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Alguns talvez conheçam a banca como Gateway. Mas a dupla que se juntou em 97, em Nova York, decidiu voltar a adotar o nome original depois da entrada de um segundo guitarrista e um baterista, o que deu mais corpo ao som. Tornaram-se conhecidos primeiramente na internet onde suas músicas eram disponibilizadas pela própria banda em sites voltados ao punk.

O barulho na Rede - aqui pelo Brasil até que não ecoou muito - chamou a atenção de Brett Gurewitz, do Bad Religion, que resolveu levar os caras para a Epitaph. Neste EP de cinco faixas a banda mostra que a aposta valeu a pena. Punk rock bem feitinho, seguindo bem os passos de bandas como os "padrinhos" do Bad Religion e proporcionando bons momentos aos ouvidos.

A Sum Records traz este primeiro EP do grupo como um aperitivo para o álbum de estréia, que vem por aí produzido por Joe Barresi, o mesmo de nomes como Queens of the Stone Age. Vale esperar.

Esse é mais um daqueles casos do que se chama hoje de música universitária, antes denominado college rock. Bem, não importa. O fato é que aqui as influências são explícitas e escrachadas: Beatles, como não poderia deixar de ser, Beach Boys e toda aquela turma que fazia som baseado nas guitarras na década de 60. Dá para pescar uma presença de Clash e outros punks também, mas em doses não muito elevadas.

São 18 faixas que trazem de volta as décadas de 60 e 70 sem, no entanto, remeter o ouvinte a um clima saudosista demais. O CD é o quarto na carreira da banda, mas o primeiro por uma grande gravadora, o que fez com que eles decidissem fazer uma espécie de remake do disco de estréia. Canções regravadas e versões atualizadas para quem já conhece e novidade para quem nunca ouviu falar.

Quem é do Rio sabe há quanto tempo se espera um CD bacana dessa banda.

Sucesso entre a tribo que curte uma mistura de ritmos bem temperada, com direito a pitadas de pop, reggae e MPB, eles acabam de ganhar seu disquinho pelo selo Cardume, projeto que nasceu do Festival Humaitá Pra peixe, que desde a década passada vem sacudindo o underground carioca, oferecendo espaço para quem ainda está começando.

O diretor do projeto e idealizador do festival é Bruno Levinson e a produção do álbum ficou a cargo de Chico Neves, um dos queridinhos atuais do pop brazuca depois que a fase Rafael Ramos passou. Quem curte nomes como O Rappa, Barão Vermelho e Fernanda Abreu, certamente já ouviu falar de Rodrigo Maranhão, principal compositor do grupo, além de vocalista e responsável pelo cavaquinho elétrico que dá molho ao som.

E para mostrar que o selo Cardume está aí realmente aberto a todas as praias, outra banda que ganhou disco foi o Jimi James.

Totalmente diferente do Bangalafumenga, eles fazem um som bem mais rocknroll, sem misturas regionais ou balanço. A vez aqui é das guitarras. O resultado é bom, mas ao vivo o grupo ainda soa mais interessante.

Talvez o maior problema aqui sejam as letras. Com senso de humor mas não muito mais que isso, parecem muitas vezes pobres demais e é isso o que em alguns casos, acaba comprometendo um pouco a estréia oficial dos garotos. Neste aqui, a produção ficou a cargo de Rafael Ramos que deixa sua marca, como em trabalhos com Pitty e Matanza, por exemplo.