Ok. Eu confesso. Eu fui fã. Ardorosa. Fãs dos "artistas" que figuraram na Poison, uni-vos! É agora ou nunca. Eu admito. Eu estive no Morumbi, em pleno temporal, acotovelada em mais 150 mil pré-adolescentes histéricas. Foi em 1985. No palco, o precursor, o vanguardista, o brilhante Menudo!!! Ponto a meu favor: passou rápido. No ano seguinte eu já iniciava minha discoteca pessoal com a compra do Nevermind the Bollocks (here´s the Sex Pistols). Então contenham a empolgação. Menos, muito menos. hehehe
Fato é que já era hora de falar sobre esses fenômenos que respondem pela alcunha de boybands. Quando pensei em escrever uma coluna sobre o assunto, confesso que não tinha a real noção das proporções do estrago. Eu precisava de um descanso e, ingenuamente, pensei que falar sobre algo tão unânime não me traria maiores problemas, tampouco e-mails indignados...
Além disso, duas notícias, uma boa e uma péssima, chamaram minha atenção: a primeira foi que Bryan McFadden deixou o Westlife (graças ao bom Deus) e desestruturou o grupo. A segunda trata da volta do Menudo. Isso mesmo, segundo a agência de notícias Reuters, o processo de seleção já começou... Alguém se habilita?
Comecei a pesquisar na Internet, essa incrível dimensão paralela de mundo onde tudo é permitido, e os nomes foram surgindo. São dezenas de "bandas" para todos os gostos, estilos e nacionalidades. São sites só sobre o Menudo, sobre todas as boybands reunidas, só sobre N´Sync, etc, etc, etc. No Google aparecia 1.420.000 vezes o nome Robbie Williams, 1.050.000 vezes Justin Timberlake. E o que começou como uma mania a ser digerida rapidamente pelas adolescentes, eu me incluo nesse grupo, virou epidemia, linha de produção em massa, coisa séria. Seríssima e muito, mas muito rentável. Sem dúvida alguma, pelo número de vendagens, eu terei problemas. Adeus descanso.
Por quê?
Qual é a graça nesse tipo de produto? Por favor, alguém me responda. Os garotos são uns verdadeiros caga-em-pé, como diria minha mãe, cujas variações de personagem vão do tipo malvadão ao coitadinho-ninguém me ama-ninguém-me-quer. Coreografia pra lá de ensaiada, em apresentações tão previsíveis que provavelmente ninguém saberia o que fazer se uma barata invadisse o palco, de repente. O figurino abusa das faixas, cabelos de laquê, calças coladas ou muito folgadas com o cuecão de couro aparecendo, cores berrantes. E a música? Promessas de amor eterno e reminiscências de casos mal resolvidos, cantarolados em coros e com refrões providos de ventosas que colam nos neurônios e sugam o cérebro na primeira ouvida.
A chave do problema parece estar nas meninas, afinal elas são o foco principal desses grupos. Ou você já ouviu falar de girlbands? A exceção ficou com as Spice Girls, que, numa postura bastante diferente, apesar da embalagem idêntica, pregavam o feminismo e o grrl power, mas sumiram do mapa em menos de dois anos.
Fazendo um flashback, o que posso dizer é que sim, a gente nutria verdadeiras "paixonites" pelos integrantes do Menudo. Cada uma tinha seu eleito e brigava por ele com o argumento "eu vi antes, ele é meu". A propósito, se alguém se interessar, o "meu" era o Ricky Martin, na época, Rickinho... Pois é, lamentável. Ainda assim premonitória. :) Agora, o que acontece com os sentimentos femininos para que isso aconteça? Ou melhor, o que os rapazes andam fazendo de tão errado que as meninas tenham que sonhar eternamente com esses protótipos de príncipes encantados? E por que, repito, POR QUE o que era pra ser uma mania rápida, anda durando tanto? As meninas pararam de crescer? Ou a indústria do marketing está literalmente retardando o processo natural das coisas? Como eu disse lá em cima, na minha época esse tipo de produto recebia a importância que lhe cabia. Ou seja, durava um ano, talvez um pouco mais, dependendo do desenvolvimento da "criança". Mas era fatal: daí a descobrir o fantástico mundo dos homens malvados de verdade era um pulinho e daí a descobrir que "não se reprima" tinha mais significado do que simplesmente dançar feito umas patetas, era outro pulinho.
Seria precipitado dizer que a geração que idolatra boybands por um extenso período de tempo tende a viver num mundo virtual e por isso mesmo, extremamente perigoso? O que fazer com essa legião de sonhadoras? O que fazer com esses seres humanos mal estruturados?
Eu fico pasma. Outro dia caminhava pela Paulista e o Br´Oz (talvez fosse o KLB ou o Twister, não me recordo exatamente, mas dá no mesmo) estava visitando uma das várias rádios que ficam na avenida. Histeria. Colapso mental absoluto. Meninas e adultas se misturam, se descabelando por uns carinhas que se não fossem do grupo passariam totalmente despercebidos. Exagero? Então mostremos os dados. O N´Sync, do Justin, vendeu 2,5 milhões de cópias de No Strings Attached na semana de lançamento! O Backstreet Boys acumulou 25 milhões de cópias em vendas de dois álbuns! O Take That, do Robbie Williams, vendeu tanto na Inglaterra que só foi superado pelos Beatles! 35 mil ingressos para o show dos irlandeses do Boyzone acabaram em quatro horas! Eu poderia dar continuidade à seqüência de pontos de exclamação, mas não vou me estender em nomes como 5ive, New Kids on the Block (um dos piores nomes de grupo de todos os tempos), Tremendo, Dominó, BBmak, 98 Degrees, MDO (o novo Menudo, que - graças ao nosso senhor da guitarra! - não faz sucesso por aqui).
E o que sobra efetivamente desses milhões todos? O Robbie Williams, o malvado-mor do Take That, já "penetrou" nas ondas do rádio brasileiro. O Justin Timberlake segue firme na campanha "Comi, contei e aproveito todas as ocasiões pra dizer que não sou mais virgem, mas o Superbowl não conta." Ricky Martin, assessorado por Robi Rosa (na época do Menudo, ele era apenas Robby e o mega-hit "Living la Vida Loca" é de sua autoria) está milionário. Os três têm talento, verdade seja dita. O que só atormenta ainda mais minha cabeça... Por que fazer parte de grupinhos ridículos se a criatura sabe que tem talento? A Victoria Beckham (ex-Posh Spice) agora tem uma profissão mais gratificante: esposa do jogador de futebol mais cobiçado do mundo. Um dos kids do New Kids on the Block caiu no ostracismo e é mais conhecido por ser irmão do Mark Whalberg (Boogie Nights e Planeta dos Macacos).
E as garotas? Além de se transformar em entusiastas da anorexia, esperam a próxima boyband aparecer. Ei, acordem! Eles não são príncipes, mas são legais como são.
Poison on the rocks também é cidadania: se você está lendo essa coluna e se encaixa na primeira parte do parágrafo acima, saiba que há tempos uma reportagem não me deixava tão sem chão quanto a publicada pela revista Veja, que traz um artigo sobre a anorexia. Não é bonito, não é cool, não é engraçado, não é admirável. Não pratique, não estimule, não brinque, procure ajuda, querer ser diferente não implica em mudança física. Implica em exercitar o cérebro e fazer-se ouvir.
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DOSE EXTRA!
Atendendo a pedidos, aqui está a Dose Extra de Veneno , espaço reservado aos internautas do (o), que enviam missivas nem sempre educadas à colunista. Por que será, hein? ;-P
Sobre Aerosmith - coluna de 09/01/2004
Por Guilherme Milhegstones
Sua f* da p*! Vai se f*!!! Quem você pensa que é pra falar do Aerosmith, sua porca infeliz!!! Nenhuma banda chegou aonde eles chegaram! São um dos maiores mitos da História do Rock! Uma banda cheia de conquistas e sucesso! Aposto que nenhuma das bandas que você deve ouvir chega a lavar o pé do Aerosmith! Quem você pensa que é?!?! Na boa! Cala a boca se for pra falar mal do Aerosmith! Se continuar escrevendo esse monte de b* que não tem um pingo de ética, vai comprar uma briga brava com uma legião de fãs que idolatram uma das maiores bandas de rock de todos os tempos! Se eles chegaram aonde chegaram são por que têm música forte e talento para realizá-las! E sem gosto, sem sal e tão igual quanto você diz que eles são, são pessoas infelizes como você que não têm porra nenhuma na cabeça! Muito menos um coração que lhe permita sentir uma boa música! Pessoa sem ética como você não deveria (sic) estar publicando textos para uma revista ou sei lá onde você publicou aquele monte de b* que escreveu!
Meu, vai trabalhar de verdade! Escreve alguma coisa ética! E se você é paga para escrever, deveria ter um pouco mais de ética! Sua porca! Não sei quem você é, muito menos sua idade, porém posso garantir que uma pessoa que escreve esse tipo de coisa não deve ser respeitada, muito menos aceita dentro de nenhuma editora de jornal ou revista! Como você ousa falar mal do Aerosmith? Uma banda que, com certeza, você não conhece! Ah, e quem você acha que é pra julgar Steven Tyler!? Seu monte de b*! Você não é ninguém perto de qualquer pessoa com um pingo de ética! E além do mais, eu também dormi na b* do filme do Senhor dos Anéis. Reconheço que o filme é muito bom, é super bem feito, muito bem bolado. Até excitante para alguns, porém não julgue alguém só por que dormiu em um filme! E a Liv Tyler nem aparece muito! Eu também dormi na p* do filme!
Aposto que não sou o único a estar lhe enviando um e-mail para que você acorde para a vida e deixe de ser um ser infeliz sem valor! Vai se f*! E se eu for o único também, não ligo! Uma pessoa como você não merece nem a consideração que estou tendo de lhe xingar!!
Vai se f*, sua porca!! E nunca mais julgue algo que não conhece! Sua prepotente arrogante!!!
Resposta
Nofffaaaaaaaaaaaaaaa... Quanto argumento inteligente! Eu e meus amigos do chiqueiro piramos na fita.
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Sobre Dose Extra da coluna Grammy de 13/02/2004
Por Diego Navarro
Olá Luciana, na última Poison um e-mail mandado por Roger Rodrigues de Oliveira, levantou um assunto que, na minha opinião, deveria ser melhor observado por nós, ouvintes da musica atual. Afinal, o que nós compramos? Uma boa música com ótima melodia, harmonia, ritmo e letra? Ou a imagem que o músico é? Afinal, será que realmente importa se a Madonna é lésbica ou com quem o Justin está saindo? Vivemos em um mundo no qual as pessoas já não se importam mais se o músico tem talento ou não, elas só se importam se ele é famoso e vive aparecendo em capas de revista.
Será que alguém ainda presta atenção nas letras das músicas? Será que alguém ainda se importa com a harmonia da música? Não quero parecer um tolo radical que vive comparando nosso mundo atual com os anos 60 e 70, mas o que tento falar é que enquanto ligarmos mais para a vida amorosa de nossos ídolos do que para a essência de suas músicas continuaremos a ouvir esse pesadelo pop atual que infesta nossas mentes.
Diego Navarro
Resposta
Oi, Diego, não se considere tolo por tentar procurar além da imagem. Eu também sou assim e estou bem feliz.
O que eu sei é que o que eu compro é muito bem avaliado antes de sua aquisição. Dificilmente saio comprando algo por que alguém disse que era bom ou por que foi considerado o "último salvador do rock n´roll". Ouço a música, se aquilo me agrada, aí sim compro um álbum... Mesmo assim, ainda não comprei a idéia. Depois de ouvir algumas várias vezes o trabalho do artista, sou capaz de dizer se concordo ou não com aquilo ou até que ponto aquilo me diz respeito. Tem muito isso também... Muitas vezes, o som isoladamente agrada, ou as letras, ou apenas uma música. O mais legal é saber dar peso às coisas separadamente mesmo. Será que existe algo 100% bom? Tenho minhas dúvidas.
Realmente, o que você levantou faz total sentido e é por isso que eu escrevo a Poison... Chega de comprar arte pela vida pessoal dos artistas, chega disso, né? Todo santo dia tem alguma notícia "bombástica" sobre o Justin, a Britney, o Darkness, mas sobre a música?! Muito pouco...
Enfim, obrigada por escrever. Vamos tentando mudar um pouco o modo de adquirir cultura nesse país.
Um beij(o),
Luciana
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Sobre a Poison
Por Tiago Moreira
Olá Luciana!
Tenho 23 anos e sou publicitário. Desses 23 anos, tenho 11 de bons serviços prestados ao Rock. Concordo com grande parte de suas críticas, e as que não concordo, respeito, porque cada um tem sua opinião, e você respeita a dos outros. O fato é que sempre gostei de uma crítica ácida.
Gostaria de saber sua opinião sobre a moda Hardcore que impera hoje em dia. Gosto muito do Punk de bandas da Epitaph e da Fat, bandas como Pennywise e Nofx. Essas bandas têm uma postura anti-MTV que muito me agrada. Há 10 anos, se alguém quisesse um CD dessas bandas, teria de conhecer através de outro amigo, e adquirir em lojas especializadas. Concordo que com a Internet as bandas podem divulgar suas músicas para um número muito maior de pessoas, o problema é que isso acaba virando moda. A molecada acha que ser punk é fazer algo diferente com o cabelo e encher a cara com piercings. Aonde chegamos? O Punk e o Hardcore não têm mais nada a ver com atitude? Reduzimos sua existência a tendências para o SPFW?
A garotada, ou como gosto de chamá-los, punkekas, acham que SUM-41 e BLINK-182 são bandas nas quais têm de se espelhar. O Punk morreu? Gostaria de fazer com que as pessoas se interessassem mais pela boa música (não, eu não curto apenas punk!), de fazer com que saibam mais sobre o que é atitude. Aliás, é o que realmente falta pra essa geração: atitude.
O que você acha?
Beijo,
Tiago Moreira
Resposta
Oi, Tiago, concordo plenamente. O que falta pra galera é atitude mesmo. Mas, vou explicar ali embaixo, não creio que seja algo totalmente intencional. Veja, eu nem me importo se alguém que ama Blink 182 conseguir provar por a+b que eles são melhores que o Exploited, ou mais criativos, ou mais originais, ou mais qualquer coisa. Ou até mesmo que digam que simplesmente se divertem mais com Blink, APESAR de saber que Exploited já fez punk de melhor qualidade há muito tempo. O que acontece é que o povo não sabe se defender, simplesmente é levado pelas marés ditadas pela mídia.
É realmente complicado quando tudo, absolutamente tudo, acaba virando moda. Eu não acho que a geração que se encanta com Blink (a geração mais novinha, não sei se vc tem a mesma idade) seja cretina, como se todos tivessem tomado leite estragado quando eram bebês. Não. Creio que temos que tentar abstrair e imaginar o que é crescer no mundo de hoje. Não deve ser fácil ser bombardeado implacavelmente com os modismos... Não adianta dizer que quando eu tinha meus 15 anos era assim também, porque não era... E talvez por isso tenha sido mais fácil pra mim e pras pessoas que têm a minha idade conservarmos o discernimento. O que quero dizer é que parte da minha e da sua seletividade hoje têm a ver com atitude, criação (eu quase não assisto tv), mas também foi muito ajudada pela época. Como você é sete anos mais novo do que eu merece um grande parabéns porque teve que vencer barreiras muito mais solidificadas. E elas só vêm piorando, entende?
Além disso, existe uma união da mídia em tentar encontrar o próximo grande sucesso do momento. Não se fala mais em carreiras de anos, mas em sucessos imediatos de meses. Tudo pra vender bastante e rápido. Não sei se esse processo tem volta, mas escrevo a Poison por acreditar que eu tenho algo a compartilhar, que é a capacidade de não me deixar levar por qualquer modismo. Se uma pessoa começar a pensar melhor antes de adquirir o próximo "sucesso", já me sinto mais contente. Posso ser chamada de idealista, mas fico mais tranqüila. O negócio não é só meter o pau, é mostrar, espremer, fazer a galerinha pensar no que anda consumindo. Você como publicitário deve saber bem do que estou falando, não? :P
Um beij(o),
Luciana
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Sobre o Grammy - coluna de 13/02/2004
Por Livio Paes Vilela
Olá, Luciana
Já escrevi para você duas vezes... uma para discordar e outra para concordar. Dessa vez é para concordar!!!
O Grammy foi uma b!!@#@!$ mesmo!!!! Na premiação, além do fiasco do Coldplay, só o Outkast!!!! Nos shows, White Stripes na cabeça!! O do Prince (apesar da Beyoncé) foi legal!! Os do Outkast também!!!!! Sobre o umbiguismo americano, concordo plenamente!!!!!
Falow, continue mais ou menos assim!!!
Livio Paes Vilela
Resposta
Oi, Livio, brigada pelo apoio.
Gostei do "continue mais ou menos assim"... rs... valeu!
Beij(o)
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Sobre Especial de Natal, Britney Spears...
Por Dimitri Aiello
Oi,
EDu freqüento o Omelete faz tempo, sempre ligado em quase tudo. Por curiosidade, li uma de suas colunas e simplesmente achei o seu trabalho dez. Realmente é difícil achar alguém com tanta atitude na internet, e não demorou muito para eu me tornar mais um de seus assíduos leitores.Pra começar, fiquei muito surpreso com a sua opinião sobre aquela musiquinha melosa do Renato Russo. Não que eu não goste dele (pra falar a verdade vai demorar muito pra aparecer algum artista que faça igual ou mais do que ele e esse alguém tá longe de ser um certo Sr. Gessinger, ao contrário do que alguns pensam), mas é preciso estar munido de muita coragem pra falar mal de qualquer coisa relacionada a ele, ainda que essa coisa seja aquela música que ele evitou que levassem a público enquanto vivo (que Deus o tenha).
Falando do tal Sr. Gessinger, notei que não são poucas as pessoas que o defendem... Ora essa, já que são tantas as pessoas que o chamam de poeta, então eu vou botar no papel toda a m**** que me vem à cabeça e me tornar um poeta também. Só não faço isso pra depois não aparecer aqui na Poison...
E aqueles fãs da Britney? Muitos deles disseram que você tem inveja do sucesso dela. É nesse ponto que eu me pergunto: e eles? Gostam dela por quê? Como muitos deles dizem, é por que ela é talentosa, bonita e etc...
Que tipo de cultura lhes é acrescentado ouvindo Britney Spears? Que as garotas devem se masturbar mais? Isso é música ou revista Carrapicho?
Um belo dia eu me perguntei: por que tantas pessoas gostam dela?
Depois de muito meditar, descobri que no fundo todos eles querem ser iguais a ela (foi mal, eu não queria afirmar o óbvio), e o que é pior: ao serem manipulados por mais essa ferramenta da mídia, muitos se irritam quando pessoas de bom senso tentam adverti-los (o seu caso, e se você publicar essa missiva e alguns amigos meus a lerem, será meu também).
Como se não bastasse, ainda te chamam de ignorante...
Na minha opinião, esses fãs deveriam ler a sua coluna e até pedir a sua opinião sobre os outros artistas que lhes caiam no gosto, já que é sempre saudável ouvir a opinião dos outros, por mais crítica que ela seja...
Falando nisso, muita gente fala mal de muitas bandas que eu gosto (Pearl Jam, U2, Ramones, Paralamas, Rage Against The Machine, Sepultura, REM e muitas outras), e como muitas dessas críticas vêm de pessoas que na minha opinião não são lá muito "letradas", gostaria, se não fosse pedir muito, mas pedindo mesmo assim, de ver a crítica de alguém mais expert no assunto... Mas não se preocupe, mesmo que você não o faça (já que a coluna é sua e você faz o que quiser com ela) eu não iria parar de ler o Poison. Só espero não estar exagerando na dose...
Espero que o seu trabalho faça sucesso, pois muitas pessoas merecem de vez em quando um balde de água fria em relação aos seus ídolos.
Até mais,Dimitri Aiello
Resposta
Oi, Dimitri, muito legal sua mensagem. Obrigada pelo apoio.
É, não é fácil falar do Renato, mas até os fãs da Legião sabem que aquela musiqueta foi golpe. Não há discussão.
Quanto aos fãs dos Engenheiros e da Britney, eles têm uma coisa em comum: síndrome da cegueira compulsiva acompanhada de espasmos de incoerência e não "aturação" da crítica alheia.
Deixa estar. O tempo passa e, se Deus quiser, essa gente evolui.
Algumas das bandas que você citou podem figurar futuramente na Poison. Vamos ver. Eu costumo dar prioridade àquelas que têm pouquíssima qualidade e um número gigante de fãs que não explicam seu sucesso.
Enfim, fique de olho!
Beij(o),
Luciana