Morreu nesta terça-feira (3) o crítico e pesquisador musical José Ramos Tinhorão, aos 93 anos. Ele sofria com sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que sofreu há três anos.
Tinhorão era considerado um dos maiores críticos de música do Brasil. Além das críticas, ele se dedicava a pesquisar música e, em 2001, seu acervo foi digitalizado e disponibilizado pelo IMS (Instituto Moreira Salles).
Ele nasceu na cidade de Santos (SP) e aos nove mudou-se para o Rio de Janeiro. Aos 10 anos, começou a se interessar por música. Com 20, iniciou os estudos na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Sua vida como jornalista freelancer teve início em 1951, na Revista da Semana.
Em 1952, ele foi levado pelo amigo Armando Nogueira para o Diário Carioca como copidesque — lá, ele ganhou o apelido de Tinhorão, uma planta tóxica.
Tinhorão passou a escrever sobre arte em 1960, no Jornal do Brasil. Como historiador da música, ele vasculhava sebos brasileiros e portugueses em busca de achados preciosos para sua incansável documentação. Era a sua paixão, mas por motivos financeiros, ele não largava o jornalismo.
Além do acervo do IMS, o crítico conta com mais de 25 livros publicados.