes, álbuns de covers e liderado o antipático grupelho anti-Napster.

A morte prematura de Cliff Burton é apontada por alguns como o início da decadência do Metallica. Sem dúvida, os primeiros álbuns da banda, principalmente Kill´em All e Master of Puppets, jamais tiveram seu ineditismo retomado. A crueza de ambos, talvez marcada pela maneira inacreditável que Cliff Burton tocava o baixo, foi dando lugar a hinos mais refinados e burocráticos. Basta comparar Master of Puppets e Seek and destroy (respectivamente do Master of Puppets e Kill´em all) a Fade to black (Ride the Lightning) e One (...And justice for all - já com Jason Newsted). Contudo, tirando uma média, os quatro álbuns iniciais são formidáveis e, como em qualquer história, um agrada mais do que os outros - dependendo do gosto de cada um. Não importa, o Metallica ainda merecia indistintos aplausos.

Bastou o lançamento de Metallica para que aquilo que era visto como uma fatalidade do destino se configurasse numa patética cena pré-fabricada. Aqui, os admiradores antigos, eu me incluo, começaram a perder interesse numa banda que soava datada, medíocre, parecida demais com as criaturas que havia criado. O Metallica simplesmente tornou-se outra banda.

Sairam de cena as músicas que ultrapassavam os dez minutos tratando de assuntos como morte na cadeira elétrica, guerra e justiça e entraram as músicas curtas (ou oportunamente editadas) que tocavam incessantemente em todas as rádios do mundo. Oh-oh! Temos um problema. Nenhuma banda com quatro álbuns lançados se transforma repentinamente em queridinha da indústria. Independente de terem se vendido ou não propositalmente à mídia, o Metallica perdia ali a sua essência, responsável por um real interesse que eu e outros tantos seguidores lhe dedicavam. Se eles estão mais felizes agora? James Hetfield diz que sim:

Tudo que acontece, acontece por uma razão, boa ou ruim. Agora temos dinheiro para cuidar de nossas vidinhas e fazermos coisas que queremos, e isso aparece na música como inspiração.

Se nós, que gostávamos do Metallica antigo estamos felizes? Estamos felizes sim, mas já nos esquecemos do Metallica faz um bom tempo.

Do álbum preto pra cá, a história já é bem mais conhecida. Começando pelo tapa no visual, quando eles cortaram as cabeleiras, o que já foi um disparate. Daí gravaram covers constrangedoras como Whiskey in the Jar, do Thin Lizzy. Ok, serviu para que os novatos se dessem conta de que um Misfits havia existido, um Queen básico... se é que se deram conta. Enfim, eles também tocaram com orquestra sinfônica e o caramba e acabaram por lançar um álbum tremendamente de acordo com a música atual. Isso é bom? Responda você mesmo. Olhe ao redor. O que você vê que pode ser aproveitado?

Vivemos num tempo em que pérolas como "Eu sou o Sid Vicious da nova geração" são ditas por autoproclamados punks, como Avril Lavigne. E então, viu alguma coisa que pode ser aproveitado? Não viu nada? Pois o Metallica viu, lançou St Anger com toda a papagaiada de ter gravado um clipe dentro de uma prisão (OHHHHHH) e chegaram num ponto que temos a impressão de que nem eles sabem o que estão fazendo. Na dúvida, deveriam ter voltado às origens... estou pedindo muito? Pois então que fizessem cópias infinitas do álbum preto, o último suportável da banda.

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DOSE EXTRA!

Atendendo a pedidos, aqui está a Dose Extra de Veneno, espaço reservado aos internautas do (o), que enviam missivas nem sempre educadas à colunista. Por que será, hein? ;-P

Sobre Letras de Música - coluna de 18/07

Por Zander Pazini de Lemos Moreira

Oie!

Acabei de ler a sua última coluna no (o) e confesso: ADOREI!

Eu era um fã assíduo de Skank! Era mesmo, cheguei até a ir em um concerto deles aqui em Bsb. Considero os primeiros álbuns excelentes, e (talvez seja o único) acho que eles fizeram uma das melhores covers de uma música do Roberto Carlos (e da Jovem Guarda) de todos os tempos. Mas, de uns tempos pra cá, eles têm ficado muito chatos! Eles tinham músicas super simpáticas, com batidas ultra cools e muita atitude. Aí vieram com essa de som inteligente. MAS QUE ****** É ESSA???? Eles eram tão bons e tão bacanas... Eram tão descompromissados, as músicas eram meio ska meio rock, meio pop... E olha que eu sou fã hein!

Deixando isso de lado... Quanto ao Tihuana, concordo, as letras são uma merda. E eu acho que é por isso que eu gosto deles. Mesmo as músicas inteligentes tem um q de descompromisso (é o que eu acho pelo menos). Mas enfim, tem gosto pra tudo, né!

Quanto ao Limpbizkit... é vero, mas eu gosto deles. E acho válido que tem gente que não goste. Eu gosto mas não acho genial. Acho que é legal para se divertir. E só. Nunca defenderia o fato deles serem inteligentes nem nada.

Pra terminar, você pode dizer que eu não tenho nenhum direito de falar mal dessas bandas dado o meu gosto músical... Mas aqui vai: Radiohead? Coldplay? Los Hermanos? Sinto muito, mas para mim isso é pseudo-inteligência. Gente que acha que tá fazendo música de altíssima qualidade só porque é deprê. Mas como eu disse, tem gosto pra tudo, né! (Você viu do que eu gosto...)

É isso... Não quero procurar briga nem nada com isso! Longe! Quero é continuar com uma discussão sadia e inteligente. Só!

Bjs!

Zander Pazini

Resposta

Oi, Zander :))

Nunca fui fã do Skank, mas sempre achei o trabalho deles inédito em terra brasilis, inovativo e inteligente... uma pena eles quererem jogar essa fase no lixo como se fosse brincadeira de adolescente... mas, enfim, escolha deles, né? O meu papel é ficar descontente e poder falar na Poison :)

Quanto ao seu gosto, respeito profundamente. O que não aturo é fã lunático, como se o artista fosse Deus na Terra. Dá pra ver claramente que este não é o seu caso.

Los Hermanos? Pouco conheço, prefiro nem falar... Radiohead, pessoalmente falando, pra mim é o supra-sumo da inventividade aliada ao talento. Você chegou a ler as resenhas do especial que o Omelete fez (leia aqui)? Ali talvez você encontre algumas razões para essa banda ser tão querida.

Posso falar do meu caso: não sou entusiasta de bandas que se escondem em canções falsamente deprês e acho que o Radiohead foi injustamente tachado de deprê, numa colocação preguiçosa e imediatista da mídia e de algumas pessoas que preferem não ir além do óbvio. O Radiohead fala dos problemas do mundo e as inquietações do ser humano como ninguém... se eu fosse pedir algo a você, seria que tentasse mais uma vez. Preste atenção nas letras e tente entender a composição de cada álbum como um todo. Recomendo que você comece por Ok Computer, se é que vai tentar de novo :)

O Coldplay é bom, mas não seria tão aclamado se tivessem outras bandas fazendo coisas melhores... o fato é que não há. São pouquíssimas bandas hoje que têm qualidade de verdade. Neste caso, o Coldplay se destaca. É uma banda de belíssimas canções, mas não é um clássico.

Ufa! Acho que por ora é isso. Continue se comunicando.

Abraç(o),

Luciana

Sobre Oasis - coluna de 23/08

Por Plinio Junior

E ai Lú, blz?

Sou leitor assíduo do Omelete, principalmente das colunas escritas por você e pelo resto do pessoal, pois sempre achei mto legal saber a opinião de outras pessoas a respeito de um determinado assunto, ainda mais quando esse assunto é polêmico e gera uma discussão saudável.

Quando se fala em Oasis o assunto se torna inevitavelmente polêmico, pois desde que eles aparecerem para o cenário do rock mundial com o excelente Definitely Maybe (o cd de estréia de maior vendagem de uma banda na história da Inglaterra), o grupo capitaneado pelo irmãos Gallagher tem conseguido angariar admiradores e detratores na mesma proporção e acabou se tornando uma espécie de time de futebol, ou seja, ou vc gosta ou não gosta, ou vc é ou não é!

Quando li sua matéia, logo vi que vc definitavamente não era a favor desse time e que como qq outro torcedor de outro time, só tinha coisas ruins a escrever sobre a banda, sendo assim, vi que só me restava escrever uma resposta a esse texto e ver se eu conseguia ao menos fazer com que vc repensasse o assunto, afinal de contas, essa mesma banda que vc descreveu como um simples plágio dos Beatles, foi sim a maior banda de rock n roll do mundo entre 95-97 (como eles msms disseram) e que continua mostrando nos dias de hoje que ainda tem muita lenha para queimar, prova disso são os shows realizados no Finsbury Park e que tiverem seus quase 150 mil ingressos esgotados em menos de 2 horas!

Sabe... acabo até achando um pouco engraçado quando leio algumas críticas (como a sua) e vejo que as pessoas julgam muito a banda pelo fato dos irmãos Gallagher serem arrogantes, de falarem o que pensam e de fazerem o que bem entendem e é exatamente ai que eu te pergunto, e a música onde é que fica? E o rock n roll, o que seria dele se não houvesse a atitude e a arrogância?

Assim como vc, tbm gosto muitas de outras bandas ditas relevantes do chamado britpop, como Blur, Placebo, Pulp, Manic Street Preachers, Massive Atack, Radiohead, Supergrass, enfim, mas quando falamos da música inglesa dos anos 90, de rock n roll, não há como negar que o referencial inevitavelmente acaba sendo o Oasis.

Isso não acontece por acaso, pois nesses quase 10 anos de estrada, eles conseguirarm gravar 2 discos considerados clássicos (Definitely Maybe e Whats The Story, Morning Glory) por toda a crítica especializada, que se tornaram obrigatórios na discoteca de todo fâ do bom e velho rock n roll e que, para o bem ou para o mal, acabaram influenciando toda uma geração de bandas novas, que vão desde a bola da vez, Coldplay, até alguns novos queridinhos da crítica inglesa, como The Cooper Temple Clause e Electric Soft Parade.

Então... tenta dar uma chance para os caras, comece colocando o Definitely Maybe no seu estéreo e tenha em mente que msm tendo abandonado uma turnê nos EUA no auge do seu sucesso (95-96), msm tendo brigado publicamente com os integrantes do Blur, msm tendo desistido de gravar um Unplugged para a MTV (quando todos ainda queriam fazer isso) e msm com todas as declarações e atitudes polêmicas, o que fica quando vc escuta os discos dos caras  (principalmete DM, WTSMG, BHN e TM) é o fato deles fazerem um rock n roll honesto e de primeira, influenciado sim por Beatles, Stones, Sex Pistols, Smiths, Stone Roses, The Jam, etc, quer mais alguma coisa? ;-)

Cheers and Live Forever // PJ

Resposta

Oi, Plínio, tudo tranquilo e você?

Olha, Plínio, acho que tudo deve ser colocado lado a lado com outros acontecimentos antes de se dizer algo tão definitivo quanto o Oasis foi a maior banda de rock n´roll do mundo entre 95-97.

Eu diria que nesse período, qualquer banda que angariasse um pouco mais de público e venda de discos se destacaria. Veja, atualmente, o Linkin Park ganha de longe do Oasis, se considerarmos os mesmos requisitos. E quem é melhor? Depende de quem estiver respondendo a esta pergunta...

O que eu questiono é justamente dizer coisas como A MELHOR, OS MELHORES, OS ETERNOS, OS INSUPERÁVEIS... calma lá com os termos definitivos. Pessoalmente falando, acho que os Ramones são mais importantes do que o Beatles. E para a minha essência quem vai dizer que não? Os historiadores de música? Música não é matemática e a importância varia de pessoa para pessoa.

Tem muita lenha pra queimar? Eu diria que para quem gosta de purismo no rock n´roll não restaram muitas alternativas. Sem contar que na Inglaterra, o Oasis sempre vai ter público.

Volto a dizer que acho o Oasis uma banda interessante, mas nem de longe referencial, conceitual ou algo que o valha... se eles tiverem sorte, estarão em alguma página de uma coletânea de feitos do rock n´roll...

Você citou o Massive Attack. Creio que se levarmos em consideração criatividade, inovação, o MA merece muito mais respeito do que o Oasis. O Oasis soa repetitivo, uma eterna cópia de si mesmo... dá pra gastar meia hora escutando? Até dá... mas a partir do minuto seguinte a gente começa a se perguntar o por quê de tanto barulho em cima de tal banda. Será mesmo que não é porque sempre se mantiveram nas manchetes muito mais pelas brigas do que pela música?

Você já sabe o que penso...

Foram influenciados por Pistols, Stone Roses, Smiths?

Pois então... fico com os originais. Eternamente :))

De qualquer maneira, fique tranquilo, não preciso ouvir Definitely Maybe... acho Live Forever lindíssima, assim como Champagne Supernova do WSMG, Talk Tonight e Stay Young, do Masterplan. Pena todo o resto ser mais história do que realidade.

Beij(o), cheers and live forever U 2,

Luciana

Sobre Letras de Música III - coluna de 10/10

Por Rafael A. Belloti

Luciana,
 
Sempre adorei sua coluna por expressar quase que com exatidão meus sentimentos com relação ao atual cenário musical do mundo, mas sua última Poison on the Rocks chutou o balde!!!!!!!!!!!!! Essa detonou e é inexplicável como você consegue traduzir em palavras minha opinião exata sobra as músicas que assolam as rádios brasileiras.

Fala sério, né? Encontraram a música que o Renato Russo teve vergonha de lançar e só porque o cara já empacotou e não pode opinar sobre seus próprios lançamentos, a gravadora e uma meia dúzia de urubus decide lançar e ganhar mais algum em cima do defunto. Deprimente. O ponto positivo é que a novela acabou e não veremos mais a melação-de-cueca entre Cláudio e Edwiges ao som dessa baboseira (o ponto negativo e que aí vem outra novela que terá outro casalzinho chato com outra música-tema pior que a anterior).

E o Chorão? O Chorão continua sua saga para realizar seu sonho: Tornar-se o Fred Durst brasileiro!!!!!!!! A voz das Patys e Boys revoltadinhos de shopping-center. Aquele que os conduzirá para a revolução contra... Contra o quê?!?!?!?!? Do quê esse povinho (tanto Chorão quanto seu público) vai reclamar? São, em sua maioria, adolescentes de classe média, com poder aquisitivo razoável e tempo de sobra pra babar cada vez que Chorão surge na MTV (já que ele é um oásis de revolta e atitude num canal a cada dia mais voltado para os modismos pop, não é verdade?). Ainda bem que revolta na adolescêcia é fase e passa, apesar do Chorão não ter superado essa fase e isso começa a me preocupar: com esse povo todo ouvindo suas músicas, quantos ficarão como ele no futuro (e quantos se salvarão...)?

Quanto ao Reggae nacional, há algum tempo era de se esperar a porcaria que viria. Imagine um escocês tocando samba: uma porcaria, né?!? Pois é o mesmo caso, reggae é jamaicano (assim como samba é brasileiro) e se alguém que não tenha uma nacionalidade compatível com a da música tentar tocá-la vai ficar horrível, não tem nem o que discutir. Aliás você já teve o DESprazer de ouvir algum CD do Planta e Raiz? Pois eu já (meu irmão comprou um), e é interessante notar que o álbum parece ter uma única música com alguns pequenos intervalos de 2 segundos no meio dela. Ninguém merece. Mesmo!!!!!!!

Continue assim, nos alertando sobre o lixo que estão tentando empurrar em cima de nós

Tchau!!!!!!!
Rafael A. Belloti

Resposta

Fala, Rafa! (posso?)

Adorei seu email :)) Ueba! Nada como um desses para fazer frente aos outros, os dos lunáticos (com todo respeito pelos leitores).

Não sei se é assim tão inexplicável encontrar alguém com quem você compartilha as idéias. Pelo que ando recebendo de email, vejo que somos vários os resistentes... rs. O que falta talvez é a gente parar para conversar sobre certas coisas... a gente tá lá, ouvindo MAIS uma vez e mais uma vez tocando no rádio, pensa que lixo!, mas não costuma levar adiante, né? Eu sou muito assim com política, me pego várias vezes falando que droga, isso não pode ficar assim! mas não faço absolutamente nada para mudar. O que falta pra gente é conversar mais, debater, colocar pra fora o que pensa... às vezes acho que o Brasil é um país virtual, onde ninguém veste a própria personalidade, mas sim a de um personagem previamente escolhido.

Em relação às suas observações, assino embaixo e escrevo as colunas :)) não quero ser redundante. Só uma ressalva: você disse que o Chorão não superou a fase adolescente. Será mesmo? Acho que ele é sim muito do esperto, se você quer saber... uma coisa é você fabricar uma revolta, remexer no bauzinho e lembrar o que você sentia, outra é realmente sentir. Acho que ele faz música na medida certa, pensadinha, tudo ali tem razão de ser... e não vende? Vende, vende como água... uma mina de ouro, rapaz!

Sobre o que você disse do reggae, ok, seria ingênuo dizer que música é universal e não tem dono... sei que soa ridículo um inglês cantando bossa nova, mas alguns estilos, se bem trabalhados, podem servir a várias línguas. O que rola com o reggae é que originalmente ele já não é algo assim, digamos, de muita consistência. Serviu num dado momento, falando sobre paz, religião e liberdade, mas hoje falar desses assuntos pode soar datado... ou não, quando vejo a letra de Com certeza, penso que se o cidadão ficasse cantando o tempo todo paz, paz em todo mundo seria melhor do que elocubrar sobre a sensação de estar numa cachoeira. Enfim, volto a dizer, se não há nada para dizer, não diga nada!

Buenas, yo me voy, escreva sempre que quiser e muita luz pra você! E pode deixar que enquanto houver lixo a Poison vai estar aí, firme e forte!

Abraç(o),

Luciana

Sobre os Engenheiros do Hawaii - coluna de 13/08

Por Lucas Sacchet Machado

Bom dia Luciana, acabei de ler o teu breve discurso sobre Engenheiros, contraditório não? Vc que julgou eles a ponto de dizer que não existiam no teu vocabulário, mas tu trouxe à tona um bom conhecimento deles. Deve ter no mínimo assistido ao filmes de guerra, ter escutado com muita calma e ter adorado o GLM, para citar trechos de músicas e tudo o mais.

Sabe, na verdade tu é uma fã enrustida.

Sem abraços

Resposta

Primeiramente, boa tarde.

Contraditório saber sobre quem eu vou falar? Acho o básico... ou você preferia que eu fizesse uma coluna falando do corte do cabelo do Gessinger?

Algumas canções do EH, infelizmente pra mim, felizmente pra vc, foram tão marteladas no rádio que qualquer infeliz/feliz já ouviu. Eu gosto de música, é natural que preste atenção ao que estou ouvindo (gozado, me parece que isso ainda surpreende as pessoas - prestar atenção ao que está sendo dito). O resto? Uma pesquisa e um cérebro cuidam...

Mesmo sem abraços, abraç(o)s... independente de qualquer coisa somos seres humanos.

Luciana