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Poison on the rocks

Chorão perdeu a cabeça e a noção

LT
12.07.2004, às 00H00.
Atualizada em 02.12.2016, ÀS 20H03

A semana retrasada foi marcada por um dos episódios mais lamentáveis de todos os tempos para o rock nacional. Chorão (Charlie Brown Jr.), apontado como o grande ídolo dos jovens brasileiros da atualidade, partiu pra cima de Marcelo Camelo (Los Hermanos), apontado como o maior letrista da música brasileira nos dias de hoje.

Se alguém ainda não sabe os motivos, vou resumi-los rapidamente. Em uma entrevista à revista Oi, Camelo disse o seguinte: "esse negócio de fazer comercial para Coca-Cola é um desdobramento da indústria, a gente rejeita esse negócio de vender atitude". Alguém em sã consciência discorda disso? Vou relembrar o comercial em questão. O Charlie Brown Jr. está no palco e em um dado momento pára de tocar para avisar que uma dos espectadores do show não tem atitude porque não está usando a garrafinha brinde da Coca-Cola que todos os outros presentes estão. Memória refrescada, vou perguntar de novo: alguém discorda do que Marcelo Camelo falou? O Charlie Brown Jr. estava ou não vendendo atitude?

Associando sua imagem a uma campanha dessas, o Charlie Brown Jr. não só está vendendo atitude, como está rejeitando o diferente, marginalizando aquele que não se encaixa, o pobre coitado que não faz parte da tribo. Não precisa ser um gênio da publicidade para saber que o que mais aterroriza um adolescente é ser renegado pela sua turma. Charlie Brown Jr. fez um grande desserviço justamente aos maiores consumidores de sua música, ao embaralhar suas cabecinhas já bastante inseguras, dizendo que o que importa é estar inserido na massa, que a individualidade que se f*, como eles gostam de cantar.

E digo mais, o Chorão é muito mais burro do que eu imaginava. Não fosse esse episódio lamentável com Marcelo Camelo, a história da Coca-Cola cairia rapidamente no esquecimento. O cara devia era agradecer todos os dias ao papai do céu por ter um público tão fiel que não fez mais do que torcer o nariz quando assistiu ao comercial, perdoando o deslize do pobre ex-garoto pobre de Santos e continuando a comprar seus discos. É só averiguar se o último CD da banda, o infeliz Acústico MTV, não está entre os mais vendidos.

Mas não, ele tinha que mostrar que tinha atitude. Atitude de macho, atitude irresponsável, atitude de selvagem. O jovem está mesmo precisando de um pouco mais de violência, viu? Não basta crescer com a violência diária cruelmente inserida em suas vidas. É pedir muito exigir do artista um pouco mais de responsabilidade? O cara que é apontando na revista Veja como uma das figuras mais influentes junto aos adolescentes de hoje não pode ter um pouco mais de consciência de seus atos? Minha nossa senhora, o Chorão tem 32 anos, caramba! Tá na hora de crescer, rapaz! Não dá pra ficar brincando de mocinho e bandido quando se tem uma legião de espectadores te assistindo. Faça jus a quem te tirou do anonimato, propague uma idéia decente, só uma, que não seja roubar a namorada do otário, não usar sapato, que ser rico, articulado ou preocupar-se com letras bem feitas é coisa de careta, ou ficar dizendo que o jovem não é levado a sério. Se o jovem em questão é o Chorão ou clones do mesmo, como é que dá pra levar a sério?

Vale dizer que não foi a primeira vez. Chorão já arrumou encrenca com Badauí, do CPM 22 e com o Falcão, do Rappa. Só que dessa vez ele mirou feio, ao quebrar a cara de alguém que é justamente o oposto do que ele é, pelo menos em imagem e respeito à música brasileira. Ele praticamente assinou embaixo de todas as críticas que o chamam de alienado, moleque, desqualificado e obra do acaso. Sendo o acaso a falta de critério do público jovem.

E o que se vê em seguida é mais lamentável ainda. Fãs do Charlie Brown Jr., daqueles tipos que escrevem pra Poison, defendem o Chorão dizendo que quando alguém fica falando bobagem a seu respeito por aí merece mesmo um soco na cara. Primeiro, ninguém falou bobagem. Segundo, mesmo se tivesse falado, não deu ainda pra perceber que agressão física não leva a nada? É pequeno, é detestável, é babaca, é a total falta de atitude. Além disso, os tais fãs acrescentam que quem gosta de Los Hermanos é elite porque gosta de música mais elaborada. Eu não sou fã do Los Hermanos, mas certamente prefiro escutar um álbum deles aos do Charlie Brown Jr. Simplesmente porque meu ouvido vai aceitar melhor, o que posso fazer? Chegamos ao ponto de ter que se envergonhar porque gostamos de música de qualidade? Sério mesmo? Porque assim não somos malandros, somos conservadores, somos de elite? Só rico tem bom gosto? Esse é o argumento mais podre que alguém pode usar para defender o Charlie Brown Jr. Se você gosta de se divertir e acha que o Charlie Brown Jr. cumpre bem esse papel, beleza. Mas daí a querer enxergar a mesma qualidade nas duas bandas é ridículo. E por que alguém que admira o trabalho dos Hermanos tem que ser tachado de intelectualóide? Porque espera um pouco mais da arte? Porque usa a música também para pensar e não apenas para diversão?

Por um outro lado, fãs dos Los Hermanos se colocam em posição de indignação exacerbada, aproveitando a ocasião para destilar todos os palavrões que o bom mocismo reprime. Colocam-se como superiores e assumem o papel de elite, de mais bem preparados, de mais educados, cheios de uma empáfia enjoativa que eu pessoalmente duvido que Marcelo Camelo compartilhe. A verdade é que simplesmente as pessoas estão em busca de coisas diferentes. Pode parecer demagogia, mas na música há espaço para todos, desde que se dê ao artista a importância que lhe cabe. Ao Chorão, devolva o que ele te dá. Ao Marcelo Camelo, idem. Um diverte, o outro faz refletir, ou o inverso, sabe Deus! Tudo depende do que você espera ou está buscando em dado momento.

Eu acho sinceramente que os dois lados saíram perdendo nessa história. E o pior, o que se vê é a radicalização. Agora, é "pecado" ver alguém admitir que gosta das duas bandas. Se você está ao lado de um, não pode estar ao lado do outro. E, pra variar, quem sofre as conseqüências é o público, que assiste a um episódio patético de briga por imagem, em detrimento de música.

Acho que não é necessário falar sobre a liberdade de expressão, né? Preferi nem tocar nesse ponto porque considero esse um direito tão óbvio quanto o de caminhar pela Avenida Paulista. E por conta desse direito tão óbvio que o Chorão fez questão de lembrar que pode ser violentamente retirado de qualquer um de nós, é que o Charlie Brown Jr. tem sua imagem arranhada e sai da história como o grande bandido.

Basta saber o que o público do Charlie Brown Jr. vai fazer com uma informação dessas...pelo que tenho visto em suas declarações, talvez até goste.

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DOSE EXTRA!

Atendendo a pedidos, aqui está a Dose Extra de Veneno , espaço reservado aos internautas do (o), que enviam missivas nem sempre educadas à colunista. Por que será, hein? ;-P

Sobre Rock in Rio - Lisboa - coluna de 14/06/2004

Por Antero Eduardo

Olá Luciana. Há muito tempo que visito o Omelete e leio a sua coluna, mas só agora me decidi a participar. Tanto mais que você aborda um tema que me diz muito, já que sou de Portugal e assisti pelos meios de comunicação o que se passava no festival. E, sinceramente, nunca pensei que alguém do Brasil estivesse a par do que acontecia cá. E estou inteiramente de acordo consigo!

Quando o festival foi anunciado há coisa de um ano, torci o nariz; quando começaram a surgir as confirmações dos espectáculos, a vontade já era pouca; e quando anunciaram os preços dos bilhetes, então aí é que a vontade foi-se toda. Não sei qual é a finalidade de se fazer um festival assim tão megalómano, só pra depois dizer que é o maior do mundo! Queriam lá 600 mil pessoas e mal chegaram a dois terços, na semana de abertura só haviam vendido 190 mil bilhetes (como chegaram ao dobro em poucos dias é um enigma).

Os concertos foi o que se viu: Amy Lee (dos Evanescence) não canta lá grande coisa; os Metallica estão gastos; Incubus vaiados em palco; Slipknot a arrebentar (muita poeira... e só) e a noitinha da merd* com Sugababes, Daniela Mercury e Britney Spears! Aliás, este era o único dia em que eu arranjava bilhete para ir (de borla, claro!), mas não estava numa de ouvir gritos histéricos, música de lixo, "Brit, I love you", e não sei mais quê...

Na verdade nem achei que a dita Princesa da Pop tivesse cantado mal. Já se sabe que se consegue melhores condições para cantar num estúdio do que num palco ao vivo (ups...). Uma prima minha, que é fã dela (uma burra é o que é!) foi ver, diz que foi inesquecível. Aquilo foi playback descarado, um insulto para quem assistiu, com aquelas coreografias do arco da velha. O ponto alto é quando a Britney pára de "cantar" e bebe um gole de água... COM A MÚSICA A TOCAR!!!! Ou quando ela toca piano de uma maneira tão falsa que até um surdo distinguia que aquilo era uma gravação!

Medina já confirmou a volta do festival em 2006. Quer dizer, uma vez é martírio, duas vezes é tortura...

Antero Eduardo

Resposta

Olá, Antero! Que prazer receber uma mensagem de tão longe! Já contei pra todo mundo da "cozinha" que temos um leitor querido em Portugal e todos mandaram abraços fortes.

E, sim, sempre estamos de olho no que acontece em todo o mundo. O Medina é brasileiro, o Rock in Rio (o primeiro) foi um marco pra juventude brasileira, é natural que estivéssemos interessados no que ele fez ou está fazendo. Infelizmente, dessa vez ele errou a dose, mas o nosso trabalho é justamente estar de olho para poder criticar ou enaltecer atitudes bacanas.

Fez bem em não ir ao show, mesmo sendo "de borla" (imagino que você queria dizer que não pagaria pelos ingressos, né? Aqui dizemos de graça, ou, usando uma gíria: "na faixa"), porque para ouvir música ruim é melhor ficar em casa, sentado no sofá, vendo pela TV, né?

A Britney é uma palhaça, coitada... uma bonequinha, um marionete estressado com seus "problemas"... não sei se tenho mais dó dela ou de quem gosta dela... sinceramente!

Enfim, a música atual se transformou nessa coisa estranha mesmo e o nosso papel é de atormentar os acomodados. Agradeço de novo a mensagem e espero que você escreva mais vezes.

Um grande abraço de terras brasilis,
Luciana

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Sobre Limpbiskit - coluna de 26/09/2002

Por Ana Beatriz  

Hey, você ai!!!!! Você disse que nunca ouviu falar de um fã de limp biskit, EU SOU UMA FÃ DECLARADA DELES!!!!! E COM ORGULHO!!!!!!!

Só pra você saber que existem sim fãs deles!!! Outra coisa, se você não gosta, você não deveria escutar e criticar. Incrível, né, QUEM NÃO É GRANDE TENTA DIMINUIR OS OUTROS...

Fazer o quê....

Só escrevi pq eu li seu artigo na net.

Fui
Ana Beatriz

Resposta

Ok, mensagem recebida.

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Sobre Earworms - coluna de 09/04/2004

Por Amanda Steffen

Olá, Luciana!!! Tudo bem?
 
Pois é. Acabei de ler sua coluna sobre os chamados
earworms, e identifiquei-me na hora com os casos apresentados.

Ultimamente ando cantarolando (adivinha...) Evanescence, com aquela musiquinha melódica "My Immortal". Sei lá, acho que a música colou mais no meu ouvido depois que eu vi o clipe, em preto e branco. Achei até bonitinho...

Aí me dei conta de que bonitinho não é um adjetivo muito bom para ser usado para uma banda de rock (pelo menos, os fãs dizem que é... como é mesmo... ah, sim, gothic metal). Logo, Evanescence, assim como outras bandas do gênero, não deveriam ser levadas a sério, certo?

Errado. Ao menos sob o ponto de vista dos fanáticos pelos grupos... o que não é o nosso caso, não é mesmo? ;oD
 
O fanatismo leva certas pessoas a fazerem coisas absurdas, como por exemplo aquele e-mail que você recebeu de um fã de Aerosmith. Aliás, eu nunca ri tanto com a sua coluna quanto com aquela mensagem estúpida, seguida da sua resposta genial. Você arrasou, minha querida xará de signo!!! (obs: em mim também bate de vez em quando uma coisa meio leonina, hehehehehe)

Sei lá, o cara tava tão tomado pelo ódio que nem viu você como pessoa... se ele gosta tanto dessa banda (que, na minha opinião, é divertida , e só), deveria ter levado tudo na esportiva, e não ter descido de nível a ponto de xingar você de... hãn... suína, hehehehehehe.

E concordo com você. Chega de falar sobre Engenheiros do Hawaii. Nem eu agüento mais a discussão...

Pois bem, paro por aqui. Eu iria comentar sobre as boybands, mas isso eu já fiz no meu e-mail anterior, já foi o bastante, hehehehehehe...

Beij(o)s,
Mandy

Resposta

Fala, Amandita :))

Pois então, você viu o teor das mensagens? Tem muitas simpáticas, como a sua, mas tem umas que eu vou te contar... aliás, não vou contar senão você não lê na coluna :P

Evanescence... bonitinho... pois é, bonitinho é complicado. Implica numa coisa meio assim, bocó, em cima do muro, insossa, não? Pena que tudo tem parecido assim... bonitinho. É o que me preocupa.

Bem, por ora é só.

Beijos 

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Sobre Oasis - coluna de 23/08/2002

Por ?

Sua matéria sobre Oasis está totalmente equivocada, já que o Oasis é a melhor banda atualmente, como foi desde seu início. Devia escutar melhor as músicas e perceber a qualidade que a faz ser diferentes das demais bandas. Não confunda arrogância com confiança própria. Opinião é opinião.

Resposta

Sem dúvida, opinião é opinião.

Abraç(o),
Luciana

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Sobre Aerosmith - coluna de 09/01/2004

Por Raphael Sanchez

Meu Deus!

Nunca li tanta besteira junta. Você, que se acha a jornalista, conseguiu bater todos os recordes de besteira, inutilidade e ignorância.

Ouça o álbum novo... Tente isso: http://www.sonymusic.com/clips/selection/fu/087025/087025_01_01_full_100.asx

Tente ouvir "Toys", "Back in the Saddle", "Mama kin" e depois a gente conversa.

Resposta

Já ouvi todos eles, obrigada.

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Sobre Boys Bands - coluna de 13/03/2004

Por George Gomes

Aqui quem manda a mensagem é o George Gomes. Escrevo para te dar os parabéns! Eu nunca havia lido (lido de verdade) a sua coluna aqui no Omelete. Achei super interessante a forma que você escreve o seu ponto de vista, "malhando" essas pseudo "bandas" que se proliferam cada vez mais nas fossas fedorentas dessas gravadoras infames!

Adorei seu comentário sobre as "boys bands" e de como elas andam influenciando gerações e gerações de pessoas descerebradas que só querem ver um bando de menininhos pulando e grasnando "músicas" sem sentido, passando uma "mensagem" vazia, manipulando as garotas que os aceitam e os compram!

Gostei do espaço dedicado às respostas e o melhor, você responde as respostas... Isso é super dez, pois você mostra que não só critica, mas lida muito bem com as críticas! Ótimo!

Continue fazendo o bom trabalho e claro, malhando cada vez mais esses filhotes de cruz credo que vão aparecendo por aí. Não falo só das boys band, mas também de qualquer outra banda vazia que ganha um status sem sentido só porque comeu alguém famoso ou balança o pirulito no meio do show!

Grande Beijo
George

Resposta

Oi, George...

Dei muita risada com o seu "balança o pirulito" no meio do show... huahauahauahah... muito bom.

Pois é, você viu, né? Não é fácil a vida no campo... o curioso é que todo mundo fala que aceita opiniões diferentes, que gosto é gosto e deve ser respeitado, mas no "escurinho" providencial da nova tecnologia, ou seja, através da Internet, os monstrinhos vêm à tona :) e a gente vê que tem muito a ser feito na mentalidade humana. O simples fato de dar uma opinião tem reações inacreditáveis como alguns dos exemplos que você leu. Imagine soltar toda essa gente pra discutir algo mais sério? É por isso que o mundo está como está...

Enfim, escreva sempre. Adorei seu e-mail.

Beij(o),
Luciana

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Sobre a Dose Extra

Por Eric Franco

Olá Luciana,

Quero te parabenizar pela coluna e te perguntar uma coisa. Vi sua última coluna e aproveitei pra ver as anteriores que eu não tinha lido. Vi a quantidade de cretinos, idiotas, paspalhos, filhos da mãe, calhordas e pessoas no mínimo sem-noção, que escrevem te atacando e te xingando, e é aí que entra minha pergunta: O que você faz para conseguir relaxar e não querer dar uns sopapos nesses malditos? Meditação? Você conta até 10? Na verdade você tem alguns capangas e todas essas pessoas já estão sendo exterminadas?

Agora falando sério... eu não consigo me conformar com isso, confesso, gosto de muitas bandas que eu sei que não são tão boas assim, eu sei que muitos deles não são nem sombra do que já foram algum dia, e também sei que você não escreve no intuito de atacar gratuitamente ninguém, apenas expressa seu (ácido) ponto de vista.

Mas nem por isso eu preciso te mandar um e-mail bomba, ou prometer te pegar na saída e, realmente não entendo como alguns idiotas fazem isso.

Bem... é só isso, no mais, espero que você siga nos mostrando a luz... hahahaha

PS: se a hitória dos capangas for verdadeira, eu me ofereço como voluntário.

Resposta

Eu faço meditação sim :) Mas o mais importante é ter clareza. Quando pensei na coluna, sabia o que ela acarretaria, mas achei que valia a pena. Tem uma ou outra mensagem que me fazem bufar um pouco mais, mas nada fora do esperado, sabe? Depois de conviver um bom tempo com amantes da música, você acaba se dando conta do quanto as pessoas depositam de expectativa em cima dos tais "artistas".

E daí pra agressividade é um pulinho, né? Mas não tem problema... o importante é os caras saberem que existe quem não ame de paixão suas tão queridas bandinhas.

Beij(o),
Luciana