Nunca fui um grande fã de Jimi Hendrix, apesar de respeitar a figura do guitarrista como sendo um dos gênios musicais do século XX. Com o lançamento de "Live At Woodstock", ao final do ano passado, fiquei curioso para ver o que os técnicos e engenheiros de som conseguiram fazer com uma gravação tão antiga e tão cheia de simbolismos. Como já tinha uma coletânea das melhores músicas de Hendrix, "Woodstock" era forte candidato a ser minha nova aquisição das obras do referido músico. Resultado: "Live At Woodstock" vale cada centavo, pois é realmente um achado. Totalmente restaurado, com efeitos em estéreo e com um nível fantástico de realismo, o disco duplo tem também um bom encarte, que chama a atenção pelas fotos históricas e pelo novo logotipo que foi usado, unindo de forma singular o espírito dos anos 60 com o "design" dos anos 90. O primeiro disco abre com uma formal introdução de Jimi Hendrix pelo apresentador do festival. Em seguida, a banda toca "Message To Love", uma música com mais de sete minutos, e depois temos "Hear My Train A Comin", a fantástica "Spanish Castle Magic", "Red House", "Lover Man", "Foxey Lady" e "Jam Back At The House". O segundo disco tem um pequeno discurso antes de "Izabella", seguida por "Fire", numa versão cheia de adrenalina. "Voodoo Child (Slight Return)" dispensa apresentações, pois é atemporal. Talvez o maior momento do festival, e sem dúvida a imagem que ficou gravada no inconsciente coletivo, é a figura de Jimi Hendrix tocando "Star Spangled Banner", o hino dos Estados Unidos, e que também está presente no disco. "Purple Haze" é outro clássico. Uma improvisação de quatro minutos foi batizada de "Woodstock Improvisation", e este solo de guitarra serve de abertura para "Villanova Junction". O álbum duplo fecha com "Hey Joe". Precisa mais&qt;&
Jimi Hendrix : Live At Woodstock. Disco duplo ao vivo, apresentando a gravação do show do inesquecível guitarrista por ocasião de sua apresentação no memorável festival de Woodstock, em 1969.