Aproveite as ofertas da Chippu Black!

Veja as ofertas
Termos e Condições Política de Privacidade
Música
Notícia

Novidades Musicais

Pra fechar o ano: Alicia Keys, Killers e Gamma Ray

AC
27.12.2007, às 00H00.
Atualizada em 22.12.2016, ÀS 03H00

Mais Novidades Musicais para quem não foi viajar ainda ou porque está preso no trabalho ou porque está fazendo a digestão do Natal. Nesta quinzena, os novos de Alicia Keys, The Killerse Gamma Ray:

As I Am - Alicia Keys
Por Luciana Maria Sanches

Consagrada nos Estados Unidos como uma das cantoras de R&B mais talentosas do país e responsável pelo ressurgimento do soul, aos 27 anos Alicia Keys volta com uma difícil missão em seu terceiro álbum de inéditas: manter a fórmula responsável por seu sucesso sem cair na mesmice.

Até agora deu certo. As I Am, lançado em meados de novembro, fez sua estréia na Billboard em primeiro lugar, vendendo 742 mil cópias. O álbum continua firme e forte na parada desde então.

O foco do trabalho é indiscutivelmente a própria cantora. Com uma voz poderosa, Keys caminha livremente por diversos gêneros, procurando talvez, conquistar públicos diferentes. O primeiro single de As I Am, "No One", ganhou uma levada de reggae, enquanto "I Need You" e "Superwoman" são descontraídas e têm uma pegada mais pop/rock.

A cantora, entretanto, não deixa de lado sua inspiração no soul e R&B, e capricha na interpretação de "Lesson Learned" - com participação do cantor e guitarrista John Mayer - e "Tell You Something", para citar alguns exemplos.

Verdade seja dita: vez ou outra o trabalho pode se tornar cansativo, especialmente quando Keys dá asas ao virtuosismo e se entrega demais a letras que não pedem tanto, como é o caso de "Sure Looks Good to Me", e "Like You´ll Never See Me Again", não por acaso o segundo single do álbum.

Keys ganhou a colaboração da compositora de hits instantâneos Linda Perry em três faixas, mas mesmo assim o ponto fraco do álbum está justamente nas letras, em contraponto à voz da cantora, que vem muito bem embalada por uma competente banda que inclui naipe de metais.

Em seu terceiro álbum, Keys comprova seu talento e dá mostras de que pode ir além do rótulo R&B, basta querer.

*****

Sawdust - The Killers
Por Marcelo Forlani

Sawdust é o nome do pseudo-novo álbum do The Killers. Pseudo porque é, na verdade, uma compilação de Lados B, raridades, covers e remixes da banda mais famosa de Las Vegas. Dá para entender quando trupes já velhas de guerra e de estrada, como o Oasis, lançam discos deste tipo, mas para um bando de moleques que só tem dois discos lançados, pode parecer uma mistura de preguiça (dos músicos) com oportunismo (da gravadora).

Por sorte (e competência), o resultado final é bom. Não é excelente, nem muito bom. Apenas bom. Falta ali uma pegada pop ou o frescor que fizeram pistas de dança e estádios inteiros pularem ao som de "Somebody Told Me" ou "Mr. Brightside", do début Hot Fuss. O disco se presta mais às baladas, aquelas que em outros dias levariam os fãs a levantarem isqueiros nos shows, e hoje faz celulares brilharem ao alto.

Como qualquer compilação, os altos e baixos vão se alternando. "Daddy's Eyes", "Under the Gun" e "All Pretty Faces" são exemplos de Lados B que, por algum capricho, ficaram de fora do disco oficial, mas agora ganham seus merecidos lugares ao sol. Também são tiros certos as versões de "Sam's Town" e "Glamourous Indie Rock & Roll", e a inédita "Tranquilize", que tem ótima participação de Lou Reed dividindo os vocais com Brandon Flowers. Entre as músicas criadas para trilhas sonoras temos "Shadowplay", bom cover do Joy Division para o filme Control, e a chatinha "Move Away" (do também chatinho Homem-Aranha 3), que ao lado do remix de "Mr. Brightside" só devem agradar mesmo aos que já são fãs da banda.

Discussões à parte sobre a real necessidade da existência de um disco desses para uma banda de apenas 5 anos, Sawdust cumpre ao menos um dos seus objetivos: tem espaço garantido nas casas dos fãs. Mas vale a dica: que os próximos CDs sirvam também para conseguir novos seguidores.

*****

Gamma Ray - Land Of The Free II
Por Rodrigo "Piolho" Monteiro

Em 1995, o Gamma Ray lançou no mercado o excelente Land Of The Free. O álbum entrou direto nas listas dos melhores daquele ano e fez com que muita gente prestasse mais atenção à banda, que até então era mais conhecida por ter como criador o vocalista/guitarrista Kai Haisen, membro fundador do Helloween.

Doze anos depois e com uma formação estável - além de Kai, o Gamma Ray conta com Henjo Richter (guitarra/teclados), Dirk Schlächter (baixo) e Daniel Zimmermann (bateria) - o Gamma Ray batiza seu mais novo álbum de Land Of The Free II. De cara, muitos fãs chiaram já que uma continuação sempre leva a comparações com o original e, até o momento, o primeiro era insuperável. Havia, ainda, o receio de que o novo disco repetisse o fiasco de Keeper Of The Seven Keys - The Legacy, do Helloween, álbum que é apenas uma sombra dos Keeper Of The Seven Keys I & II, lançados no final da década de 1980, quando Kai ainda fazia parte da banda.

No entanto, todos os temores se mostram infundados no momento em que escutamos os primeiros acordes de "Into The Storm", faixa de abertura. Daí até o encerramento, com a épica "Insurrection", o que vemos é um trabalho bastante homogêneo. Kai e todo o resto da banda se mostram bastante inspirados e entregam um heavy metal agressivo, energético e melódico na medida certa. A exemplo de algumas poucas bandas veteranas, como o Iron Maiden, Kai Hansen e sua trupe parecem só melhorar com a idade. O álbum destila músicas que passeiam pelos mais variados estilos de heavy metal. Temos músicas ora mais agressivas, ora mais melódicas, ora flertando com o metal mais tradicional e mesmo com o hard rock. Há ainda a faixa empolgante que parece ter lugar em todos os álbuns do Gamma Ray e aqui ela aparece em "Real World", que, ao lado de "Insurrection", "Leaving Hell" e "Empress" são os destaques individuais do CD.

Em um ano em que o mercado e os fãs foram agraciados com excelentes álbuns de heavy metal, Land Of The Free II é, com certeza, a chave de ouro que fecha um ano acima da média. Disparado o melhor álbum de metal de 2007.