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Joy Division: a breve história de uma geração

Joy Division: a breve história de uma geração

BT
23.05.2002, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H12

É possível mudar a história do rock em apenas três anos? Com apenas dois discos, o Joy Division provou que sim.

A banda nasceu no fim dos anos 70, em meio a explosão do movimento punk. Tudo começou quando Ian Curtis, um jovem fã de Lou Reed, Iggy Pop e David Bowie, viu a Anarchy Tour dos Sex Pistols na primeira apresentação da banda londrina por Manchester, sua cidade natal. Nesta noite ele decidiu que queria fazer parte do mundo subversivo do Rock ‘n Roll.

A primeira produção independente, An Ideal for Living, lançada em 1977, não foi bem recebida pela crítica. No ano seguinte lançaram o LP de estréia Unknown Pleasures. Desta vez o trabalho foi aclamado por todos. Destacava-se o clima sombrio das canções e as letras melancólicas de Ian Curtis. O sucesso do álbum teve muito a ver com o produtor Martin Hannett, que definiu eletronicamente a sonoridade da banda, mixando o baixo e a bateria à frente da guitarra e da voz (qualquer semelhança com o New Order não é mera coincidência).

Ao vivo, Ian Curtis tornava-se um espetáculo à parte. Dançando freneticamente e simulando espasmos convulsivos, o estranho balé era uma referência à epilepsia, doença contra a qual ele vinha lutando. Muitas vezes mal se podia saber se eram convulsões verdadeiras ou se aquilo fazia parte do show.

O clima de ansiedade em torno do novo LP ia aumentando progressivamente. O Joy Division se preparava para a sua primeira excursão pelos Estados Unidos. Entretanto, isso não chegou a acontecer: Ian Curtis cometeu suicídio há 22 anos, no dia 18 de maio de 1980, enforcando-se na casa dos pais ao som de Iggy Pop.

Era o começo de uma nova geração. A nossa geração.